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XI - A sorte dos católicos pecadores

Respondei, vós que sofreis nos abismos. Há católicos entre vós? Oh, se há! E quantos! Que um deles venha, pois, aqui. É impossível, eles estão extremamente no fundo, e, para os fazer vir, precisaria revirar completamente o inferno; é mais fácil para um daqueles que ali caem. Eu me dirijo, pois, a tu que vives no hábito do pecado mortal, no ódio, na lama do vício impuro e que a cada dia te aproximas ainda mais do inferno. Pare, retornai no sentido contrário; é Jesus que te chama e que, por Suas feridas, como que sendo tantas vozes eloquentes, te gritam: "Meu filho__, se tu te condenares, tu não terás a queixar senão de ti: perditio tua ex te”. Elevai os olhos, e veja quantas de quantas graças eu te enriqueci, afim de assegurar sua salvação eterna. Eu poderia te fazer nascer em uma floresta de Bárbaros; eu o fiz para tantos outros, mas para ti, eu te fiz nascer na fé católica; eu te elevei para um tão bom pai, uma mãe excelente, no meio de instruções e de ensinamentos dos mais puros; se, malgrado isso tu te condenas, à quem será atribuída a falta? A ti, Meu filho__, a ti Perditio tua ex te. Eu tive paciência contigo; eu te escutei durante longos anos, eu te escuto ainda hoje na Penitência. Se, malgrado tudo isso, te condenas, de quem é a falta? É tua, Meu Filho__, é tua: Perditio tua ex te. Tu sabes quantos são mortos em reprovação diante dos teus olhos: esses eram uma advertência para ti; Sabei quantos outros eu recoloquei no bom caminho para te dar o bom exemplo. Tu te lembras o que te disse esse excelente confessor?

Foi Eu quem o fiz dizer. Não te exortou ele para que mudes de vida, à fazer uma boa confissão__? Era Eu quem lhe inspirava. Lembra-te daquele sermão que te tocou o coração, foi Eu quem havia conduzido. E aquilo se passou entre Mim e ti no segredo de teu coração, tu não o saberás esquecer. Essas inspirações interiores, esses conhecimentos tão claros, esses remorsos contínuos de tua consciência, tu ousarás negá-los? Tudo isso, eram tantos socorros de Minha graça, porque eu queria te salvar__. Eu os recusei a tantos outros e eu lhes dei a ti, porque eu te amei ternamente. Meu filho, Meu filho__, quantos outros, se eu lhes falasse também ternamente o que eu te falo hoje, se recolocariam no bom caminho! E tu, tu Me viras as costas. Escute o que vou te dizer, e serão minhas últimas palavras: tu me custastes Sangue; se, malgrado esse sangue que Eu derramei por ti, tu queres se condenar, não te queixes de Mim, não acuse outro a não ser a ti, e durante toda a eternidade não esqueça que se tu te condenas, tu te condenas contra Minha Vontade, tu te condenas porque tu queres te condenar: Perditio tua ex te".

Ah! Meu bom Jesus, mesmo as pedras se dividiriam diante dessas doces palavras, de expressões assim tão afetuosas. Há aqui alguém que manifeste querer se condenar com tantas graças e socorros? Se para isso ainda tem alguém, que me escute, e que ele resista depois se puder.