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O INSPIRADOR TENEBROSO

É nesta zona do "físico sutil" que o antropósofo clarividente vai doravante se mover para aí buscar informações sempre mais aprofundadas sobre o mundo espiritual. Mas o que ele vai, de fato, encontrar aí, senão os demônios dos quais se pode dizer verdadeiramente que o esperam? Pois os espíritos decaídos assombram esse físico sutil no qual vêm se agarrar como morcegos em uma cabeleira.

Mediante um novo esforço de meditação, nosso clarividente vai se aprofundar nesta zona sutil para aí evocar as cenas marcantes da História religiosa da humanidade, sem hesitar em remontar aos tempos mais recuados.

Os episódios essenciais do Evangelho, os grandes marcos do paganismo, os enigmas nebulosos da civilização atlante e até as emanações sucessivas dos éons celestes serão, um após o outro, objeto da observação prolongada do clarividente.

O que ele vai perscrutar preferencialmente em todas essas evocações?

Deixando como secundárias as particularidades materiais e positivamente históricas das cenas assim imaginadas, o antropósofo buscará principalmente o que é espiritual. Ele vai concentrar sua atenção nas forces espirituais que entram em jogo e em competição no curso da história. Ele não vai elaborar retrospectivamente uma "história factual", mas uma "história espiritual", ou pelo menos o que lhe apareceu como tal. História onde as entidades do mundo dos espíritos, assim como as grandes PULSÕES COLETIVAS da humanidade terrestre, substituirão os episódios históricos precisos. Vamos ver o inspirador tenebroso em ação neste claro-escuro.