ANEXO 6 - EXTRATOS TRADUZIDOS DO CAPÍTULO 16 - A HOMOSSEXUALIDADE NAS ORDENS RELIGIOSAS
A Sociedade de São João
Exploração das Ordens Tradicionalistas (Extratos traduzidos das páginas 954-972)
É realmente um grande bem utilizar a liturgia tradicional, mas isso não é de forma alguma benéfico para a virtude ou para a salvação das almas se fazê-lo significa usar de maneira revoltante sua posição espiritual para fins sexuais. A Sociedade de São João está se beneficiando desse abuso, e dessa maneira está atacando diretamente o sacerdócio de Deus. Nenhum verdadeiro tradicionalista pode dizer: "Queremos a Missa tradicional. Não vamos irritar o bispo - não importa que abusem de alguns meninos, desde que não seja meu filho!" Onde houver negligência nesse aspecto, isso deve ser levado à justiça. A Igreja de Cristo, ou seja, a Santa Igreja Católica e o movimento tradicional estarão melhores por isso. Speculum justitiae, ora pro nobis.[xx] Rev. Richard A. Munkelt, Ph.D.
Em 21 de março de 2002, uma ação civil por abuso sexual foi movida diante do Tribunal de Distrito dos EUA do Middle District da Pensilvânia contra a Sociedade de São João, baseada em Shohola, Pa., dois de seus membros fundadores, os padres Carlos Roberto Urrutigoity e Eric Ensey, a Diocese de Scranton, Mons. James C. Timlin, a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, baseada em Elmhurst, Condado de Lackawanna, Pa., e a Academia São Gregório, também localizada em Elmhurst. [xxi]
O padre Urrutigoity, fundador, e o padre Ensey, chanceler da Sociedade de São João, são acusados de abuso sexual contra o requerente John Doe.[xxii] Ensey é acusado de ter forçado John Doe a atos sexuais, incluindo sodomia, enquanto Doe era menor e estudava na São Gregório. Urrutigoity é acusado de "contatos sexuais inadequados" com o requerente enquanto Doe residia na propriedade de Shohola e não era mais menor. Os dois padres da SSJ foram incardinados na Diocese de Scranton pelo Monsenhor Timlin. Eles atuavam como capelães, professores em meio período e conselheiros espirituais na São Gregório, uma faculdade católica para meninos pertencente à Fraternidade Sacerdotal de São Pedro.
O processo visa Monsenhor Timlin, a FSSP[46] e a Academia São Gregório por grave negligência por não ter agido sobre fatos conhecidos relativos aos antecedentes homossexuais de Urrutigoity e Ensey, e por não ter protegido o requerente, um menor, dos dois predadores sexuais cuja posição na Academia havia sido organizada pela FSSP com a aprovação do Ordinário do Diocese, Monsenhor Timlin. As acusações incluem: agressão e lesões corporais, negligência, imposição intencional de sofrimento emocional, invasão da vida privada e omissão de dever.
O requerente e seus pais, Jane e John Doe Senior, que residem na Carolina do Norte, pedem mais de $75.000 em reparação e $1 milhão em danos. Um julgamento em Assise foi solicitado.
Este caso exemplar sobre a Sociedade de São João demonstra como o vício da homossexualidade pode se espalhar rapidamente mesmo em um ambiente tradicionalista, como o da Academia de São Gregório.
A SSJ e a Cidade de Deus
O padre Carlos Urrutigoity, fundador e líder reconhecido da Sociedade de São João, declara que a visão para a Sociedade e a Cidade de Deus lhe veio enquanto estudava no Seminário de São Tomás de Aquino em Winona, pertencente à Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (FSSPX). Em maio de 1997, o padre ordenado pela FSSPX foi expulso do seminário de Winona, oficialmente porque queria fundar uma nova ordem religiosa.
Após passar de uma diocese à outra, o carismático padre Urrutigoity, o padre Ensey e um punhado de seminaristas vindos de São Tomás foram acolhidos pelo Monsenhor James Timlin, do Diocese de Scranton, e a Sociedade de São João (Societas Sancti Joanni) nasceu.
No dia 24 de maio de 1998, Monsenhor Timlin, com a bênção de Roma, deu sua aprovação canônica à nova sociedade. Seis meses depois, ele ordenou dois novos padres à SSJ, os padres Basel Sarveh e Dominic Carey.
Em setembro de 1999, a SSJ comprou 1025 acres de terra em Shohola, no Condado de Pike, na região montanhosa de Pocono por $2,9 milhões para construir uma cidade católica autônoma no modelo medieval, onde seus habitantes compartilhariam uma vida e uma fé comum. Uma vez completada, a comunidade da SSJ deveria incluir instituições de educação e formação excepcionais, do berço à sepultura.
Para isso, a SSJ pediu ao Dr. Ronald MacArthur, fundador do Colégio São Tomás de Aquino na Califórnia, que o ajudasse a fundar um colégio semelhante de artes liberais católicas na propriedade de Shohola. O Dr. MacArthur pediu ao Dr. Jeffrey Bond para ajudá-lo no projeto do Colégio São Justin Martyr. MacArthur, então, retirou seu apoio ao projeto após decidir que o conceito de Cidade de Deus concebido pela SSJ não era viável. Acreditando que Monsenhor Timlin estava completamente comprometido com o projeto, o Dr. Bond assumiu o lugar de MacArthur. Ele lançou um programa de arrecadação de fundos para o Colégio São Justin Martyr/Casa de Estudos.
A Estrutura Canônica da SSJ
A Sociedade de São João não é uma ordem religiosa no sentido tradicional da palavra. Ela é vista canonicamente como uma "Associação Pública de Fiéis", uma associação mais ou menos agrupada de padres diocesanos que têm a permissão de viver juntos de acordo com regras de vida e que realizam certas missões apostólicas. No caso da SSJ, é ao Bispo de Scranton que seus padres e religiosos devem respeito e obediência.[xxiii] O Ordinário da Diocese de Scranton também tem o poder de suprimir a SSJ a qualquer momento.[xxiv]
O site oficial da Sociedade de São João descreve a instituição como "uma associação de sacerdotes, clérigos, religiosos e leigos trabalhando sob a autoridade do Papa e dos bispos da Igreja para reavivar a santidade de vida e a civilização Católica no terceiro milênio".[xxv]
As informações que se seguem sobre a Sociedade de São João, seu carisma especial, sua missão apostólica, sua estrutura e seus programas são retiradas de seu "Documento Fundador".[xxvi]
A comunidade da SSJ é composta por três grupos. Existe uma comunidade de clérigos, vivendo juntos permanentemente uma vida de piedade, estudo e apostolado, através do qual a sociedade espera redescobrir o significado profundo de cada ordem, menor e maior. Dentro da comunidade também há uma fraternidade religiosa de homens "buscando se tornar um instituto religioso de direito diocesano", que se dedicam a Deus por meio dos votos de pobreza, castidade e obediência. Por fim, há um grupo composto por homens e mulheres Católicos dedicados ao culto de Deus e desejosos de se colocar (e seus bens) à disposição e para os objetivos da SSJ e sua elite clerical dirigente.
Diz-se que o carisma da SSJ repousa sobre quatro pontos : o uso solene da Liturgia de Rito Romano, o renascimento da vida sacerdotal, da educação e a formação de pequenas cidades com uma verdadeira Cultura Católica.[xxvii]
Informam-nos que os fundadores da SSJ aprenderam muito "sobre as instituições de vida comum sem votos" como modelo e adotaram "as estruturas básicas fornecidas pela lei, com, no entanto, as adaptações requeridas pelos objetivos específicos e o carisma único da Sociedade de São João". Eles conceberam o amor pela Liturgia e a excelência eclesiástica na educação da Ordem de São Jerônimo; o sistema de priorados confederados da Ordem Beneditina; a ideia "de uma série de associações autônomas trabalhando em conjunto sob a égide de um moderador supremo" tal como concebida por São Martinho, Bispo de Tours; e alguns cânones da Regra de Santo Agostinho em relação a "clérigos vivendo em comum e ajudando-se mutuamente a cumprir seu dever de estado".[xxviii]
O Documento Fundador declara que os sacerdotes da SSJ são consagrados ao Sagrado Coração de Jesus, ao Coração Imaculado de Maria e a São João Evangelista "em consideração à sua fidelidade e da sua presença no Sacrifício da Cruz, onde se associou a esses Corações Bem-aventurados, e da perfeição de seu espírito profético sobre o fim dos tempos".[xxix]
"Restauração" é a palavra-chave da missão abraçada pela Sociedade, compreendendo a restauração da Liturgia Sagrada, da vida espiritual, da sabedoria e da educação Católica, da liderança Católica, da vida comunitária, da vida ascética, do apostolado, da Ordem natural, etc.[xxx] Todo esse tradicionalismo, apesar de que a SSJ se compromete com a abertura em face "da necessidade de um aggiornamento verdadeiro e frutífero".[xxxi]
Em um capítulo dedicado ao "Status da Igreja Católica na Sociedade Moderna" e à "Crise do Homem Moderno", a SSJ declara que forma "uma nova geração de sacerdotes" que ajudará a resolver a "crise" atual na Igreja e na sociedade.[xxxii]
"A cidade sobre a colina que esperamos construir não é para se esconder do mundo nem para condená-lo farisaicamente, mas sim para testemunhar-lhe as verdades da Fé... da possibilidade de viver uma vida Cristã integral, corporativa no mundo atual; uma luz que deve brilhar e não ser colocada sob o alqueire", explicam os fundadores.
A SSJ convida os interessados a viver na Cidade de Deus a contatar a Sociedade e a fazer uma doação para a construção de "a nova fundação para a cultura Católica" em Shohola e depois em outros lugares.
O único problema desse quadro idílico é que tudo é uma gigantesca impostura do início ao fim. A SSJ é, como um de seus antigos padres descreveu corretamente, um "culto homossexual e seus sacerdotes", e não há nenhuma Cidade de Deus que floresça nas Montanhas de Pocono.[xxxiii]
A Corrupção da Academia São Gregório
A Academia São Gregório, bandeira da Fraternidade Sacerdotal São Pedro, é um colégio masculino operado pela Fraternidade São Pedro na diocese de Scranton. O prospecto da escola declara que ela se dedica à educação Cristã nas linhas estabelecidas pelo Papa Pio XI em sua encíclica de 31 de dezembro de 1929, Divini Illius Magistri.[xxxiv]
Na São Gregório, nosso único objetivo é a formação de jovens homens Católicos. Oferecemos uma educação das artes liberais seguindo a sabedoria persistente da civilização Ocidental. A Academia forma jovens homens que são fortes na fé, esperança e caridade, e que manifestam em suas vidas as virtudes intelectuais e morais, incluindo prudência, sabedoria e discernimento... Os alunos recebem uma instrução completa sobre a doutrina e os ensinamentos morais da Igreja, enfatizando a ortodoxia e o Magistério... A oração Católica está no centro da vida de São Gregório, e no coração dela se encontra o Santo Sacrifício da Missa, oferecido diariamente no rito Latino tradicional pelos sacerdotes da Fraternidade São Pedro com a autorização do bispo de Scranton.[xxxv]
O amplo campus está situado em 190 acres de um belo terreno montanhoso no leste da Pensilvânia, perto da sede do Distrito para a América do Norte em Elmhurst. Embora a São Gregório tenha como regra não aceitar meninos com sérios problemas escolares ou disciplinares, o tom moral e pedagógico começou a despencar quando os padres da SSJ chegaram à Academia.
No outono de 1997, o padre Arnaud Devillers, o Superior do Distrito da FSSP, autorizou, com a bênção de Dom Timlin, os padres da SSJ a residirem temporariamente em uma ala vazia da Academia até encontrarem uma nova casa. No ano letivo seguinte, os Servos Menores de São Francisco também se juntaram à SSJ na ala dos hóspedes da Academia.
Quando a escola abriu para o ano 1998-1999, o padre Devillers pediu aos padres da SSJ que atuassem como capelães da Academia, pois a Fraternidade São Pedro estava com falta de sacerdotes.[xxxvi] Nenhum controle de segurança sobre os padres da SSJ foi realizado, nem pela FSSP, nem pela Diocese de Scranton.
As funções da SSJ eram celebrar a Missa, ouvir confissões, ensinar catecismo e assegurar a direção espiritual dos meninos de São Gregório. Na prática, no ano que se seguiu à sua chegada à Academia, os padres da SSJ dirigiam a instituição. Os membros da SSJ também levavam alunos da escola em passeios e viagens. Quando a Sociedade comprou a propriedade de Shohola, convidou os alunos e estudantes de São Gregório para visitá-la, acampar e se reunir em suas novas instalações.
Ao permitir que a SSJ assumisse a formação espiritual de seus alunos, a FSSP de fato deu aos clérigos perversos da SSJ acesso não apenas aos corpos dos jovens homens, mas também a suas almas, o que confere uma dimensão demoníaca adicional a seu empreendimento criminoso em São Gregório.
A preparação sistemática dos meninos de São Gregório começou com a introdução de álcool e tabaco destinados a diminuir as inibições sexuais e a resistência moral das potenciais vítimas.
No testemunho prestado sob juramento pelo Sr. Jude Huntz, o supervisor-chefe dos dormitórios, houve um incidente em março de 1998 em que, segundo ele, percebeu três alunos voltando da residência da SSJ em São Gregório em estado avançado de intoxicação. Huntz declarou que a polícia foi chamada e que os oficiais da SSJ receberam um aviso sobre a entrega de álcool a menores.[xxxvii] Em testemunhos sob juramento sobre o caso John Doe, o Sr. Paul Hernak, um professor de São Gregório, e o Sr. Jerry Zienta, um supervisor de dormitório, confirmaram a acusação de Huntz.
No entanto, o padre Paul Carr, o capelão da FSSP na Academia, contradiz a história de Huntz. O padre Carr afirma que a única vez em que a polícia foi chamada foi para verificar se os pais concordavam em que fosse oferecido álcool a seus próprios filhos menores.[xxxviii]
Além disso, Huntz acrescentou em seu testemunho que, pouco tempo após sua chegada a São Gregório, os padres da SSJ começaram a convidar meninos para seus quartos para filmes e direção espiritual. Essa prática gerou problemas de horário porque os meninos muitas vezes retornavam aos seus dormitórios em horas bastante tardias.[xxxix]
Subsequentemente, o Sr. Alan Hicks, Diretor da Academia, modificou as regras para permitir que os meninos que recebiam "direção espiritual" dos padres da SSJ retornassem a uma "hora razoável" (termo vago), e os supervisores de dormitório desenvolveram um novo sistema em que um supervisor controlava os meninos à noite e o outro pela manhã.
O fato dos padres da SSJ manterem os alunos até tarde trouxe outros problemas para os supervisores. Os meninos tinham dificuldade para acordar na manhã seguinte, frequentemente chegavam atrasados à capela e estavam sonolentos nas aulas durante o dia.
Mesmo depois que Hicks informou a Urrutigoity que essas visitas noturnas estavam causando problemas, a prática dos conselhos espirituais tarde da noite e a oferta de álcool e tabaco aos meninos continuaram.[xl] Relatos também indicavam que alunos compravam maconha fora do campus e a fumavam com seus colegas na Academia.[xli]
A Preparação dos Meninos de São Gregório
Uma vez que os padres da SSJ se infiltraram em São Gregório, boatos sobre atos homossexuais e outros comportamentos sexuais bizarros começaram a chegar aos ouvidos dos oficiais e do pessoal da Academia.
Foi relatado que um senior prefect[47] em São Gregório tinha o hábito de "aterrorizar" os alunos das classes inferiores pulando nu em suas camas durante a noite. Houve incidentes de meninos imitando sexo oral nos dormitórios.[xlii] Começaram a circular boatos de que o padre Urrutigoity dormia com alguns alunos.
Em fevereiro de 1999, Paul Hornak, um professor de São Gregório, levou um grupo de alunos em uma expedição de camping invernal ao longo do Appalachian Trail na fronteira entre a Pensilvânia e o New Jersey. O padre Urrutigoity se ofereceu como "diretor espiritual". Durante a excursão, Hornak descobriu que o sacerdote havia fornecido aos meninos sob sua tenda charutos e vinho, e que dois dos meninos se gabavam de terem compartilhado o saco de dormir de Urrutigoity. Confrontado com a acusação de ter dado álcool e tabaco a menores e de ter dormido com meninos em seu saco de dormir, o sacerdote defendeu suas ações como um meio de incentivar a "boa camaradagem".[xliii]
Em seu testemunho sob juramento no caso John Doe, Hornak declarou que o padre Urrutigoity parecia considerar que "dormir com meninos em seu saco de dormir era perfeitamente natural e que ele havia conseguido convencer os dois jovens que não havia nada de errado nisso".[xliv]
Hornak observou que, durante o ano letivo de 1998-1999, ele "ouviu frequentemente fragmentos de conversa entre os meninos que não deixaram dúvida de que beber, fumar e compartilhar a cama era comum". Ele disse que "se queixou a quem quisesse ouvir", mas que ninguém em São Gregório parecia se importar.
Na primavera de 1999, Hornak avisou que não retornaria a São Gregório no outono. Durante sua entrevista de saída com o padre Devillers, Hornak disse a este último que "acreditava firmemente que a Sociedade de São João havia envolvido os meninos de São Gregório em atividades pré-homossexuais durante sua estadia na escola". Sem palavras, Devillers disse a Hornak que a SSJ mudaria suas maneiras quando deixasse a escola e teria que se virar sozinha. Ele acrescentou que achava que "algumas das técnicas empregadas pela Sociedade para serem bem vistas pelos meninos poderiam ser destinadas a torná-los receptivos à palavra de Deus". Hornak disse que achou as declarações de Devillers "absurdas".[xlv]
Devillers não informou a Hornak que ele não era o primeiro a se queixar do comportamento desagradável dos padres da SSJ.
Os Padres Franciscanos que compartilhavam a mesma ala do prédio com os padres da SSJ também expressaram a Devillers sua preocupação quanto à perigosa influência do padre Urrutigoity e de seus padres sobre os meninos de São Gregório. Eles informaram que o padre Daniel Fullerton, um padre da SSJ, havia dito aos alunos que o uso de trajes de banho era "opcional" quando nadavam na propriedade da Sociedade em Shohola. Os religiosos também disseram ter notado que alunos das classes superiores apresentavam comportamentos violentos ao atormentar os mais jovens, o que acreditavam ser incentivado pelo padre Urrutigoity como meio de colocar os mais velhos "em posição" de dirigir a escola.[xlvi]
Um dos padres Franciscanos a quem o Diretor Hicks pediu para acompanhar uma viagem a Nova York patrocinada pelo padre Urrutigoity relatou que, pelo caminho, o sacerdote parou para comprar cigarros para os meninos e lhes deu vinho durante o jantar em sua estadia em Manhattan.
Os Franciscanos pareciam estar perfeitamente cientes da atividade homossexual da SSJ na Academia. Eles informaram a Devillers que frequentemente viam meninos nos quartos da SSJ após o toque de recolher, alguns até de pijama no banheiro da SSJ pela manhã. Em uma ocasião, descobriram um aluno sozinho em um cômodo fumando e bebendo com o padre Urrutigoity após a meia-noite. Também relataram que, por um tempo, o padre Urrutigoity estabeleceu seu quarto no banheiro.
Um testemunho adicional que reforçou a acusação de Hornak de que a SSJ transformava São Gregório em um antro de pederastas foi dado pelo Irmão Alexis Bugnolo, que ficou com os Padres Franciscanos na ala da SSJ por um fim de semana em fevereiro de 1999.
O Irmão Bugnolo adquiriu experiência sobre comportamento homossexual durante seu trabalho em um grupo prolife de Boston, que realizava um apostolado nas ruas em ambientes homossexuais da cidade. Ele declarou que, durante sua estadia em São Gregório, viu alunos exibindo comportamentos implícitos com gestos incompatíveis com uma amizade normal entre meninos. Em uma noite, após o toque de recolher, ao chegar à capela do lado do dormitório para se confessar, viu dois alunos se abraçando e se beijando diante das portas da capela. Ele também viu um menino carregando outro em um dormitório adjacente e gritando: "meninas, meninas, meninas, peguem-nas enquanto estão quentes!".[xlvii]
Depois de se confessar com o padre Urrutigoity, Bugnolo esperou o sacerdote na capela perto do confessionário para expressar sua preocupação sobre o comportamento sexual anormal que tinha testemunhado. Ele aconselhou o padre Urrutigoity a informar os superiores da escola e o bispo diocesano sobre os problemas que havia visto, para que a situação pudesse ser corrigida.
Após retornar a Massachusetts, ele escreveu ao padre Urrutigoity sobre suas preocupações em relação a possíveis atividades homossexuais e violações de castidade em São Gregório. Ironicamente, Bugnolo sugeriu que o padre Urrutigoity retirasse sua comunidade da escola para evitar uma contaminação moral.[xlviii]
Algum tempo depois, Bugnolo lembrou-se de ter visto em São Gregório, durante sua visita de fim de semana, um desenho de um dos alunos que mostrava o mesmo tipo de carícias. O jovem estava então de batina e a legenda indicava que ele havia se juntado à SSJ. O Irmão Bugnolo compartilhou suas preocupações com Peter Vere, um especialista em Direito Canônico da Diocese de Scranton, que lhe disse que não havia provas suficientes para levar o problema à atenção de Dom Timlin. O Irmão Bugnolo abandonou o caso temporariamente.
Em 27 de janeiro de 2002, depois que os Roman Catholic Faithful romperam o silêncio sobre o escândalo da SSJ, Bugnolo escreveu uma carta detalhada ao presidente da RCF, Steve Brady, sobre sua experiência em São Gregório.
No final de sua carta, Bugnolo repetiu o conselho de São Antônio Maria Claret sobre o que fazer quando uma instituição da Igreja se torna presa da turpitude moral, como é o caso da Academia São Gregório:
... A única solução moral certa para corrigir tal problema é a dissolução do corpo docente e a demissão dos alunos, a revogação dos capelães e confessores de seus ofícios; se o instituto deve ser reconstituído, isso só pode ser feito com educadores, alunos e sacerdotes totalmente novos; isto porque sempre há relações que nunca serão descobertas, e que se estiverem presentes na nova fundação, a conspiração pode recomeçar. Problemas dessa ordem nas boas fundações só podem ser evitados se os confessores e diretores espirituais levarem a sério a recidiva nos 6º e 9º mandamentos e tiverem autoridade para expulsar candidatos que não possuem a graça da castidade e da continência, isso sem prudência humana.[xlix]
Havia outros incidentes que deveriam ter indicado a qualquer um que tivesse olhos para ver que a Academia de São Gregório estava sendo invadida por uma força moral estrangeira na forma da Sociedade de São João.
A mãe de um aluno soube que um sacerdote da paróquia de sua diocese, que havia sido considerado culpado por atos homossexuais com jovens meninos, havia visitado São Gregório e conversado com seu filho no vestíbulo. Esse incidente sugere que a SSJ poderia ter trazido outros predadores sexuais ao campus.[l]
Descobriu-se também que o Diretor Hicks havia permitido que meninos da equipe de hóquei da escola fizessem uma viagem ao Canadá com um homem conhecido por Hicks como praticante da homossexualidade e colecionador de pornografia homossexual.[li]
Ao final do ano letivo de 1998-1999, quando os padres da SSJ deixaram São Gregório para residir em sua própria propriedade, continuaram a manter relações próximas com os alunos de São Gregório.
No testemunho sob juramento de 10 de dezembro de 2002 de Joseph Sciambra no caso John Doe, o ex-postulante da Sociedade declarou que, no final da primavera de 2000, um grupo de jovens homens da Academia São Gregório acampou na propriedade da SSJ. O padre Urrutigoity passou a noite no acampamento e disse a Sciambra que havia compartilhado o saco de dormir de um dos jovens.
Sciambra viu o sacerdote servir álcool a meninos, um dos quais cambaleou ao sair do quarto de Urrutigoity em estado de severa intoxicação. Ele também disse que viu meninos saindo do quarto do sacerdote vestindo apenas roupas íntimas, alguns deles afirmando que haviam dormido na mesma cama que o padre.[lii]
Outro ex-noviço da SSJ que assinou um testemunho sob juramento, mas não queria que seu nome fosse publicado, declarou que, quando vivia na Casa São José, que servia à SSJ para abrigar postulantes e noviços, ele tinha dificuldade de tomar banho após correr, já que o banheiro estava sobrecarregado. Quando o padre Urrutigoity ouviu sobre o problema do jovem, convidou-o a usar seu chuveiro e sua banheira na Drummond House. Sempre que o noviço aproveitava a oferta de Urrutigoity, dizia que o padre aparecia nu ao sair do banheiro, vestido apenas com seu escapulário, ensaboando-se enquanto o jovem tomava banho e se vestia.
Embora Urrutigoity nunca tenha abordado o jovem de maneira abertamente sexual, é claro que seu comportamento exibicionista diante de um noviço sob sua guarda espiritual era uma forma de preparação homossexual. Felizmente, o noviço não esperou por isso. Ele deixou a SSJ em meados de janeiro de 2001, sem ter completado seu noviciado.[liii]
Em setembro de 2002, um testemunho escrito sob juramento em Valbonne, França, por Joseph Girod, um ex-professor de canto Gregoriano na SSJ, declarava que, quando ele estava em um período de depressão, o padre Urrutigoity o enviou a Walter Bahn, um amigo músico e psicoterapeuta, para terapia e direção espiritual. Durante a primeira sessão com Bahn sobre "autoconhecimento", ele disse a Girod que a homossexualidade era um estado genético que não admitia modificação. Bahn também disse a Girod que ele (Bahn) era "gay". Mais tarde, em uma conversa com Girod, o padre Urrutigoity assumiu a mesma posição que Bahn sobre a homossexualidade – que esta estava nos genes.[liv]
Outro padre da SSJ, o padre Fullerton, consta nos registros por ter dito a um seminarista da SSJ que era "nobre" para um homossexual se tornar sacerdote.[lv]
Não há dúvida de que esses mitos "gays" foram transmitidos a alunos ingênuos na Academia pelos padres da SSJ durante aulas sobre moral sexual e direção espiritual dada individualmente e no confessionário pelo padre Urrutigoity e seus clérigos e leigos discípulos.
Fred Fraser, um graduado e mais tarde supervisor de dormitório em São Gregório, que admitiu ter dormido com Urrutigoity, defendeu seu compartilhamento de cama citando O Simpósio de Platão e Os Irmãos Karamazov de Fyodor Dostoiévski.[lvi]
Em 10 de novembro de 2002, Conal Tanner, um graduado de São Gregório e ex-supervisor de dormitório, informou Dom Timlin que tinha conhecimento de que o padre Urrutigoity havia dormido com meninos na mesma cama e que outros membros da Sociedade de São João estavam cientes dos atos de seus superiores.[lvii]
A declaração de Tanner a Timlin também foi confirmada por um testemunho sob juramento de Diane Toler, de Cherry Hill, NJ, que declarou que o padre Dominic Carey, principal financiador da SSJ, lhe havia dito que não era segredo que o padre Urrutigoity dormia regularmente com jovens meninos e homens jovens. O padre Carey defendia a prática, afirmando que se dois homens dormissem juntos, isso não seria uma ocasião de pecado, já que não há atração natural entre homens.[lviii]
"Guru-tigoity" um Predador Homossexual à Descoberta
Em 11 de fevereiro de 1999, Dom Bernard Fellay, Superior Geral da Fraternidade São Pio X, enviou uma comunicação oficial a Dom Timlin informando que o padre Carlos Urrutigoity havia sido acusado de abuso sexual contra um seminarista sob sua guarda espiritual no Seminário São Tomás de Aquino da FSSPX em Winona, Minnesota.
Dom Fellay também indicou que, em 1987, antes que Urrutigoity fosse admitido no seminário de Winona, o padre Andres Morello, Reitor do Seminário Nossa Senhora Co-Redentora de La Reja, Argentina, havia acusado o padre de práticas homossexuais.
Segundo o padre Morello, ele buscou expulsar Urrutigoity do seminário de La Reja devido ao seu orgulho característico, sua tendência a formar "amizades especiais", seu desenvolvimento de uma facção de seminaristas agindo sob sua influência e graves acusações no plano moral.[lix]
Entre as acusações feitas contra Urrutigoity por seminaristas e leigos que viviam no seminário de La Reja estavam suas visitas noturnas inesperadas aos quartos dos jovens enquanto estes dormiam, carícias e massagens nas partes genitais e nas nádegas sob o pretexto de exames médicos, e apalpamentos nas partes íntimas de um seminarista em uma sala de descanso, acompanhados pela observação do padre que adorava seu "bumbum redondo". Urrutigoity também era acusado de sondagens excessivas durante a confissão e nas sessões de retiros espirituais sobre as tentações sexuais dos penitentes; além de suas vestimentas imodestas (nadar de roupa íntima) durante um acampamento de verão organizado para jovens do seminário.[lx]
Infelizmente, a demissão prevista de Urrutigoity pelo padre Morello nunca aconteceu, pois o seminarista contava com o apoio de Dom Alfonso de Galarreta, o Superior de Distrito da FSSPX, e de outros padres influentes.
Em vez de ser demitido, Urrutigoity foi enviado ao Priorado de Córdoba (Argentina) onde recebeu as recomendações necessárias que possibilitaram sua transferência para o seminário da FSSPX em Winona. Ao mesmo tempo, o padre Morello foi transferido para Santiago, no Chile, o que o deixou temporariamente fora de ação.[lxi]
No entanto, em julho de 1989, quando o padre Morello soube da próxima ordenação de Urrutigoity em Winona, ele enviou um dossiê confidencial sobre o candidato ao Reitor Richard Williamson no Seminário São Tomás de Aquino. Temendo que esse esforço não fosse suficiente para impedir a ordenação, o padre Morello foi ao seminário com um companheiro. Ao chegarem, foram confrontados por Williamson, que se deparou com a negação ou "manifestação de consciência" de Urrutigoity, que proclamou sua inocência das acusações feitas contra ele. Williamson justificou a "humildade" de Urrutigoity e acusou Morello e seu companheiro de mentir.
Poucos dias depois, em 16 de julho de 1989, Morello, que havia estado envolvido em um debate interno na FSSPX sobre um assunto não relacionado ao caso Urrutigoity, foi expulso da Fraternidade.[lxii]
Williamson declarou mais tarde que não acreditavam em Morello porque ele era considerado ligado a um grupo sedevacantista oposto a Dom de Galarreta. Apesar de tudo, seu superior, o Arcebispo Marcel Lefebvre, que havia revisado o dossiê de Morello, ordenou a Williamson que vigiava Urrutigoity "como um falcão", uma tarefa virtualmente impossível dado o comportamento furtivo de um predador homossexual como Urrutigoity.[lxiii]
O padre Urrutigoity havia instrumentalizado um grupo tradicionalista contra o outro para seus próprios fins.
Não apenas foi ordenado, mas também foi encarregado de ensinar no Seminário São Tomás de Aquino, onde ganhou o apelido de "Guru-tigoity".[lxiv]
Não é surpreendente que em sua carta de advertência a Dom Timlin em fevereiro de 1999, Dom Fellay descrevesse Urrutigoity como "perigoso" e observasse:
A razão pela qual ele entrou em conflito com os Superiores da Fraternidade São Pio X é principalmente porque sentíamos que ele tinha uma influência estranha e anormal sobre os seminaristas e os padres, que pareciam se apegar à sua personalidade brilhante e carismática. Quando ele me pediu para reconhecer a sociedade que ele tinha a intenção de fundar, entre as razões do meu recuso, mencionei explicitamente o apego estranho, como a um guru, entre os discípulos e seu líder.[lxv]
Urrutigoity Enfrenta a Segunda Acusação
Foi somente dois anos depois que Urrutigoity foi expulso do Seminário São Tomás de Aquino de Winona por "atividades subversivas", ou seja, o planejamento secreto da Sociedade de São João, e que se instalou na Diocese de Scranton com alojamentos temporários estabelecidos na Academia de São Gregório, que um seminarista de Winona se apresentou para acusar o padre de abuso sexual.
O alvo das tentativas de sedução e das atenções sexuais forçadas por Urrutigoity era um jovem chamado Matthew Selinger, que anteriormente idolatrava o sacerdote. Os dois homens haviam formado uma amizade especial no seminário e Urrutigoity foi o diretor espiritual de Selinger durante dois anos antes de sua mudança.
Selinger tinha algumas histórias estranhas sobre o padre Urrutigoity.
Ele disse que um dia, quando estava constipado, foi procurar Urrutigoity para pedir Metamucil. Em vez disso, o padre lhe ofereceu um supositório retal. Nunca tendo usado um antes, o seminarista acreditou que era um medicamento oral e o engoliu. O padre o informou sobre o uso correto e insistiu para que o jovem o tomasse na presença dele como um ato de "humildade". Selinger resistiu a contragosto e se dirigiu ao banheiro para tomar o supositório, enquanto se recriminava por não ser espiritualmente maduro o suficiente para seguir as ordens de Urrutigoity e crucificar seu "respeito humano".[lxvi]
Em outra ocasião, Urrutigoity convidou Selinger e seu amigo para nadar nus com ele.
Certa noite, o jovem seminarista acordou de seu sono para encontrar o padre ajoelhado ao seu lado, massageando suas partes genitais com tanta força que provocou uma ereção. Selinger disse que seu primeiro impulso foi dar um soco no padre, mas como Urrutigoity era um Alter Christus, um outro Cristo, ele se virou e fingiu voltar a dormir enquanto Urrutigoity desaparecia silenciosamente na escuridão.[lxvii]
O novo uso de supositórios no repertório de preparação de Urrutigoity lembra as técnicas de preparação empregadas no início do século 20 pelo teosofista/pederasta Charles Webster Leadbeater.
Leadbeater incentivava enemas, manipulação genital e onanismo como meio de promover a vitalidade física, psíquica e espiritual (oculta) entre seus jovens discípulos. "Essa espiritualização da pedofilia o absolve da culpa que o faz odiar a sociedade... Não é mais uma fraqueza humana comum, pois ele sentiu o fogo purificador da divindade", relatou Grégoire Tillet, o biógrafo de Leadbeater.[lxviii]
No momento em que Selinger informou seus superiores em Winona que Urrutigoity havia abusado dele sexualmente, o fundador da SSJ estava tranquilamente escondido como capelão da Academia São Gregório, selecionando sua próxima vítima em um grande grupo de jovens homens que, como Selinger antes de ser abusado, literalmente seguiam os passos de Urrutigoity.[lxix]
Em junho de 1999, uma reunião foi realizada em Winona entre Matthew Selinger e o Reitor Williamson da FSSPX, e a equipe pastoral que o Escritório de Revisão Diocesano havia designado para investigar as acusações contra Urrutigoity. A equipe pastoral era composta pelo bispo auxiliar John Dougherty, um sacerdote diocesano e um conselheiro jurídico da Diocese de Scranton.
No entanto, mesmo após ler o relatório do Escritório sobre o testemunho de Selinger, e sabendo que esta era a segunda acusação credível de sedução e abuso contra Urrutigoity, Dom Timlin decidiu que as evidências contra o fundador da SSJ não eram "conclusivas". Ele cessou sua ação neste caso. Um "sepultamento" clássico foi realizado pelo Ordinário da Diocese de Scranton com a cooperação do silencioso parceiro de Timlin, o abade Devillers, Superior da FSSP.
Se não fosse pela coragem e determinação do Dr. Jeffrey M. Bond, Presidente do Colégio São Justino Mártir, e pelo apoio moral e jurídico que o Dr. Bond recebeu do advogado do Estado de Washington, James M. Bendell, o sepultamento poderia ter sido bem-sucedido.
James e Bond à Resgate
No dia 19 de agosto de 2001, o Dr. Bond recebeu a visita de Alan Hicks, Diretor da Academia São Gregório.
Hicks informou a Bond que Urrutigoity costumava dormir com meninos e, de fato, havia dormido com meninos de São Gregório enquanto a SSJ residia na escola entre 1997 e 1999.
Para apoiar sua acusação, Hicks citou o caso do Sr. Fred Fraser.
Como mencionado anteriormente, o Sr. Fraser era um graduado de São Gregório. Durante o ano letivo de 1998-99, quando os padres da SSJ eram capelães da escola, Fraser foi nomeado supervisor de dormitório, apesar de ter apenas um ou dois anos a mais do que os meninos que ele deveria supervisar. Parece que a SSJ tinha liberdade total na Academia.[lxxi]
Fraser admitiu diante de Hicks e, mais tarde, diante de Bond, que havia dormido na cama de Urrutigoity em seus alojamentos privados. Como um verdadeiro discípulo de seu mestre, Fraser justificou o ato como parte do método do padre para "direção espiritual".[lxxii]
A declaração de Fraser contradiz o testemunho sob juramento dado por Urrutigoity em sua deposição de 2003 no caso John Doe, onde o padre respondeu "Não" à pergunta se ele já havia dormido na mesma cama ou no mesmo saco de dormir que alunos de São Gregório ou com outros homens na escola ou durante viagens. Mais tarde em seu testemunho, Urrutigoity admitiu que havia dormido com o Sr. Fraser enquanto ele era aluno da Academia, mas apenas com ele.[lxxiii]
Em uma deposição coletada pelo advogado Bendell no dia 10 de novembro de 2003 de Stephen Fitzpatrick, aluno de São Gregório de 1996 a 2000 e testemunha hostil ao reclamante, Fitzpatrick testemunhou que havia dormido com Urrutigoity. Outro ex-aluno de São Gregório e apoiador da SSJ, Patrick McLaughlin, que esteve na Academia de 1995 a 2000, declarou que havia visto um menino dormindo na cama do padre depois do toque de recolher, entre meia-noite e três horas da manhã.[lxxiv]
Inicialmente, Bond concordava em deixar Dom Timlin à frente do caso, inclusive na normalização dos padres da SSJ. Só depois de conversas com Dom Timlin e o Auxiliar Dougherty, que ficou claro que o bispo não tinha intenção de tomar qualquer ação, é que Bond disse a Hicks e ao Subdiretor Howard Clark que deveriam contactar os pais de todos os meninos que haviam estado expostos ao sacerdote em São Gregório.
Ao mesmo tempo, Bond conduziu sua própria investigação sobre as acusações. Quase todas as informações fornecidas neste capítulo sobre a SSJ são baseadas nas descobertas inicialmente relatadas pelo Dr. Bond e por James Bendell, que é o principal advogado de John Doe e de seus pais.
No dia 8 de dezembro de 2001, Dom Timlin foi informado de que um jovem havia declarado ter sido abusado sexualmente enquanto era aluno na Academia São Gregório pelo padre Eric Ensey. Três dias depois, Hicks e Clark receberam as notícias ruins.
Essas revelações públicas mal recebidas obrigaram, finalmente, a administração a alertar os pais de todos os meninos de São Gregório de que os alunos não deveriam ter nenhum contato com a Sociedade de São João e que era proibido que se dirigissem à propriedade da SSJ. Segundo Bond, ninguém se preocupava com o jovem que havia sido violentado, embora estivessem preocupados em manter seus empregos.
Em outubro de 2001, o Conselho de Administração do Colégio São Justino Mártir, uma associação civil de direito privado, tomou medidas legais para se separar totalmente da Sociedade de São João. Apesar da oposição de Dom Timlin, o Conselho demitiu o Diácono Joseph Levine, representante da SSJ no Conselho, e publicou as notícias da sua separação da SSJ em seu site.
Da mesma forma, no final de 1999, os membros leigos-chave do Escritório Consultivo da SSJ haviam renunciado devido a acusações de má gestão fiscal grave.[lxxv]
Dom Timlin foi avisado de que a propriedade da SSJ deveria ser vendida e todos os seus projetos especiais cancelados para pagar a enorme dívida contraída pela SSJ.[lxxvi] Tipicamente, o bispo continuou a permitir que a SSJ arrecadasse dinheiro com falsas promessas.
Ao mesmo tempo, Bond começou sua guerra contra os perversos da SSJ.
Em 19 de novembro de 2001, Bond informou ao Núncio Apostólico nos Estados Unidos e ao Cardeal Darío Castrillón Hoyos, Prefeito do Clero em Roma, sobre as atividades imorais dos padres da Sociedade de São João.
Quando Bond tornou públicas suas acusações de má conduta financeira e de conduta sexual da Sociedade, o padre Urrutigoity ameaçou processá-lo por difamação.
Bond havia se apegado a uma verdade que aparentemente havia escapado de Dom Timlin e da FSSP – que John Doe não era a única vítima dos padres da SSJ. A base moral, espiritual, intelectual e disciplinar de um seminário ou de uma instituição religiosa de educação é corrompida quando o vício da homossexualidade se estabelece firmemente na instituição.
Antecedentes do Padre Eric Ensey
O padre Ensey ocupava a posição de Chanceler da Sociedade de São João e era um dos primeiros discípulos do padre Urrutigoity no seminário da FSSPX em Winona.
Nascido em 13 de agosto de 1966 em Upland, Califórnia, um subúrbio ao nordeste de Los Angeles, Ensey se converteu ao Catolicismo no ensino médio. Em setembro de 1987, ele ingressou no Seminário São Tomás de Aquino em Winona e foi ordenado sacerdote da FSSPX em 1995. Quando o padre Urrutigoity foi expulso de São Tomás, Ensey o seguiu para a Diocese de Scranton.
Durante o ano letivo de 1998-1999 na Academia São Gregório, o padre Ensey desenvolveu uma amizade especial com John Doe, um aluno ao qual ele havia sido "diretor espiritual". O padre começou a preparar o menor para um relacionamento homossexual, fornecendo-lhe álcool e tabaco. O jovem geralmente estava bêbado quando Ensey e ele realizavam atos homossexuais na escola.
Durante as férias de Ação de Graças, Ensey acompanhou o jovem até a Califórnia, onde o aluno planejava ir para a faculdade no ano seguinte. Ensey também levou o jovem a visitar a casa de seus pais em Santa Paula. Durante a visita, John Doe declarou que estava sendo sodomizado por Ensey.
Depois que Ensey e Doe retornaram a São Gregório, Ensey sugeriu ao garoto que buscasse a "direção espiritual" do padre Urrutigoity, mas garantiu que eles permaneceriam "muito amigos".[lxxvii]
No outono de 2000, John Doe juntou-se à Sociedade de São João como postulante. Para evitar as constantes investidas sexuais de Ensey, o jovem procurou outros locais para dormir. O padre Urrutigoity disse a ele que todos os quartos de hóspedes estavam cheios, mas que ele poderia dormir em seu quarto. Doe aceitou. Algumas noites depois, Urrutigoity começou a abusar do jovem. A ponto de John Doe se mudar dos aposentos de Urrutigoity e tomar residência na Casa São José, uma casa particular na borda da propriedade da SSJ que os padres haviam se arranjado para ocupar gratuitamente. Quando a proprietária teve confirmação das acusações contra a SSJ, ela os expulsou.[lxxviii]
Outras Maçãs Podres na SSJ
No início de 2002, Dom Timlin sabia que os padres Urrutigoity e Ensey eram acusados de abusos sexuais. O escritório do Promotor Público do Condado de Lackawanna havia iniciado uma investigação criminal sobre os crimes sexuais cometidos pelos dois padres da SSJ, mas foi obrigado a abandonar o caso devido à prescrição. O tempo havia se esgotado para o reclamante em maio de 2001. Ele teria que recorrer a uma ação civil.
Dom Timlin suspendeu imediatamente os padres Urrutigoity e Ensey e os enviou de volta a Scranton. Timlin deveria considerar o pedido de Urrutigoity para ser transferido para outra ordem religiosa quando soube que a SSJ tinha outros padres "problemáticos".
O padre Marshall Roberts era outro padre da SSJ que residiu com Urrutigoity e Ensey na Academia São Gregório de 1997 a 1999.
Segundo o Vice-Reitor do Instituto do Cristo Rei em Gricigliano, Itália, Roberts foi expulso do seminário em 1993 quando desenvolveu um apego sexual anormal a um colega seminarista do qual ele estava obcecado. 24 horas após o Vice-Reitor ser informado sobre os planos de Roberts envolvendo seu colega, que não apreciava a atenção, ele foi à procura de novos locais para morar. Roberts foi posteriormente ordenado pela FSSPX e se tornou o membro fundador da SSJ.
Uma vez em São Gregório, Roberts se ligou a um jovem que estava na turma de graduação de 1999, que mais tarde se tornaria postulante da Sociedade. Em um arranjo muito contrário às regras, Roberts e o postulante compartilharam o mesmo quarto e a mesma cama em uma acomodação na propriedade da SSJ.[lxxix]
O padre Christopher Clay era outro discípulo de Urrutigoity, embora nunca tenha sido membro da Sociedade. Ele era um terceiro possível agressor sexual de John Doe, embora seu nome não estivesse no processo civil porque, segundo James Bendell, o co-advogado de John Doe, o caso de abuso sexual evidente era muito mais forte com Urrutigoity e Ensey.
Quando Dom Timlin foi avisado de que Clay também era acusado de ter abusado de John Doe, o bispo o destituiu de seu cargo de professor na High School Bishop Affey em Hazle Township, mas sem restrições aparentes aos seus deslocamentos. Mais tarde, Dom Timlin propôs a realocação do padre Clay para a Igreja de São Tomás More em Lake Ariel, Condado de Wayne, mas o padre havia tirado licença e retornado à sua cidade natal, Dallas, Texas, onde buscava se recuperar do estresse após sua visita ao escritório do Procurador do Condado da Pensilvânia.[lxxx]
Quando o padre Clay voltou para a região de Dallas, ele se reuniu com um velho amigo, o padre Allan Hawkins da Igreja da Virgem Maria em Arlington. Em 2003, o abade Hawkins ligou para Dom Timlin para perguntar se ele se opunha a Clay ajudá-lo com a Missa e o apostolado paroquial. Timlin disse que não tinha objeções. Segundo Hawkins, lhe haviam falado sobre as acusações de pedofilia contra o padre Clay ou que o caso de Clay estava ainda sob investigação interna pela Diocese de Scranton.
Em abril de 2002, Dom Joseph Martino, o novo Ordinário de Scranton, escreveu a Clay para perguntar quais eram seus planos para seu ministério futuro.[lxxxi]
De acordo com o Chanceler Reverendo Robert Wilson da Diocese de Dallas, os oficiais diocesanos nada sabiam sobre o padre Clay, além do fato de que ele estava auxiliando o padre Hawkins na paróquia de Arlington.
O padre James Early, Chanceler da Diocese de Scranton, afirmou que Clay havia notificado a diocese de que ele estava trabalhando no Texas como inspetor de seguros de saúde. Se o que ele disse é verdade, isso significa que aparentemente Timlin manteve seu próprio Chanceler ignorante sobre as atividades pastorais de Clay em St Mary.
Por sua vez, Timlin justificava suas ações com o fato de que nenhuma acusação criminal derivava das queixas de John Doe (devido à prescrição) e que ele (Clay) não estava nomeado na ação civil movida por John Doe.
Um paroquiano de St Mary, entrevistado por um repórter do Dallas Morning News após a publicação da história de Scranton, exclamou "que ele era excelente com os jovens... eles sentem que podem falar com ele".[lxxxii] Hmmmm, vejamos, um pedófilo que é gentil com os jovens e os torna aptos a se comunicar e confiar nele! Realmente surpreendente!
O mesmo jornal de Dallas também relatou que a Congregação para a Doutrina da Fé provavelmente havia autorizado um processo eclesiástico contra Urrutigoity, Ensey e Clay.[lxxxiii] O repórter disse que o padre Urrutigoity havia sido recentemente visto na região de Dallas. A questão de $64.000 é se os dois padres acusados da SSJ deixariam o país para a América do Sul antes do início do julgamento?
Novas Vítimas dos Padres da SSJ se Tornam Conhecidas
Assim, em agosto de 2004, a audiência para o caso John Doe, prevista para setembro de 2004, foi adiada.[lxxxiv] A Diocese de Scranton, assim como Dom Timlin, a FSSP e a Academia São Gregório, apresentaram moções separadas para julgamento sumário, buscando na verdade serem excluídos como acusados na ação.[lxxxv]
O Sr. John Zoscak é a última testemunha chave do julgamento. Ele apresentou sua acusação em julho de 2004. Ele é o quarto acusador de Urrutigoity, o primeiro sendo o seminarista argentino, o segundo Mr. Selinger e o terceiro John Doe.
O Sr. Zoscak se formou na Academia São Gregório em 1999 e entrou como noviço na SSJ no mês seguinte.[lxxxvi]
Em seu testemunho sob juramento de 9 de julho de 2009, Zoscak declarou que, durante o inverno ou a primavera de seu segundo ano na SSJ, o padre Urrutigoity insistiu para que o jovem dormisse com ele na mesma cama. O padre tentou dissipar os medos do noviço dizendo que ele tinha uma atitude puritana e que isso era devido às suas más relações com seu pai. Nos primeiros meses, nada aconteceu, disse Zoscak. Mas uma noite, o padre tocou em suas partes íntimas. O garoto resistiu às investidas do padre, e Urrutigoity retirou suas mãos.
Zoscak afirmou que falou sobre o incidente apenas com um membro da SSJ.
Urrutigoity depois disse a Zoscak para não falar a ninguém sobre o que havia acontecido e que foi um acidente. No verão de 2004, quando Zoscak foi ao escritório do Procurador do Condado para denunciar o abuso, lhe disseram que as ações criminais estavam prescritas devido ao tempo.[lxxxvii]
É significativo que, em 29 de agosto de 2004, durante uma entrevista ao Times Tribune de Scranton, o advogado John Leeson de Bethlehem, que representa a Academia São Gregório e a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, declarou que, além da reclamação de John Doe, não havia alegações específicas de atividades incorretas envolvendo a escola de qualquer forma. "Nada aconteceu na escola e nós nos perguntamos se houve algo", disse ele. "Este é o único aluno da escola, até onde sabemos, que fez essa alegação".[lxxxviii]
A FSSP e São Gregório ainda estão na negação
O advogado James Bendell venceu uma batalha por seu cliente, o Sr. John Doe, quando o Juiz John E. Jones decidiu que as avaliações psicológicas dos padres Urrutigoity e Ensey, realizadas pelo Southdown Institute no Canadá, onde os dois padres foram examinados, deveriam ser entregues a Bendell, embora de acordo com regras estritas de confidencialidade.
Os padres recorreram da decisão.
Embora Dom Timlin tenha solicitado as avaliações como parte do procedimento padrão para padres acusados de abusos sexuais contra menores, ele declarou mais tarde que nunca havia visto os relatórios e que, por consequência, os documentos estavam protegidos pelo segredo médico. O advogado dos padres afirmou que eles nunca assinaram os formulários de liberação.[lxxxix]
Em outubro de 2002, o advogado Bendell compilou a declaração de mais de 150 páginas de Dom Timlin sobre o caso John Doe pouco antes de sua aposentadoria. Dom Timlin tentava justificar o injustificável.
Dom Timlin ainda tentava garantir créditos para que a Sociedade de São João pudesse pagar suas enormes dívidas – afinal, alguém devia arcar com os $134.000 gastos em móveis de luxo que a Sociedade havia adquirido, incluindo um bar de $6.828, uma mesa de coquetel a $2.885, um centro de entretenimento a $7.845, um escritório a $12.995, uma cama a $15.000 e uma mesa de jantar a $26.480. Até o momento, a SSJ havia dilapidado pelo menos $5.000.000 oferecidos por doadores católicos para a construção da Cidade de Deus e do Colégio de São Justino Mártir. Os católicos de Scranton querem arcar com os custos da SSJ sem uma contabilidade completa de Dom Timlin? [xc]
Tristemente, enquanto Dom Timlin claramente enfrenta dificuldades para remover os elementos criminosos da Sociedade de São João, ele encontrou vontade e meio de fechar o Colégio de São Justino Mártir, apesar de seus líderes serem inocentes de qualquer culpa.[xci] Em um momento, Timlin ofereceu ao colégio o status canônico na Diocese de Scranton se Bond parasse sua campanha contra a Sociedade de São João (uma proposta feita a outras testemunhas, mas não diretamente a Bond). Timlin desde então negou ter feito essa oferta.
Em sua "Sexta Carta Aberta" a Dom Timlin, publicada em 27 de julho de 2002, o Dr. Jeffrey Bond levantou a questão ardente que toca o coração do escândalo da SSJ. Dom Timlin é ele mesmo um homossexual cujo vício secreto o deixaria vulnerável ao chantagem por parte da Sociedade de São João? Esta é uma questão muito relevante, dado o papel da extorsão e do chantagem na carreira eclesiástica de outros bispos e cardeais americanos. Talvez tenhamos uma resposta definitiva a esta pergunta quando o Caso John Doe for a julgamento.
Dom Martino Supprime a SSJ
Dom James Timlin se aposentou da Diocese de Scranton em 25 de julho de 2003.
Ele foi substituído por Joseph Francis Martino, ex-bispo auxiliar da Filadélfia, consagrado pelo Cardeal Anthony Bevilacqua.
Em 19 de novembro de 2004, Dom Martino publicou um decreto canônico de supressão da Sociedade de São João. A decisão de suprimir a Sociedade foi principalmente motivada por razões financeiras e pela incapacidade da SSJ de alcançar seus objetivos durante os seis anos de sua existência.[xcii] O decreto foi publicado no jornal diocesano, The Catholic Light, em 25 de novembro de 2004.
Dom Martino desde então enviou o dossiê ao Santo Sé, que decidirá definitivamente sobre a SSJ.
Os membros da Sociedade estão atualmente em Roma tentando anular o decreto. O padre Urrutigoity foi visto em Roma de batina, embora esteja suspenso.[xciii]
Além disso, a Sociedade lançou, no Natal de 2004, um apelo de financiamento depois que o decreto de supressão foi publicado. A carta de apelo declara que a Sociedade de São João "está viva e vai bem".[xciv]
A impostura da Sociedade de São João continua.
Da mesma forma, a FSSP deveria considerar fechar a Academia de São Gregório.
Para retomar o aviso de São Antônio Maria Claret, "a única solução moralmente certa" para a corrupção moral de uma instituição religiosa é fechá-la e demitir alunos e pessoal. Se a instituição deve ser reconstituída, exigirá "um corpo docente, alunos e sacerdotes completamente novos; isso porque sempre há relações que nunca serão descobertas, e se elas estiverem presentes na nova fundação, a conspiração se renovará", disse São Claret.
E, para finalizar, Alan Hicks, o ex-Diretor da Academia São Gregório, foi contratado como diretor da Academia Gateway, uma escola dos Legionários de Cristo em Chesterfield, Missouri, uma suburbana de St. Louis. Sua nomeação à frente de outra escola católica privada após sua atuação escandalosa em São Gregório e sua proteção a pedófilos criminosos da Sociedade de São João oferece uma introdução perfeita ao escândalo não resolvido envolvendo o abade Marcial Maciel, o fundador dos Legionários.
[1] Cf. no final do artigo a lista de referências eletrônicas dos estudos factuais e documentados de Virgo Maria sobre o ex(?)-anglicano da FSSPX, Mons. Richard Williamson, e sobre seu poder de nuisance estratégico dentro da Fraternidade
[2] Ver em Apêndice 6 da presente mensagem os trechos traduzidos sobre a Sociedade São João, extraídos do Capítulo 16 do livro de Sra. Randy Engel « O Rito da Sodomia, Homossexualidade e Igreja Católica Romana » (1282 páginas, julho de 2006); ver também o Apêndice 5
[3] Prova das consequências previsíveis às quais expõe agora essa proteção insuportável dos meios homossexuais dentro da Igreja conciliar, blogs pouco respeitosos e hostis ao catolicismo não hesitam mais em escrever:
« Prova de que Bento XVI é gay. Este texto foi recentemente enviado como prova de que Bento XVI é gay. Já havíamos assinalado a homossexualidade de seu secretário privado, Georg, revelada pelos gays de Roma, na Itália. Bento XVI tem uma voz e uma démarche muito efeminadas. John Allen, membro do Opus Dei, jornalista do NCR (National Catholic Reporter) e portador de um longo nariz mentiroso de Pinóquio, diz dele que é « gentil », mas Bento XVI é na verdade um travesti sofisticado e maquilado em excesso, um velho homo vivendo em concubinato com seu amigo gay Georg. O jesuíta que serve de secretário público a Bento XVI só recebe de Mons. Georg sua ração de cachorro da manhã, e ele ladra para o mundo tudo o que lhe dita Bento XVI. Pobre elefante de jesuíta mantido na coleira pelo Octopus Dei… » - 30 de agosto de 2008, http://pope-ratz.blogspot.com/2008/08/proof-of-benedict-xvi-is-gay.html
http://www.virgo-maria.org/articles/2009/VM-2009-01-20-A-00-Homosexualite_de_Paul_VI.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-12-29-B-00-Benoit_XVI_Homosexualite.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-10-20-A-00-Vatican-Homosexuel.pdf
[4] http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-06-17-A-00-Manteau_de_Noe.pdf
[5] http://www.catholictradition.org/gomorrah1.htm
http://www.catholictradition.org/gomorrah2.htm
http://www.ourladyswarriors.org/articles/damian1.htm
http://www.ourladyswarriors.org/articles/damian2.htm
[6] Cf. no final do artigo a lista de referências eletrônicas dos estudos factuais e documentados de Virgo Maria sobre o ex(?)-anglicano da FSSPX, Mons. Richard Williamson, e sobre seu poder de nuisance estratégico dentro da Fraternidade.
[7] http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-13-A-00-Bond_Williamson.pdf
[8] Nota do Tradutor: Inexistente com essas referências (Crampon).
[9] http://www.geocities.com/Athens/Crete/9445/proces.html
[10] Mot hébreux qui signifie « saint ».
[11] http://sergecaillet.blogspot.com/2007/05/entretien-sur-lordre-du-temple.html
[12] Há, aliás, matéria para meditações úteis e pesquisas históricas esclarecedoras para a situação de hoje.
O Presidente americano Bill Clinton não se vangloriou publicamente várias vezes de ter sido iniciado muito jovem na Loja templária americana "Jacques de Molay" (do REAA), da qual é atualmente 33º grau "Souverain Grand Inspecteur Général", Loja à qual afirma dever "suas concepções fundamentais"?
[14] Ex-agent du très britannique MI6-Intelligence Service
http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-04-13-3-00-La_FSSPX_unie_non_absorbee.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/F-Rampolla/VM-2006-04-29-1-00-Operation-Rampolla-P-1.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/F-Rampolla/VM-2006-04-29-1-00-Operation_Rampolla_P_Annexe.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/F-Rampolla/VM-2006-04-29-1-00-Operation-Rampolla-P-2.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/F-Rampolla/VM-2006-04-29-1-00-Operation_Rampolla_P_3.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/F-Rampolla/VM-2006-04-29-1-00-Operation_Rampolla_Complet.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-05-31-1-00-Le_mouvement_oecumenique_1949.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-10-09-C-00-Rampolla_article_de_SLB.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-11-11-B-00-Le_scandale_d_Einsiedeln.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-11-12-A-00-CSI_AngliCampos_v1-1.pdf
http://www.virgo-maria.org/Archives-CSI/2005/CSI-2005-07-05-AngliCampos.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-11-20-A-00-FSSPX_et_Anglicans.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-04-11-C-00-Rahner_Patriarcats_1.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-08-15-A-00-Principes_Union_Anglicane.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-07-21-A-00-Anglicans_unis_non_absorbes_n01.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-08-04-B-00-Anglicans_unis_non_absorbes_n02.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-08-06-A-00-Anglicans_Femmes-eveques_n03.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-08-08-B-00-Anglicans-Rome_Accord-secret.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-08-09-B-00-Rome-prend-les-trads-Anglicans_n05.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-08-09-C-00-Noachisme_a_Lambeth.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-08-10-Anglicans-unis_Levada_au-TAC-n06.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-08-12-A-00-Anglicans-unis_Williams_desavoue_n07.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-09-11-A-00-Ratzinger_et-piege_Anglican.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-10-07-A-00-Williams_Homos_Mariage.pdf
http://www.virgo-maria.org/Documents/rowan-gay.pdf
[16] http://www.virgo-maria.org/Archives-CSI/2005/node-2005.htm
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-09-21-A-00-Ratzinger_rehabilite_les_Templiers.pdf
[17]http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-10-02-C-00-Societes_secretes_europeennes.pdf
[18] http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-11-11-B-00-Le_scandale_d_Einsiedeln.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2006/VM-2006-10-09-C-00-Rampolla_article_de_SLB.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/F-Rampolla/VM-2006-04-29-1-00-Operation_Rampolla_Complet.pdf
[19] http://www.esoblogs.net/Bref-historique-de-l-Ordo-Templi.html
[20] http://www.virgo-maria.org/articles/2009/VM-2009-01-20-A-00-Homosexualite_de_Paul_VI.pdf
[21] http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-12-29-B-00-Benoit_XVI_Homosexualite.pdf
[22] Le lecteur trouvera en Annexe 6 au présent message la traduction en Français de ces pages.
[23] http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-10-D-00-Schmidberger-Urrutigoity.pdf
[24] http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-09-17-B-00-Mgr_Williamson_Actions_US.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-01-A-00-Williamson-Urrutigoity.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-09-07-C-00-Williamson_Urrutigoity-n2_EN.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-05-03-A-00-Williamson_Urrutigoity-n1-ENG.pdf
[25] http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-13-A-00-Bond_Williamson.pdf
[26] Trata-se da Fraternidade Sacerdotal São Pedro, NdT
[27] Selinger deixou posteriormente o seminário, casou-se e estabeleceu-se na Califórnia para fundar uma família. Quando se soube que ele provavelmente seria chamado a testemunhar contra o padre Urrutigoity no Caso John Doe, o padre Eric Ensey, que havia ajudado a fundar a SSJ e que havia substituído Urrutigoity como conselheiro espiritual em St. Thomas, em Winona, visitou Selinger e tentou convencê-lo a deixar o país para evitar ser chamado a testemunhar contra Urrutigoity. Ele disse ao ex-seminarista que Urrutigoity tinha "uma prescrição médica" para o pênis. Ele disse que se o padre fundador fosse condenado, ele o arrastaria (a ele, Ensey) e a ordem inteira com ele. Como esses argumentos não foram suficientes para convencer Selinger, Ensey disse que o advogado de Urrutigoity tinha ligações com a Máfia - uma alusão que implicava que Selinger e sua família poderiam ser ameaçados se ele testemunhasse contra o padre. Selinger respondeu que não tinha a intenção de deixar sua esposa e filhos para escapar de uma convocação e mostrou a porta para Ensey.
[28] http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-13-A-00-Bond_Williamson.pdf
[29] http://www.virgo-maria.org/articles/2009/VM-2009-01-20-A-00-Homosexualite_de_Paul_VI.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-12-29-B-00-Benoit_XVI_Homosexualite.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-10-20-A-00-Vatican-Homosexuel.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-04-06-A-00-Hoyos_ment.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-10-16-A-00-Hoyos_liberte_religieuse_Colombie.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-12-09-A-00-Hoyos_Versailles.pdf
[30] http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-09-07-C-00-Williamson_Urrutigoity-n2_EN.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-05-03-A-00-Williamson_Urrutigoity-n1-ENG.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-13-A-00-Bond_Williamson.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-10-D-00-Schmidberger-Urrutigoity.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-11-01-A-00-Williamson-Urrutigoity.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-09-17-B-00-Mgr_Williamson_Actions_US.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-03-18-A-00-Williamson-Loup.pdf
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-09_20-A-00-VM_Pages_FSSPX.pdf
[31] http://www.virgo-maria.org/Documents/la-salette/secretsalette.htm
http://www.virgo-maria.org/Documents/la-salette/La%20Salette-Lepidi-C-208.htm
[32] http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-12-29-B-00-Benoit_XVI_Homosexualite.pdf
[33] http://fr.wikipedia.org/wiki/Antoine-Marie_Claret
[34] Cidade do Vaticano, 24 de outubro de 2007 - (E.S.M.) - Como é habitual para concluir suas saudações de quarta-feira, o Papa Bento XVI dirigiu-se aos jovens, aos doentes e aos recém-casados e lhes deu o exemplo de São Antônio Maria Claret.
http://eucharistiemisericor.free.fr/index.php?page=2410074_claret
[35] para não dizer a perversidade de alguns deles...
[36] cf http://www.rore-sanctifica.org
[37] Gregório VII, NdT
[38] 2002 ??!! (NdT)
[39] NdT: Não encontrado com essas referências (Crampon)
[40] (Ndt) Nos países anglo-saxões, essa palavra se aplica ao que nós chamamos Socialismo
[41] NdT: mas não durante seu seminário???
[42] O neologismo inglês utilizado é "wreckovation", que é construído a partir da palavra "wreck", naufrágio, e das três últimas sílabas de "renovação"
[43] http://www.newoxfordreview.org/note.jsp?did=1106-notes-colonization
http://www.virgo-maria.org/articles/2008/VM-2008-12-29-B-00-Benoit_XVI_Homosexualite.pdf
[44] NdT: Fórmula que consiste em manter presos por toda a vida - após o término da pena inicial - indivíduos condenados por agressões sexuais contra menores. Essa fórmula é agora aplicada em vários estados dos Estados Unidos, onde é objeto de controvérsia.
[45] NdT: apelido que faz alusão à admiração que o interessado expressou publicamente pelo filme americano "Brokeback Mountain", que introduz a homossexualidade e sua promoção no universo dos cowboys e do western e que foi mundialmente elogiado por essa razão principal. Socorro, John Wayne!…
[46] Trata-se da Fraternidade Sacerdotal São Pedro, NdT
[47] Aluno de classe superior encarregado de fazer reinar a disciplina, NdT
[i] A Fraternidade Sacerdotal São Pedro ou FSSP foi erigida pela Comissão Pontifícia Ecclesia Dei. Seus fundadores eram originalmente membros da Fraternidade São Pio X ou Fraternitas Sacerdotalis Sancti Pii X (FSSPX). A Fraternidade São Pio X é uma sociedade católica internacional de padres católicos romanos que foi fundada em 1º de novembro de 1970 pelo Arcebispo Marcel Lefebvre e aprovada pelo Vaticano em 18 de fevereiro de 1971. A cisão entre a FSSPX e a FSSP ocorreu após o Arcebispo Lefebvre ter consagrado quatro bispos sem o acordo do Santo Siège. Ao contrário da Sociedade de São João, que é uma "Associação Pública de Fiéis", a FSSP é um Organismo Pontifício diretamente subordinado ao Santo Padre. Os padres da FSSPX, da FSSP e da SSJ celebram exclusivamente a Missa Latina. No momento dos abusos presumidos contra John Doe, o padre Arnaud Devillers era o Superior do Distrito Norte-Americano para a FSSP, com sede em Elmhurst (Moscou), PA, e o padre Joseph Bisig era o Superior Geral em Roma. O atual Superior de Distrito é o padre Paul Carr. A FSSP conta com 105 padres e possui dois seminários internacionais com 140 seminaristas.
[ii] Ibid.
[iii] Ibid. A decisão foi aprovada pelo padre Joseph Bisig, Superior Geral da FSSP em Roma, e pelo Monsenhor Timlin.
[iv] Ver http://www.saintjustinmartyr.org/news/CarlosUrrutigoityinLaReja.htm. O padre Morello foi Reitor do seminário de La Reja de 1981 a 1988. Ele atualmente dirige um grupo chamado "Companhia de Jesus e Maria" localizado nos Andes.
[v] Ibid.
[vi] Ibid.
[vii] Ibid.
[viii] Ibid.
[ix] Terrie Morgan-Sesecker, "Acusador receberá relatórios sobre padres", Times Leader de 24 de Março de 2004.
[x] Ibid.
[xi] Ibid.
[xii] Ver Tillett, The Elder Brother.
[xiii] Selinger deixou posteriormente o seminário, casou-se e estabeleceu-se na Califórnia para fundar uma família. Quando se soube que ele provavelmente seria chamado a testemunhar contra o padre Urrutigoity no Caso John Doe, o padre Eric Ensey, que havia ajudado a fundar a SSJ e que havia substituído Urrutigoity como conselheiro espiritual em St. Thomas, em Winona, visitou Selinger e tentou convencê-lo a deixar o país para evitar ser chamado a testemunhar contra Urrutigoity. Ele disse ao ex-seminarista que Urrutigoity tinha "uma prescrição médica" para o pênis. Ele disse que se o padre fundador fosse condenado, ele o arrastaria (a ele, Ensey) e a ordem inteira com ele. Como esses argumentos não foram suficientes para convencer Selinger, Ensey disse que o advogado de Urrutigoity tinha ligações com a Máfia - uma alusão que implicava que Selinger e sua família poderiam ser ameaçados se ele testemunhasse contra o padre. Selinger respondeu que não tinha a intenção de deixar sua esposa e filhos para escapar de uma convocação e mostrou a porta para Ensey.
[xiv] Quarta Carta Aberta de Jeffrey Bond a Monsenhor Timlin em 19 de Maio de 2002, Diocese de Scranton em http://saintjustinmartyr.org/news/BishopTimlinOpenLetter4.html
[xv] Voir http://www;sainthustinmartyr.org/news/TribunalPhiladelphia.htm
[xvi] Tom Kane, "Bispo de Scranton suprime grupo conservador", River Reporter, 2 de dezembro de 2004 em http://riverreporter.com/issues/04-12--02/head3-stjohn.html
[xvii] Um retrato do padre Carlos Urrutigoity figura no site da PATMOS, uma associação leiga da SSJ fundada em 2004. Ver www.patmos.us.
[xviii] Matt C. Abbott, "Will suppressed Catholic group use donated money to relocate to ‘Hell itself’?" 1 de dezembro de 2004 em http://renewamerica.us/columns/abbot/041201
[xix] Ibid.
[xx] De acordo com a declaração de 28 de março de 2002 sobre o escândalo da SSJ pelo Reverendo Richard A. Munkelt. O texto completo está disponível em http://.saintjustinmartyr.org/news/ReverendMunkeltStatement(1).html.
O padre Munkelt juntou-se à SSJ como diácono em setembro de 1999. Ele foi ordenado padre por Monsenhor James Timlin de Scranton para servir na SSJ. Ele renunciou posteriormente à SSJ e é atualmente padre da Diocese de Scranton. O padre Munkelt foi um dos primeiros a denunciar a natureza fraudulenta do esquema de desenvolvimento de terras da Sociedade. Ele também havia expressado suas preocupações sobre as relações particulares que membros da SSJ mantinham com jovens homens, incluindo diplomados da Academia São Gregório, embora ele tenha feito apenas mais tarde a conexão entre esses comportamentos e a atividade homossexual.
[xxi] Ações foram iniciadas em 21 de março de 2002 no Tribunal de Distrito da Pensilvânia, Nº 3: CV 02-0444 pelos advogados James E. Bendell do Estado de Washington e Douglas A. Clark de Peckville, PA.
[xxii] A Fraternidade Sacerdotal São Pedro ou FSSP foi erigida pela Comissão Pontifícia Ecclesia Dei. Seus fundadores eram originalmente membros da Fraternidade São Pio X ou Fraternitas Sacerdotalis Sancti Pii X (FSSPX). A Fraternidade São Pio X é uma sociedade católica internacional de padres católicos romanos que foi fundada em 1 de novembro de 1970 pelo Arcebispo Marcel Lefebvre e aprovada pelo Vaticano em 18 de fevereiro de 1971. A cisão entre a FSSPX e a FSSP ocorreu após o Arcebispo Lefebvre ter consagrado quatro bispos sem o acordo do Santo Siège. Ao contrário da Sociedade de São João, que é uma "Associação Pública de Fiéis", a FSSP é um Organismo Pontifício diretamente subordinado ao Santo Padre. Os padres da FSSPX, da FSSP e da SSJ celebram exclusivamente a Missa Latina. No momento dos abusos presumidos contra John Doe, o padre Arnaud Devillers era o Superior do Distrito Norte-Americano para a FSSP, com sede em Elmhurst (Moscou), PA, e o padre Joseph Bisig era o Superior Geral em Roma. O atual Superior de Distrito é o padre Paul Carr. A FSSP conta com 105 padres e possui dois seminários internacionais com 140 seminaristas.
[xxiii] Ver o Código de Direito Canônico, 1983, Livro II, O Povo de Deus, Capítulo II: Associações Públicas de Fiéis do Cristo, Can. 312, Can. 320 em http://www.deacons.net/Canon_Law/book_2.htm.
[xxiv] Ibid.
[xxv] Ver www.ssjohn.com/.
[xxvi] O "Documento Fundador" da SSJ está disponível em http:/www.ssjohn.com/library/founding.html
[xxvii] Ibid.
[xxviii] Ibid.
[xxix] Ibid.
[xxx] Ibid.
[xxxi] Ibid.
[xxxii] Ibid.
[xxxiii] Ver a declaração de Munkelt em http://saintjustinmartyr.org/news/ReverendMunkeltsStatement(1).html
[xxxiv] Ver http:/www.stgregorysacademy.org/welcome.htm
[xxxv] Ver http:/www.stgregorysacademy.org/welcome.htm
[xxxvi] Ibid. A decisão foi aprovada pelo padre Joseph Bisig, Superior Geral da FSSP em Roma, e Monsenhor Timlin.
[xxxvii] Testemunho sob juramento de Jude A. Huntz, assinado em 15 de fevereiro de 2002, em http:/www.saintjustinmartyr.org/news/LetterOfAffidavitotHuntz.html
[xxxviii] Nascido na Inglaterra, o padre Paul Carr foi ordenado padre pela FSSP em 1992 e fez parte do corpo docente no seminário de Nossa Senhora de Guadalupe e foi capelão da Academia São Gregório. Em 2000, Carr se tornou o Superior do Distrito Norte-Americano da FSSP.
[xxxix] Testemunho de Huntz.
[xl] Ver as Conclusões dos Reclamantes em Resposta à Moção para um Julgamento Recapitulativo feita pela Fraternidade Sacerdotal São Pedro e a Academia São Gregório, depositada em 16 de julho de 2004 por James Bendell, Co-conselheiro dos reclamantes. Caso Nº: 3CV 02-0444.
[xli] Ver a Carta de Aviso de M. Jeffrey Bond aos Pais de São Gregório em http://www.saintjustinmartyr.org/news/LetterWarningToStGregorysParents.html
[xlii] Ibid.
[xliii] Ver http://www.saintjustinmartyr.org/news/LetterOfAffidavitHornak.html
[xliv] Ibid.
[xlv] Ibid.
[xlvi] Ibid. O padre Daniel Fullerton foi Superior da Sociedade de São João por um curto período, mas ele era apenas uma fachada. O verdadeiro poder na comunidade sempre esteve nas mãos do padre Urrutigoity.
[xlvii] Carta de 27 de janeiro de 2002 do Irmão Alexis Bugnolo para RCF em resposta à sua publicação de 15 de janeiro de 2002 sobre o escândalo da SSJ. O texto completo está em http://www.saintjustinmartyr.org/news/LetterFromBugnolo.html. Ver também http://www.saintjustinmartyr.org/news/BrBugnolosResponse.html.
O Irmão Bugnolo não é um monge, mas fez votos privados para observar a Regra de São Francisco segundo o cânon 1191.
[xlviii] Ibid.
[xlix] Ibid.
[l] Ver http://saintjustinmartyr.org/news/LetterWarningToStGregorysParents.html
[li] Ver as conclusões dos Reclamantes depositadas em 16 de julho de 2004.
[lii] Ver http://www.santjustinmartyr.org/news/LetAffidavitSciambra.html
[liii] Afidávio de um Ex-Novato da SSJ de 3 de março de 2002 em http://saintjustinmartyr.org/news/AffidavitAnonymous.html
[liv] Afidávio de M. Joseph Girod enviado de Valbonne, França em 15 de setembro de 2002 em http://www.saintjustinmartyr.org/news.AffidavitGirod.html
[lv] Ibid.
[lvi] Comunicação do Dr. Jeffrey Bond ao autor, datada de 24 de agosto de 2004.
[lvii] Carta de 10 de novembro de 2002 de M. Conal Tanner para Monsenhor Timlin.
[lviii] Afidávio de Diane Toler de Cherry Hill, NJ, de 6 de maio de 2002 em http://www.saintjustinmartyr.org/news/TolerAffidavit.html
[lix] Ver http://www.saintjustinmartyr.org/news/CarlosUrrutigoityinLaReja.htm. O padre Morello foi Reitor do seminário de La Reja de 1981 a 1988. Ele atualmente dirige um grupo chamado "Companhia de Jesus e Maria" localizado nos Andes.
[lx] Ibid.
[lxi] Ibid.
[lxii] Ibid.
[lxiii] Ibid.
[lxiv] Terrie Morgan-Sesecker, "Acusador receberá relatórios sobre padres", Times Leader de 24 de março de 2004.
[lxv] Ibid.
[lxvi] Depoimento de Matthew Selinger na Procedura Civil Nº 02-0444 em Pittsburgh, PA em 24 de outubro de 2003.
[lxvii] Ibid.
[lxviii] Ver Tillett, The Elder Brother.
[lxix] Selinger deixou posteriormente o seminário, casou-se e estabeleceu-se na Califórnia para fundar uma família. Quando se soube que ele provavelmente seria chamado a testemunhar contra o padre Urrutigoity no Caso John Doe, o padre Eric Ensey, que havia ajudado a fundar a SSJ e que havia substituído Urrutigoity como conselheiro espiritual em St. Thomas, em Winona, visitou Selinger e tentou convencê-lo a deixar o país para evitar ser chamado a testemunhar contra Urrutigoity. Ele disse ao ex-seminarista que Urrutigoity tinha "uma prescrição médica" para o pênis. Ele disse que se o padre fundador fosse condenado, ele o arrastaria (a ele, Ensey) e a ordem inteira com ele. Como esses argumentos não foram suficientes para convencer Selinger, Ensey disse que o advogado de Urrutigoity tinha ligações com a Máfia - uma alusão que implicava que Selinger e sua família poderiam ser ameaçados se ele testemunhasse contra o padre. Selinger respondeu que não tinha a intenção de deixar sua esposa e filhos para escapar de uma convocação e mostrou a porta para Ensey.
[lxx] Quarta Carta Aberta de Jeffrey Bond a Monsenhor Timlin em 19 de Maio de 2002, Diocese de Scranton em http://saintjustinmartyr.org/news/BishopTimlinOpenLetter4.html
[lxxi] Afidávio de Jude A. Huntz.
[lxxii] Ibid.
[lxxiii] Depoimento do padre Carlos R. Urrutigoity em 2 de Maio de 2003 em Scranton, Caso Federal Doe No. 2000 Civil 2961. Ele foi feito sob juramento diante do advogado Jim Bendell.
[lxxiv] Depoimentos de Stephen Fitzpatrick e Patrick McLaughlin coletados pelo advogado James Bendell em 10 de Novembro de 2003. Ver os comentários resumidos pelo Dr. Jeffrey Bond em http://runningoff.blogspot.com/2004_09_05runningoff_archive.html
[lxxv] Jeffrey M. Bond, "Uma Carta Aberta a Monsenhor James Timlin, Diocese de Scranton", 27 de Janeiro de 2002. Além de exigir a redução ao estado laico dos padres Urrutigoity e Ensey, Bond pediu que uma investigação independente fosse realizada em todos os membros da Sociedade, incluindo os padres Daniel Fullerton, Basel Sarweh, Dominic Carey, Dominic O'Connor, Marshall Roberts, Bernardo Terrere e os diáconos Joseph Levine e James Lane.
[lxxvi] Ver Jeffrey M. Bond, "Uma Carta Aberta a Monsenhor James Timlin, Diocese de Scranton", 27 de Janeiro de 2002.
[lxxvii] Ver a audiência de 21 de Março de 2002 no Tribunal do Distrito da Pensilvânia.
[lxxviii] As Casas São José e de Fátima eram duas casas na borda da propriedade da SSJ. Os proprietários haviam permitido que a SSJ as usasse gratuitamente. No entanto, quando foram informados das atividades financeiras e criminosas de Urrutigoity, Ensey e outros padres da SSJ, os proprietários expulsaram a comunidade.
[lxxix] Ver http://www;sainthustinmartyr.org/news/TribunalPhiladelphia.htm
[lxxx] Segundo Mark Pazuhanich, ex-procurador do Condado de Monroe que havia lidado com o caso Clay em Maio de 2002, a investigação sobre as acusações contra Clay continuava. No entanto, o atual procurador, E. David Christine Jr, declarou que o arquivo Clay estava faltando no escritório (mas poderia ser reconstituído se necessário) e que ele não tinha conhecimento do caso. Ele também declarou que Mark Pazuhanich estava sendo investigado por abuso sexual. Ver Bonnie Adams e Mark Guydish, "Ex-bispo: Padre OK'd para dever", Times Leader, 4 de Julho de 2004.
[lxxxi] Ibid.
[lxxxii] Susan Hogan Albach, "Um padre acusado dirige a Missa em Arlington", The Dallas Morning News, 30 de Junho de 2004.
[lxxxiii] Ibid.
[lxxxiv] Ver a audiência de 21 de Março de 2002 no Tribunal do Distrito da Pensilvânia.
[lxxxv] Conclusões de Reclamantes em Oposição à Moção de Julgamento Recapitulativo da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro e a Academia São Gregório depositada em 16 de Julho de 2004 por James Bendell, o Co-conselheiro dos Reclamantes. Caso Nº: 3CV 02-0444.
[lxxxvi] Ver a carta online de Novembro de 1999 pelo padre Carlos Urrutigoity, "Dearly Beloved of Our Lady..." sobre os ritos de iniciação de John Zosack em http://www.ssjohn.com/news/update_99_11.html
[lxxxvii] Uma cópia do afidávio original de Zosack está disponível no site PACER em http://www.pacer.psc.uscourts.gov.
[lxxxviii] David Singleton, "Sociedade de Silêncio", e "Depoimento Excerto", Sunday Times Tribune, 29 de Agosto de 2004.
[lxxxix] Mark Guydish, "O que Timlin sabe? É difícil dizer", Times-Leader, 1 de Julho de 2004.
[xc] Ver: http://www.churchcrisis.blogspot.com/ Uma Segunda Carta Aberta ao Bispo Joseph F. Martino.
[xci] Bond, "Uma Carta Aberta a Monsenhor James C. Timlin, Diocese de Scranton", 27 de Janeiro de 2002.
[xcii] Tom Kane, "Bispo de Scranton suprime grupo conservador", River Reporter, 2 de dezembro de 2004 em http://riverreporter.com/issues/04-12--02/head3-stjohn.html
[xciii] Um retrato do padre Carlos Urrutigoity figura no site da PATMOS, uma associação leiga da SSJ fundada em 2004. Ver www.patmos.us.
[xciv] Matt C. Abbott, "Will suppressed Catholic group use donated money to relocate to ‘Hell itself’?" 1 de dezembro de 2004 em http://renewamerica.us/columns/abbot/041201