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ANEXO 5 - A missão rosminiana na Inglaterra

Terence WATSON, i.c.

Casa Rosmini

Durham (Inglaterra).

1- Rosmini e a Inglaterra

Antonio Rosmini nutria uma afeição especial pela Inglaterra. Ele rapidamente reconheceu algumas qualidades dessa nação, como sua estabilidade política e o equilíbrio de sua constituição. Além disso, aceitou o espírito religioso do povo. Ele escreve: "Os católicos ingleses ocupam um lugar especial no meu coração. Não sei o que faria se pudesse ajudá-los em alguma coisa. Quanto a mim, penso em não negligenciar de forma alguma tudo o que a Divina Providência me convidaria a fazer em benefício deles; eu gostaria de dar até mesmo meu sangue pela glória do nosso Senhor, embora meu sangue não tenha nenhum valor." Em sua grande obra, a Filosofia do Direito, ele escreve que a Inglaterra é "uma nação onde não se pode negar que o sentimento de moralidade e justiça é grande e popular." Pode-se ver que Antonio Rosmini já estava preparado, pelo menos mentalmente, para uma obra apostólica na Grã-Bretanha.

2- A situação católica na Inglaterra.

Na Grã-Bretanha, desde o reinado do rei Henrique VIII até o século XIX, a Igreja Católica não tinha nenhum direito legal de existir. No entanto, no início do século, os católicos podiam praticar sua religião sem muito assédio, desde que não realizassem atos públicos. Não lhes era permitido construir igrejas. Mas as coisas mudaram quando o governo passou o Ato de Emancipação em 1829. Então, dentro de uma seção da Igreja Anglicana, desenvolveu-se uma espécie de renovação que se chamou de Movimento de Oxford. Muitos anglicanos se converteram à fé católica, e o resultado geral foi um entusiasmo vibrante e zeloso pela conversão de toda a Inglaterra. Falava-se de uma nova primavera para a fé católica, "the Second Spring", ou seja, o segundo primavera. Assim, durante esse período, alguns anglicanos se converteram: John Henry Newman, Lord Shrewsbury, F.W. Faber, Nicholas Wiseman (que se tornaria o primeiro cardeal de Westminster), Henry Manning (também se tornou cardeal de Westminster), Augustus Welby Pugin (que, como arquiteto, projetou dezenas de novas igrejas para os católicos, após a Emancipação), e também um certo William Lockhart, amigo e discípulo de Newman e, posteriormente, discípulo de Rosmini, tanto religiosamente quanto filosoficamente.

Pode-se realmente dizer que o terreno religioso na Inglaterra estava pronto para receber uma nova evangelização e que a Igreja Católica deveria desempenhar um papel na vida pública da nação. A Providência estava preparando uma contribuição italiana a essa Segunda Primavera.

3- Bispo Baines.

Um católico inglês que acolheu a Emancipação da Igreja com muita energia cristã foi Augustine Baines. Homem de caráter excêntrico, ele era um monge beneditino, anteriormente o subprior de um mosteiro no norte da Inglaterra. Ele deixou esse mosteiro para trabalhar na missão beneditina de Bath, uma cidade histórica procurada pela alta sociedade inglesa. Entre seus projetos, ele desejava fundar um colégio, um seminário e, de maneira otimista, uma universidade católica, pois mesmo após a Emancipação, nenhum católico podia frequentar as duas universidades de Oxford e Cambridge. Baines, para realizar sua ambição, precisava de assistentes. Ele, então, retornou ao seu mosteiro com sete monges (e também com vacas!) para ocupar um grande e esplêndido castelo chamado Prior Park, localizado perto de Bath. Mais tarde, ele se tornou bispo e foi nomeado Vigário apostólico dessa região. No entanto, após todas essas peregrinações e seus relacionamentos difíceis com várias pessoas, sua saúde não conseguiu mais suportar, e ele precisou descansar: foi para Roma, sem perder contudo seu entusiasmo, e durante sua estadia, se dedicou a recrutar professores para seu colégio.

3-Ambrose Philips Delisle.

Entre os convertidos ao catolicismo, havia um jovem chamado Ambrose Delisle. De uma família anglicana, Delisle se converteu quando tinha apenas dezesseis anos. Imediatamente, ele se entregou totalmente à sua nova Fé e desejava trabalhar pela conversão de toda a Inglaterra. Assim, três anos depois, quando tinha dezenove anos, cheio de zelo apostólico, ele converteu um sacerdote anglicano chamado Spencer, que era um antepassado da atual Princesa de Gales. Delisle se casou com uma jovem de uma antiga família católica inglesa e, para esse casamento, recebeu de seu pai a mansão e a propriedade que levam o nome francês de "Grâce à Dieu". Assim, ele se tornou proprietário de uma importante terra no condado de Leicestershire, no centro da Inglaterra. Finalmente, seguindo o costume de muitos convertidos, ele quis visitar a capital do mundo católico e chegou a Roma em 1830.

4-Antonio Rosmini.

No desenrolar dessa história, um terceiro personagem desempenhou um papel decisivo: Antonio Rosmini. Em 1828, ele foi a Roma para obter a aprovação papal da obra que havia empreendido em Monte Calvario, no vale de Ossola, não longe da fronteira suíço-italiana: um novo instituto religioso chamado Instituto da Caridade. No entanto, seus negócios se prolongaram, e durante essa estadia forçada, ele publicou o livro que apresenta a fundação de todo o seu sistema filosófico: a Origem das Ideias. Além disso, em 1830, ele conheceu um jovem romano, estudante em vista do sacerdócio, Luigi Gentili.

6-Luigi Gentili.

Luigi Gentili, um verdadeiro romano, tinha diploma em direito civil e canônico, e nutria a grande ambição de se tornar membro do "set" social e aristocrático de Roma. Cheio de confiança e energia, ele buscou e obteve um título de nobreza e aprendeu a tocar piano, pois tinha uma voz forte e melodiosa e sabia cantar bem. Assim, conseguiu se introduzir nas classes altas da sociedade romana. Frequentava os salões das famílias aristocráticas e ricas e, para ajudar nesse propósito, começou a falar fluentemente inglês. Um dia, conheceu uma jovem inglesa da qual se apaixonou. Ele lhe propôs casamento, o que ela aceitou. Mas, infelizmente, o guardião da jovem era o bispo Baines de Bath, que não considerava Gentili um marido adequado para sua pupila! Sem perder mais tempo, Baines levou a pobre jovem apressadamente para longe de Roma. Para Gentili, o mundo desmoronou. Ele se tornou desencantado com a vida da sociedade e começou a cultivar não mais as coisas do mundo, mas as de Deus, e começou a trabalhar para seu sacerdócio. Durante esse período, o encontro com Rosmini o impressionou tanto que ele desejou se tornar membro do novo instituto religioso fundado por Rosmini.

7-As origens da missão.

Devemos, portanto, voltar nossa atenção para Roma, pois é lá que as origens da missão rosminiana inglesa encontram suas raízes.

Embora o Monsenhor Baines não quisesse Gentili como o esposo de sua pupila, ele percebeu suas notáveis qualidades. Evidentemente, Gentili, como sacerdote, seria um bom professor. Ele o convidou, portanto, a vir para Prior Park. Gentili, sempre pronto para fazer algo pelo bem da Inglaterra, respondeu positivamente.

Ambrose Delisle, também durante sua visita a Roma, buscava um sacerdote "zelozo e bem preparado" que evangelizasse os inquilinos de suas terras em Leicestershire, cuja pobreza era extrema. Ele se dirigiu ao Colégio Irlandês, onde conheceu Gentili, e os dois discutiram a possibilidade de uma missão inglesa. Novamente, Gentili se mostrou muito entusiasmado com a empreitada. Mas ele não poderia mais tomar nenhuma decisão porque já havia se submetido à obediência a Rosmini.

Em 1831, Rosmini retornou a Monte Calvario. Gentili lhe escreveu para informá-lo das solicitações dos dois ingleses. Rosmini mostrou o mesmo entusiasmo que Gentili, mas primeiro queria que ele completasse seu noviciado em Monte Calvario e se preparasse para a missão. Enquanto isso, Delisle partira de Roma para começar sua viagem de retorno à Inglaterra. Ele ficou alguns dias em Milão e lá fez conhecimento pessoal com Antonio Rosmini. Os dois homens estabeleceram uma amizade íntima. Naturalmente, Delisle falou entusiasticamente sobre seus planos de evangelização, e Rosmini mais uma vez expressou seu próprio entusiasmo, disposto a cooperar com o projeto do jovem.

Monsenhor Baines, por sua vez, se dirigira diretamente e pessoalmente a Rosmini para obter professores para seu colégio em Prior Park. Portanto, era necessário que Rosmini decidisse entre Baines e Delisle, mas a solução do problema já estava escrita nas Constituições do Instituto da Caridade: deve-se dar preferência aos pedidos dos bispos. De qualquer forma, Baines havia persuadido Delisle a retirar seu pedido. Então, decidiu-se que os missionários rosminianos iriam ensinar no colégio de Prior Park.

8 - Os missionários.

No noviciado de Monte Calvario, havia um jovem francês, de Carpentras, na Savoia, chamado Émile Belisy, e parece que Rosmini já o considerava adequado para a missão inglesa. Mais tarde, outro francês, Antoine Rey, também savoyardo, ingressou no Instituto, e Rosmini o destinou para ser o terceiro membro da missão. O número dos primeiros missionários ficou, assim, em três: um padre italiano que falava fluentemente inglês e dois franceses que, naquele momento, não falavam nada.

O período de preparação para essa missão durou quatro anos. Durante esse tempo, além da vida religiosa, os dois franceses deveriam aprender inglês, e Rosmini, que havia sido escolhido para se tornar pároco da sua cidade natal, Rovereto, levou Gentili consigo para aprofundar seu sistema filosófico.

Todos os três missionários deveriam se reunir em Prior Park, prontos para começar o ano letivo de 1835.

Neste ponto da história, é importante mencionar a relação entre Rosmini e o Papa Gregório XVI. Rosmini, em sua primeira visita a Roma em 1823, conheceu o Padre Mauro Capellari, e ambos se tornaram bons amigos. Rosmini havia solicitado conselhos e direção sobre a fundação do novo instituto, e Capellari o apoiou e encorajou. Além disso, Capellari apreciava o talento filosófico do jovem padre. Essa troca de ideias e o apoio permaneceram sólidos e cordiais quando o padre se tornou cardeal e, finalmente, foi eleito papa, adotando o nome de Gregório XVI. Rosmini desejava que seu Instituto permanecesse sempre fiel e vinculado à Santa Sé. Assim, no momento em que a missão inglesa parecia se tornar uma realidade, ele buscou primeiro a aprovação do Papa, que lhe enviou um Breve (dezembro de 1834) no qual indicava que deixava "à sua prudência aceitar ou não a missão proposta por Monsenhor Baines". Uma vez decidido, Rosmini enviou Gentili e seus dois confrades a Roma para receberem a bênção pessoal do Papa. O Papa recebeu os peregrinos calorosamente em 15 de maio: informou-os de que havia apenas dezesseis padres em Londres, apesar de uma população católica tão grande quanto a de Roma. Assim, os encorajou: "Que o Senhor lhes abra um amplo campo. Apeguem-se a princípios sadios e ensinem a doutrina sã. Que Deus os abençoe, ajude e faça prosperar." Uma semana depois, os viajantes deixaram a Cidade Eterna para pegar o barco em Gênova, mas antes da partida, o Papa subiu a bordo para abençoá-los mais uma vez. Eles viajaram via Paris, onde Gentili, a pedido de Rosmini, fez uma visita de cortesia ao filósofo Victor Cousin.

Chegaram a Londres no dia 16 de junho de 1835. Sua primeira impressão foi sombria e melancólica. Gentili escreveu a Rosmini: "Parecia que estávamos entrando na cidade de Plutão: casas escuras, barcos negros, marinheiros sujos, tudo coberto de sujeira. As águas do Tâmisa eram de uma cor amarelada e exalavam um fedor muito agressivo. Em terra, tudo era ruído e confusão: cavalos, carroças, homens de todas as classes, que corriam e se cruzavam - em resumo, o diabo estava lá, entronizado, exercendo seu domínio tirânico sobre os miseráveis mortais."

9 - Prior Park.

Assim, no outono de 1835, os três missionários começaram a ensinar no colégio de Prior Park: Gentili ensinava filosofia e italiano, Rey teologia e Belisy francês. Mas desde o início, as coisas não foram bem. Além das dificuldades de adaptação aos costumes e ao modo de vida dos ingleses, sem mencionar o estado precário da religião católica (de acordo com a opinião de Gentili), eles precisavam combater as peculiaridades e a dominação de Monsenhor Baines, assim como o mau tempo inglês! Baines começou a exercer certa autoridade sobre a pequena comunidade religiosa, que ameaçava sua independência de ação. Além disso, faltava aos três religiosos essa união de espírito tão desejada e recomendada por Rosmini. Uma das queixas era que Gentili só permitia que os outros se barbeassem duas vezes por semana! Rosmini os encorajava constantemente e os aconselhava de acordo com o espírito de sua vocação. Contudo, apesar dessas dificuldades e das reclamações contra os "costumes romanos" introduzidos por Gentili na prática da religião, o empreendimento prosperava, e o bispo estava tão satisfeito que nomeou Gentili Presidente do Colégio.

No entanto, o comportamento do bispo afastou alguns dos professores, e para substituí-los, ele solicitou a ajuda do Instituto da Caridade. Assim, Rosmini enviou generosamente mais cinco membros da jovem ordem: um desses homens chamava-se Giovanni Batista Pagani, sacerdote e ex-diretor espiritual no seminário de Novara. Infelizmente, Antoine Rey não conseguiu superar suas dificuldades pessoais e, posteriormente, deixou a ordem, embora continuasse a ensinar no colégio. Contudo, os distúrbios e dificuldades envolvendo Monsenhor Baines aumentavam. Além disso, ele intervinha na disciplina. Mas a maior dificuldade para o pobre bispo era que um dos monges que o acompanhavam no mosteiro havia entrado na ordem de Rosmini. Baines temia que todo o pessoal se tornasse rosminiano e decidiu enviar Gentili para outro lugar! Pagani então se tornou o superior da comunidade em Prior Park.

10 - Loughborough, Grâce à Dieu e Ratcliffe.

Mas a Providência não descansava. Pois foi nesse momento que Ambrose Delisle reiterou seu pedido a Rosmini para acolher Gentili, a fim de que este cumprisse missões nas proximidades de Grâce à Dieu, em Leicestershire. Gentili chegou a Grâce à Dieu em junho de 1840. Agora, ele estava em posição de iniciar um trabalho que traria muitos benefícios à Igreja católica na Inglaterra. E em poucos anos, de fato, ele converteu à Fé centenas de pessoas em Leicestershire. Passava o dia inteiro visitando as aldeias ao redor de Grâce à Dieu, pregando corajosamente a palavra de Deus a um povo protestante ou quase sem religião. Naturalmente, seus esforços geraram uma oposição acirrada: nas ruas, lançavam-lhe imundícies, barro, queimavam sua efígie... Mas ele, sem interrupções, continuava seu apostolado de evangelização. No mesmo ano, Delisle entregou a Rosmini a primeira paróquia rosminiana na Inglaterra, na pequena cidade de Loughborough, não longe do casarão de Grâce à Dieu, e pela primeira vez (1841) a ordem possuía uma casa estável no país.

Rosmini sempre desejou que o Instituto fundasse um noviciado na Inglaterra. Inicialmente, um noviciado foi estabelecido na casa paroquial de Loughborough, mas era muito pequena. Dom Luigi, ou "Doctor Gentili" (como os ingleses o chamavam) buscava um lugar mais adequado onde fosse possível construir um noviciado. Finalmente, ele conseguiu comprar (secretamente, é claro, por medo dos vizinhos protestantes) um terreno situado a 10 quilômetros de Loughborough, bem perto da aldeia de Ratcliffe, e ali foi edificado o noviciado. Além disso, Gentili queria abrir um colégio para meninos e pensava em construir um edifício suficientemente grande para as duas funções. Rosmini aprovou. Assim, o noviciado começou em 1844 e, quatro anos depois, os primeiros alunos do Ratcliffe College se estabeleceram. Pode-se realmente dizer que a missão rosminiana na Inglaterra agora estava bem enraizada.

No entanto, em Prior Park, os relacionamentos entre os rosminiados e o bispo continuavam a se deteriorar. Após alguns desentendimentos com Baines (três ingleses haviam ingressado no Instituto), Pagani e outros dois rosminiados deixaram o colégio para se fixar em Loughborough. Os rosminiados que permaneceram em Prior Park também não conseguiam encontrar paz e harmonia: Baines havia começado a usar alguns deles fora do colégio. Finalmente, em 1842, o Instituto deixou Prior Park, o primeiro estágio do trabalho rosminiano na Grã-Bretanha.

11 - As missões nas paróquias.

Os trabalhos apostólicos e zelosos de Luigi Gentili produziram grandes frutos nas proximidades de Grâce à Dieu. Como mencionei anteriormente, centenas de protestantes se converteram à Igreja Católica. Assim, sua reputação e influência começaram a se espalhar por todo o reino. Seu modo de vida ascético e sua total aplicação do Evangelho causaram uma grande impressão. As solicitações para seu ministério se multiplicavam. O resultado foi que ele e outro rosminiano inglês iniciaram, em 1843, um novo ministério, o de pregar missões nas paróquias. Até então, essa forma de ministério não era conhecida na Inglaterra. Também pediram a Dom Luigi para pregar exercícios espirituais ao clero. Ele passava muito tempo abordando questões confessionais; introduziu novas devoções, especialmente o culto da Mãe de Deus no mês de maio; se dedicava totalmente o dia inteiro, comendo e dormindo pouco. Os fiéis vinham em grande número às missões para ouvir esse orador italiano. Em 1848, seu ministério foi solicitado na Irlanda, mas durante uma missão em um bairro pobre de Dublin, ele contraiu tifo e morreu em 26 de setembro. Dom Luigi Gentili foi a primeira oferta da missão inglesa.

12 - As irmãs da Providência (rosminianas).

É preciso mencionar, mesmo em um relato muito breve como este, a outra ramificação da família rosminiana, as irmãs da Providência, irmãs rosminianas. Depois que o Instituto se estabeleceu em Loughborough, em 1843, Rosmini enviou três irmãs italianas para fundar uma escola. Essa empreitada foi bem-sucedida e jovens garotas inglesas se juntaram posteriormente à congregação, que continuou a crescer e promover obras de caridade.

13 - Conclusão

Antonio Rosmini, seguindo as orientações da Providência e confiando completamente em Deus, lançou a missão na Inglaterra na época da Segunda Primavera, e a dirigiu pessoalmente, prudentemente e corajosamente, por meio de uma intensa correspondência, sem nunca colocar os pés em solo inglês. Essa grande empresa que ele pôs em marcha por meio dos missionários italianos e franceses e das irmãs, hoje se identifica completamente com a Igreja católica inglesa (e galesa!). O colégio de Ratcliffe ainda existe, um colégio coeducacional do qual os alunos vêm de Hong Kong, Singapura, Níger, Espanha e até da França. A mansão de Ambrose Delisle tornou-se a escola preparatória de Ratcliffe. A paróquia de Loughborough permanece sempre sob o ministério dos filhos espirituais de Rosmini. E me agrada pensar que, em 1985, durante a celebração do centésimo quinquagésimo aniversário da missão rosminiana, na catedral de Canterbury (um local muito histórico para a religião cristã na Inglaterra), estavam presentes em espírito Antonio Rosmini, Luigi Gentili, Giovanni Batista Pagani e muitos outros homens e mulheres rosminiados que trabalharam com dedicação na vinha do Senhor.

Letters, vol. 3, p. 589

A biografia de Rosmini foi traduzida para o francês no final do século XIX pelas Edições Perrin.

Giorni Antichi, vol. 3, p. 14.


[36] http://www.philosophiedudroit.org/watson,%20mission%20anglaise.htm