PRÓLOGO
O livro, SantíSantíssimo Pai, Papa Urbano, o qual Vossa ExcelêExcelência chamou a minha atençãatenção [o Libellus de fide SS. Trinitatis de Nicolau de Durazzo, Bispo de Cotrone] eu estudei cuidadosamente e encontrei expresso nele muitas coisas úúteis para a afirmaçãafirmação da nossa féfé. Acredito, no entanto, que sua fertilidade para muitas pessoas poderia ser consideravelmente diminuídiminuída por causa de algumas declaraçõdeclarações perplexas contidas em textos dos Santos Padres, e assim poderia proporcionar aos briguentos material e ocasiãocasião para calúcalúnia. E assim, apóapós eliminar toda ambiguidade das autoridades encontradas no livro acima mencionado para que o fruto mais puro da féfé possa ser colhido, eu me propus primeiro a explicar o que parece perplexo nas autoridades acima mencionadas, e depois mostrar como, por meio delas, a verdade da féfé catócatólica pode ser ensinada e defendida.
Existem, em minha opiniãopinião, duas razõrazões pelas quais algumas declaraçõdeclarações dos antigos Padres gregos parecem duvidosas para os nossos contemporâcontemporâneos. Primeiramente, porque uma vez que surgiram erros em relaçãrelação àà féfé, os Santos Doutores da Igreja passaram a ser mais cautelosos na maneira como expunham pontos de féfé, a fim de excluir esses erros. ÉÉ claro, por exemplo, que os Doutores if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote1" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote1); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote1\')"Fechar</a'); document.write('<\/span'); } que viveram antes do erro de ÁÁrio nãnão falavam tãtão expressamente sobre a unidade da essêessência divina como os Doutores que vieram depois. E o mesmo aconteceu em relaçãrelação a outros erros. Isso éé bastante evidente nãnão apenas em relaçãrelação aos Doutores em geral, mas em relaçãrelação a um Doutor particularmente distinto, Agostinho. if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote2" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote2); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote2\')"Fechar</a'); document.write('<\/span'); } Pois nos livros que ele publicou apóapós o surgimento da heresia pelagiana, ele falou com mais cautela sobre a liberdade da vontade humana do que havia feito em seus livros publicados antes do surgimento da referida heresia. Nestes trabalhos anteriores, enquanto defendia a vontade contra os maniqueus, ele fez certas declaraçõdeclarações que os pelagianos, que rejeitavam a graçgraça divina, usaram em apoio ao seu erro. Portanto, nãnão éé surpresa se, apóapós o surgimento de vávários erros, os professores contemporâcontemporâneos da féfé falem com mais cautela e seletividade para evitar qualquer tipo de heresia. Logo, se forem encontrados alguns pontos nas declaraçõdeclarações dos Padres antigos que nãnão sãsão expressos com a cautela que os modernos consideram apropriada para observar, suas declaraçõdeclarações nãnão devem ser ridicularizadas ou rejeitadas; por outro lado, tambétambém nãnão devem ser exageradas, mas interpretadas com reverêreverência.
““Segundo, porque muitas coisas que soam bem em grego talvez nãnão soem bem em latim. Assim, latinos e gregos professando a mesma féfé o fazem usando palavras diferentes. Pois, entre os gregos, éé dito corretamente e de maneira catócatólica, que o Pai, o Filho e o EspíEspírito Santo sãsão trêtrês hipóhipóstases. if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote3" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote3); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote3\')"Close<\/a'); document.write('<\/span'); } Mas para os latinos nãnão soa bem dizer que háhá trêtrês substâsubstâncias, embora, numa base puramente verbal, o termo hipóhipóstase em grego signifique o mesmo que o termo substâsubstância em latim. O fato éé que, substâsubstância em latim éé mais frequentemente usado para significar essêessência. E tanto nónós quanto os gregos sustentamos que em Deus háhá apenas uma essêessência. Portanto, onde os gregos falam de trêtrês hipóhipóstases, nónós, latinos, falamos de trêtrês pessoas, como Agostinho no sésétimo livro sobre a Trindade if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote4" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote4); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote4\')"Close<\/a'); document.write('<\/span'); } tambétambém ensina. E, sem dúdúvida, háhá muitos casos semelhantes.
Portanto, éé tarefa do bom tradutor, ao traduzir material relacionado àà féfé catócatólica, preservar o significado, mas adaptar o modo de expressãexpressão para que esteja em harmonia com o idioma para o qual estáestá traduzindo. Pois, obviamente, quando algo dito de forma literáliterária em latim éé explicado na linguagem comum, a explicaçãexplicação seráserá inadequada se for simplesmente palavra por palavra. Ainda mais, quando algo expresso em um idioma éé traduzido meramente palavra por palavra para outro, nãnão seráserá surpresa se ocorrer perplexidade quanto ao significado do original.