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IV SEÇÃO: Da Alma Humana

20. NãoNielle repugnaripugna queche oil sujeito,soggetto, dedi quecui sesi fala,parla, sesi multipliquemoltiplichi porper via dedi geraçãogenerazzione (Psicologia,Psicologia, t. iv, n. 656). - Noi dissemosabbiamo quegià adetto geraçãothe dala almagenerazione humanadell' podeanima serumana concebidasi porpuo grausconcepire progressivosper dogradi imperfeitoprogressivi aodell' perfeito,imperfetto e,al portanto,perfetto, queet antespero deveche haverprima oci princípiosia il principio sensitivo, oil qual,quale, aogiunto atingiralla sua perfeiçãoperfezione comcolla aperfezione perfeição dodell' organismo, recebariceva al'intuizione intuiçãodell' do ser e, dessa forma, se torne inteligenteessere, e racionalcosi si renda intelletlivo e razionale  (Teosofia,Teosofia, t. i, n. 646, p. 619).

Non repugnat ut anima humana generatione multiplicetur, ita ut concipiatur eum ab imperfecto, nempe a gradu sensitivo, ad perfectum, nempe ad gradum intellecticum, producere.

Não é repugnante que a alma humana se propague por via de geração, de modo que seja concebida como se elevando do grau imperfeito - a alma sensitiva - ao grau perfeito - a alma intelectual.

O texto italiano é aqui, quanto à segunda parte da afirmação, mais expressivo que o texto latino: "Já dissemos que a geração da alma humana pode ser concebida por graus progressivos do imperfeito ao perfeito e que, consequentemente, deve haver um princípio sensitivo, o qual, unindo sua própria perfeição à perfeição do organismo, receba a intuição do ser e, assim, se torne inteligente e racional".

Se antes havia hesitações sobre a origem da alma humana, isso não ocorre mais hoje. É um dogma da fé que a alma humana é criada por Deus ao mesmo tempo que infundida no corpo. O ensinamento do magistério ordinário seria suficiente para dar a esta verdade uma proposição autêntica. Cf. C. Boyer, Tractatus de Deo creante et elevante, Roma, 1933, p. 149-150. Mas parece que a definição do V Concílio do Latrão implica a criação, por Deus, de cada alma segundo a multiplicação dos corpos. Ver aqui FORMA DO CORPO HUMANO, t. VI, col. 566. Cf. Trutina, n. 125-135, p. 158-178.

A segunda afirmação, censurada nesta proposição 20, é o progresso referente à alma sensitiva que, por sua perfeição crescente, à medida que cresce a perfeição do organismo, se elevaria, através da intuição do ser, ao grau superior da alma intelectiva. Uma concepção que não tem nada em comum com a opinião dos antigos teólogos sobre a animação humana e que, prout sonat, pressupõe uma evolução natural e espontânea da ordem material para a ordem espiritual.

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21. Tornando-seRendendosi ol'essere serintuibile intuitivoal aodetto dito princípioprincipio (sensitivo), comcon essequesto únicosolo contato,toccamento, comcon essaquesta uniãounione dedi si,sè, oil princípioprincipio queprima antessolo erasenziente, apenasora sensível,anco agoraintelligente, tambémsi inteligente, eleva-sesolleva a umpiù estadoalto maisstato, alto,cangia mudanatura, derendest natureza,intellettivo, tornando-sesussistente, intelectual, subsistente, imortalimmortale (Antropologia,Antropologia, t. iv, c. v, n. 819). - Portanto,Quindi oferece-sesi àoffre alla mente al'espressione, expressãoche deil que o princípioprincipio sensitivo sesia tornoudivenuto princípioprincipio racional,razionale, queche sesi converteusia emconvertito outro,in tendoun sofridoaltro, umaavendo verdadeirasubito permutaçãoveramente una tale permutazione (Teosofia,Teosofia, t. i, n. 646, p. 619).

Cum sensitivo principio intuibile fit esse, hoc solo tactu, hac sui unione, principium illud antea solum sentiens, nunc simul intelligens, ad nobiliorem statum evehitur, naturam mutat, ac fit intelligens, subsistens atque immortale.

Quando o ser se torna objeto de intuição para o princípio sensitivo, este, por esse único contato, por essa única união, se eleva a um estado superior. Aquele que era apenas sensível agora se torna também inteligente; ele muda de natureza e se torna inteligente, subsistente e imortal.

Assim, por meio do contato com o ser, objeto da intuição, o princípio sensitivo se torna princípio racional. Uma mistura de panteísmo e materialismo, como já indicado ao final do comentário da proposta anterior. É curioso notar que São Tomás já havia refutado um erro análogo. Sum. theol, Ia, q. cxviii, a. 2, ad 2um; cf. Cont. gent., I. II, c. lxxxix. Trutina, n. 136-144, p. 178-190.

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22. NãoQuanta époi impossívelaile pensarappendici que,di pelacui potênciaparliamo, divina,cioè aal almacorpo intelectivaanimato, non è cerlo impossibile il pensare, che dalla potenza divins possa seressere separadada dolui corpodivisa animadol'anima eintellettiva, que,ed aindaegli assim,tuttavia orimanersi corponella permaneçaqualità animal,di permanecendoanimale, orimanendo princípioil animalprincipio queanimale antesche existiaprima comoesisteva apêndice,come comoappendice, siccome base dodel novo ente, oucioè seja, dodel puro animalanimale queche restariarimarebbe  (Teosofia, t. i, n. 621, p. 591).

Non est cogitatu impossibile, divina potentia fieri posse, ut a corpore animato dividatur anima intellettiva, et ipsum adhuc maneat animale: maneret nempe in ipso, tanquam basis puri animalis, principium animale, quod antea in eo erat veluti appendix.

Não é impossível conceber que, pela potência divina, a alma intelectiva possa ser separada do corpo animado e que este ainda permaneça um animal. Pois o princípio animal, que estava nele antes como um apêndice (da alma intelectiva), permanecerá nele como a base do puro animal.

Embora Rosmini considere a realização dessa possibilidade apenas por milagre, cf. Psicologia, t. I, p. 672, 680, o simples fato de considerar na alma humana a possibilidade de separar o princípio intelectual do princípio sensitivo deve ser reprovado. Esse foi antigamente o erro de Olier ao ensinar essa separabilidade. Cf. FORMA do CORPO HUMANO, t. VI, col. 549. A doutrina de um princípio vital distinto da alma intelectiva foi notada como um

col. 2940

erro teológico por Pio IX. Ibid., col. 563. Trutina, n. 145-149, p. 190-199.

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23. EstaQuesta (al'anima almadel dodefunto) falecido) existeesiste certamente, masma ée comocome se nãonon existisseesistesse (Teodiceia,Teodicea, apêndice,appendice, a. 10, p. 638). NesseNel estadoquale stato (dedi natureza),natura) nãonon sendo possívelessenda a elalei (àail' almaanima separada)separata) qualquerpossibile reflexãoalcuna sobreriflessione su di sè stessa, nè alcuna coscienza, la sua condizione si mesma,potrebbe nemrassomigliare qualquerad consciência,uno suastato condiçãodi poderiaperpetue se assemelhar a um estado de trevas perpétuastenebre, e dedi sonosempiterno eternosonno (Introd. dodel EvangelhoVangelo segundosecondo João,Giovanni, lez. 69, p. 217).

In statu naturali, anima defuncti existit perinde ac non existeret : cum non possit ullam super seipsam reflexionem exercere, aut ullam habere sui conscientiam, ipsius conditio similis dici potest statui tenebrarum perpetuarum et somni sempiterni.

No estado natural, a alma do falecido existe como se não existisse, pois não pode mais exercer reflexão sobre si mesma, ou ter qualquer consciência de si. Sua condição pode ser comparada a um estado de trevas perpétuas e de sono eterno.

Podemos discutir sobre o valor psicológico dessa hipótese relacionada ao estado da alma separada do corpo e considerada no estado natural. O que o Santo Ofício quis reprovar aqui é a doutrina segundo a qual uma alma separada, pelo fato de não ter mais seu corpo, é incapaz de qualquer ato de conhecimento intelectual e de consciência. As razões que Rosmini apresenta para sua opinião são discutíveis: segundo ele, “a vida da alma exige um termo real que lhe esteja unido, com o qual forma um único sujeito, o qual, quando as condições apropriadas forem realizadas, poderá exercer as operações vitais de sentir e pensar coisas reais”. Introd., p. 221. Esse termo real não pode ser senão o corpo.

Portanto, a união com o corpo é necessária para a vida da alma; logo, a ressurreição não pode ser considerada gratuita; portanto, a vida intelectual da alma não é tão espiritual que possa se exercer sem o corpo... Vemos assim todas as consequências possíveis de uma teoria que, por isso mesmo, se torna perigosa para a fé. Cf. Trutina, n. 150-160, p. 199-212.

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24. ALa forma substancialsostanziale dodel corpo é,è napiutosto verdade,un umeffetto efeitodell' da almaanima e oil termotermine interno dedelle suassue operações;operazioni assim,; ae formaperd substancialnon doè l'anima stessa che sia la formà sostanziale del corpo não é a própria alma (Psicologia,Psicologia, part. II, l.1. I, c. II, n. 849). - AL'unione uniãodell' daanima alma com ocol corpo consiste propriamente emin umauna percepçãopercezione imanente,immanente, pelaper qualla oquale sujeitoil intuintesoggetto afirmaintuente ol'idea sensível,afferma apósil tersensibile intuídodopo nessaaverne ideiain aquesta essênciaintuita do sensívell'essenza (Teosofia,Teosofia, t. v, c. liii, a. 2, § 5, p. 377).

Forma substantialis corporis est potiuspotiu effectus animaeanimæ atque interior terminus operationis ipsius:ipsius : propterea forma substantialis corporis non est ipsa anima.

 

Unio animæ et corporis proprie consistit in immanenti perceptione, qua subjectum intuens ideam affirma sensibile, postquam in hac ejus essentiam intuitum fuerit.

A forma substancial do corpo é, na verdade, um efeito da alma e o termo interno de sua operação. Assim, a forma substancial do corpo não é a própria alma.

 

A união da alma e do corpo consiste, propriamente, na percepção imediata, pela qual o sujeito, ao apreender a ideia (do ser), afirma o sensível, ao ter apreendido nessa ideia a própria essência do sensível.

É uma aplicação da doutrina do sentido fundamental, que já refutamos em FORMA DO CORPO HUMANO, t. VI, col. 569. A união da alma e do corpo não pode ser o resultado de uma operação de conhecimento. No entanto, é isso que afirma Rosmini aqui, esquecendo que o concílio de Vienne definiu como um dogma da fé que “a alma racional ou intelectual é a forma do corpo humano, por si mesma e essencialmente”. Ibid., col. 546. Veja também a definição do V Concílio do Latrão, ibid., col. 566: a declaração de Pio IX, ibid., col. 562. Denz.-Bannw., n. 481, 738, 1655. Sobre os subterfúgios dos rosminienses, veja Trutina theologica, n. 161-171, p. 213-229.