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D. Aplicação prática da lei a Albino Luciani

Luciani era um defensor da pílula contraceptiva (mesmo após a publicação da Humanae Vitae de Montini). Ele lutou contra a Missa de São Pio V em seu próprio diocese. Escreveu um artigo contra Monsenhor Lefebvre, onde defendia a liberdade religiosa, apoiava a nova missa e se tornava apóstolo do pluralismo, do ecumenismo e do diálogo; ele chamava essas três ideias de "as palavras mais sagradas". Em sua conclusão, comparou Monsenhor Lefebvre a um discípulo de Voltaire, que dizia: "O papa é uma pessoa sagrada; então beijemos seus pés, mas amarremos suas mãos". [1].

Logo após sua elevação ao (pseudo) pontificado, ele recomendou aos educadores as obras do maçom italiano Carducci, autor do infame Hino a Satanás. Em 1910, Monsenhor Delassus (La conjuration antichrétienne) lamentou que alguns educadores católicos tivessem sido seduzidos pelos escritos de Carducci; em 1978, os educadores católicos foram apresentados a esses mesmos escritos como modelo a ser seguido! O discurso de Luciani, publicado no Osservatore Romano, causou escândalo. Alguns chegaram a questionar se ele próprio não seria maçom.


[1] Albino Luciani: "Lefebvre como Voltaire", em: Il Gazzettino di Venezia, junho de 1977. A citação que Luciani faz é aproximada, pois Voltaire (Le sottisier, "soberania real dos papas") escreveu textualmente: "O papa é um ídolo a quem se amarram as mãos e se beijam os pés".