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CAPÍTULO 7: Como o Pai deve ser entendido como não precisando nem do Filho nem do Espírito Santo para sua perfeição

Uma dificuldade adicional surge de uma passagem de Atanásio em sua carta a Serapião, a saber, que o Pai “existindo plena e perfeitamente como Deus em si mesmo e por si mesmo, sem necessidade de ninguém, não precisa nem do Filho nem do Espírito Santo”. if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote41" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote41); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote41\')"Close<\/a'); document.write('<\/span'); } Que o Pai não tem necessidade de nada é indiscutível; da mesma forma, nem o Filho nem o Espírito Santo carecem de nada. Estar em necessidade, no sentido próprio do termo, é carecer de algo que pertence à perfeição de alguém; e estar em necessidade nesse sentido não pode ser dito do Pai, nem do Filho, nem do Espírito Santo.

No entanto, o Pai não poderia ser perfeito a menos que tivesse um Filho, porque o Pai não existiria sem o Filho nem Deus seria perfeito, a menos que tivesse uma Palavra e a menos que tivesse o sopro da vida, como o mesmo Atanásio diz em seu terceiro discurso sobre os Atos do Concílio de Niceia. Falando dos arianos que negavam que o Filho e o Espírito Santo são consubstanciais com o Pai, ele diz: “Eles descrevem como estéril e infrutífera a natureza do Pai que deu a cada coisa sua natureza íntima capaz de se propagar. E eles fazem do Pai mudo e sem palavra, embora ele tenha dado a todas as criaturas racionais a faculdade de falar. Eles descrevem o Pai como morto e o privam de uma natureza viva,” if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote42" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote42); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote42\')"Close<\/a'); document.write('<\/span'); } na medida em que negam que o Espírito Santo é coessencial com o Pai. A partir disso, é claro que o Pai não seria Deus perfeito se não tivesse o Filho e o Espírito Santo. O mesmo Atanásio afirma em sua carta a Serapião que “o Pai não poderia criar a criatura exceto através de sua Palavra e não poderia comunicar-se através das criaturas que deveriam ser divinizadas exceto através da Palavra. E da mesma forma, nem o Filho poderia fazer isso exceto no Espírito Santo.” if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote43" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote43); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote43\')"Close<\/a'); document.write('<\/span'); }

É, portanto, comum ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo que nenhum deles esteja em necessidade. Da mesma forma, é comum a cada um deles que nenhum possa ser Deus perfeito sem os outros dois. Mas por essa razão, Atanásio diz especificamente do Pai que ele não precisa do Filho ou do Espírito Santo porque ele não tem sua perfeição de outro, enquanto o Filho e o Espírito Santo têm sua perfeição do Pai. Assim, o mesmo Atanásio em sua carta a Serapião diz: “Nem por causa do Filho, nem por causa do Espírito Santo, o Pai existe como Deus perfeito e bem-aventurado. Nem ele tem qualquer fonte antes dele de quem ele seja, nem qualquer depois dele de quem derive qualquer coisa, ou seja, que seria do Filho ou do Espírito Santo.” if(bInlineFloats) { document.write('<span id="WPFootnote44" class="WPFloatStyle"'); document.write(WPFootnote44); document.write('<br<a href="javascript:WPHide(\'WPFootnote44\')"Close<\/a'); document.write('<\/span'); }