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CAPÍTULO 19: Que o Espírito Santo é aspirado da essência do Filho

Também confirmando isso está o fato de que nos mesmos textos é afirmado que o Espírito Santo é aspirado da essência do Filho. Pois Atanásio diz em seu discurso sobre o Concílio de Niceia: “Adoramos o Sopro de vida da essência do Filho, o Espírito, o Deus coeternamente aspirado.” E novamente na mesma obra: “De sua essência Deus espirou o Espírito Santo.” E em sua carta a Serapião: “Os hereges são deserdados pelo Filho porque não aceitam o Espírito Santo como em essência Deus aspirado de sua essência.” E na mesma carta explicando o que significa “de sua essência”, ou seja, “de si mesmo como essência”, ele diz o seguinte: “O Filho nascido do Pai, possuindo verdadeiramente em si a natureza do Pai, não reteve a propriedade da paternidade, mas a da comunicabilidade natural, de modo que de si mesmo como sua própria essência ele aspirasse não um filho por geração, mas o Espírito, igual e coeterno com ele como Deus em todas as coisas.” E o mesmo ponto é repetidamente feito em seus textos.

A partir disso, fica claro que, quando se afirma que o Espírito Santo é aspirado pelo Filho, isso não pode ser dito apenas em referência à sua procissão temporal, mas também à sua procissão eterna, pela qual o Espírito Santo recebe a essência divina do Filho.