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3.4. A rede maçônica da Cúria que realizou a reabilitação e a "beatificação" de Rosmini

Na revista mensal ‘Trente jours’, Claudio Massimiliano Papa, o postulador da causa de beatificação, revela as incessantes e sucessivas tentativas para reabilitar Rosmini (cf. anexo 3 adiante).

Após o decreto Post Obitum de 14 de dezembro de 1887 que condenava as 40 proposições de Rosmini, os rosminianos esperaram até 1928 e a ascensão, sob o governo de Pio XI, do Cardeal Gasparri, então Secretário de Estado, ex-"pupilo" do Cardeal Rampolla, alto iniciado R+C do OTO (cf. o dossiê Rampolla em www.virgo-maria.org), para tentar novamente reanimar a causa... Mas os tempos ainda não estavam maduros.

Foi mais tarde, sob o governo do R+C Angelo Roncalli-João XXIII, em 1962, que os contatos em nível mais alto da Cúria foram retomados para relançar a causa...

Foi de fato especialmente a partir dos contatos privilegiados com membros dos mais influentes das comissões sucessivas criadas por Pio XII, João XXIII e Paulo VI para preparar a "Reforma" da Liturgia Latina, que a questão da reabilitação foi relançada no final dos anos 50. Esses membros privilegiados receberam cada um um exemplar do livro programa de Rosmini, Das cinco feridas da Igreja.

Essas comissões, lembremos, foram as seguintes, constituídas por outros personagens:

  • A Comissão Piana (1948-1960) de 13 membros, instituída na sexta-feira, 28 de maio de 1948, sob Pio XII, incluindo os Cardeais Arcadio Larraona, Agostino Bea (B’B’), o lazarista Annibale Bugnini, e o padre Ferdinando Antonelli O.F.M.**
  • A Comissão Litúrgica Preparatória (1960-1962) de 66 membros e consultores, incluindo o Cardeal Arcadio Larraona, o lazarista Annibale Bugnini, o beneditino Dom Botte (Henri), e os Padres Pierre-marie Gy O.P. e Aimé-Georges Martimort.
  • A Comissão Conciliare sobre a Liturgia (1962-1964) de 52 membros e periti, incluindo os Cardeais Arcadio Larraona, Giacomo Lercaro, o padre Ferdinando Antonelli O.F.M., o lazarista Annibale Bugnini, e o Padre Aimé-Georges Martimort.
  • O Consilium Litúrgico encarregado da aplicação da Constituição Sacrosanctum Concilium (1964-1975) de 294 membros, consultores e conselheiros, instituído pelo bispo apóstata Montini-Paul VI na quarta-feira, 26 de fevereiro de 1964 e dissolvido na quinta-feira, 31 de julho de 1975, incluindo os Cardeais Giacomo Lercaro, Benno Gut, Agostino Bea (B’B’), Ferdinando Antonelli O.F.M., John Patrick Cody, Arcadio Larraona, Michele Pellegrino, Virgilio Noe, o lazarista Annibale Bugnini, o beneditino Dom Botte (Henri), o padre espiritano Joseph Lécuyer, os padres Louis Bouyer, Pierre-marie Gy O.P., Jean Daniélou S.J., Aimé-Georges Martimort, e Karl Rahner, grande amigo de Joseph Ratzinger.

Dentre essas personalidades religiosas católicas, que pertenciam e colaboraram com as quatro comissões sucessivas encarregadas de "refazer" completamente a liturgia católica romana de rito latino, antes, durante e após o “Concílio” Vaticano II, há um número de nomes que pertencem notoriamente à Maçonaria, em particular aqueles que figuram na lista publicada pelo jornalista Mino Pecorelli na edição de terça-feira, 12 de setembro de 1978, do jornal Osservatore Politico, em seu artigo intitulado a Grande Loja Vaticana.

25 semanas depois, na terça-feira, 20 de março, Mino Pecorelli foi assassinado em retaliação em seu carro no meio da rua no centro de Roma à luz do dia.

Lembremos que esta lista foi republicada em março de 2001 pelo Dr. Carlo Alberto Agnoli em seu livro A Maçonaria na conquista da Igreja, publicado por Le Courrier de Rome e distribuído pela FSSPX.

Os nomes são os seguintes:

  • BEA Agostino, jesuíta, morreu na sexta-feira, 15 de novembro de 1968, conhecido por estar próximo da ordem maçônica dos B’nai B’rith, Cardeal, Secretário de Estado sob João XXIII e Paulo VI, muito próximo desses "Papais", ex-confessor de Pio XII.

  • BUGNINI Annibale, lazarista, nome de código Matrícula 1365/75 – BUAN, registrado no GO da Itália desde terça-feira, 23 de abril de 1963, Arcebispo Pro-Núncio no Irã (exílio), ele foi quem concebeu e redigiu o Novus Ordo Missae N.O.M. de 1969.

  • PELLEGRINO Michele, carmelita, nome de código Matrícula 352/36 – PALMI, registrado no GO da Itália desde segunda-feira, 2 de maio de 1960, Cardeal, Arcebispo de Turim, Itália, Conservador Pontifical do Santo Sudário. Ele foi quem concluiu em 1988 que esta peça arqueológica sagrada era uma falsificação, depois das falsas datações anglo-saxonas por carbono 14.

  • NOÊ Virgilio, nome de código Matrícula 43652/21 - VINO, registrado no GO da Itália desde segunda-feira, 3 de abril de 1961, Cardeal Prefeito da Sagrada Congregação para o Culto Divino. Ele foi quem, com Bugnini, associou cinco pastores protestantes e um rabino judeu para elaborar o Novus Ordo Missae N.O.M. de 1969.

Todas essas pessoas estão sensíveis à causa da "reabilitação" de Rosmini, que se encaixa perfeitamente em seu programa de ação.

Em particular, o Cardeal Arcadio Larraona, que fez parte desde 1948 de todas as quatro Comissões de reforma da Liturgia Latina, que conseguiu, embora permanecendo amigo do padre Ferdinando Antonelli o.f.m., o alter ego do lazarista, exilar temporariamente em 1962 o lazarista Annibale Bugnini, apesar do apoio que este último sempre recebeu do Cardeal Giacomo Lercaro, permanecendo constantemente, como nos informa Trente Jours, um fiel apoio da causa de Rosmini (cf. Anexo 3 abaixo):

« No tempo de João XXIII, a partir de 1962, o padre-geral da época, Giovanni Gaddo, começa a coletar uma série de informações para verificar a oportunidade de uma nova tentativa. Os contatos com o cardeal Larraona, prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos, com Dom Antonelli, promotor da Fé, e com o cardeal Ottaviani, secretário do Santo Ofício, todos têm um desfecho positivo. O cardeal Larraona, em cujas mãos a causa é depositada (pois segundo a vontade explícita de seu fundador, o Instituto não tem um cardeal protetor) se mostra particularmente benevolente.

O Papa, por sua vez, em sua prudência e solicitude, se interessa pela causa de Rosmini com o objetivo declarado de se ocupar dela assim que o Concílio terminar e deseja que a causa de Rosmini seja uma causa histórica e não doutrinal. O novo clima é encorajador e o pedido de obtenção do nihil obstat por parte da Sagrada Congregação dos Ritos parte em 17 de setembro de 1962, mas o surto de esperança de alcançar o objetivo é aniquilado pela morte do papa, em junho de 1963.

Enquanto isso, os Padres conciliares discutem os problemas relacionados à liturgia, e o procurador geral acha bom enviar em homenagem ao cardeal Larraona o livro As cinco feridas, que trata dessas questões. Ele acompanha seu presente com reflexões sobre as razões históricas e políticas pelas quais este livro havia sido colocado no Index, formulando o desejo de que essa proibição possa ser levantada no momento oportuno.

Em março de 1965, os contatos para abrir a causa de Rosmini foram retomados. Em um encontro com o cardeal Ottaviani, Secretário da Congregação do Santo Ofício, o padre geral ouviu: «Comecemos mesmo agora. Prepare todas as objeções e já acrescente algumas respostas, de modo que quando o processo nos chegar, tudo esteja preparado para uma boa solução. É necessário buscar pessoas muito competentes».

A Suplica foi enviada em meados de dezembro e foi comunicada através de Monsenhor Angelo Dell’Acqua para obter o consentimento do Papa para a abertura do processo. Em torno do mês de novembro de 1966, o padre Bolla, rosminiano, procurador do Instituto da Caridade, lembrou ao cardeal Larraona que nenhuma resposta ainda havia chegado, enquanto o padre geral, durante um encontro com Monsenhor Dell’Acqua, portador da petição, questionou sobre esse atraso e recebeu como resposta que «são questões que devem ser bem refletidas», com o conselho de solicitar uma audiência ao Santo Pai. Mas algum tempo depois, ele deu a entender que seria melhor desistir. As novas esperanças, alimentadas por essas vozes favoráveis, se dissiparam como as anteriores, e as razões para esse silêncio permanecem vagas.

Existem nos arquivos gerais rosminianos documentos datados dos primeiros meses de 1971 que provam a intenção de reativar a causa de beatificação de Rosmini. Na data de 19 de maio, encontra-se um Relatório sobre o problema das “quarenta proposições”, apresentado a Monsenhor Giuseppe Del Ton com um Promemória anexo e enviado ao cardeal Franjo Seper, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, no qual se pede o Nihil obstat. Ainda em 20 de maio, existe uma Petição ao papa por parte do padre geral. A resposta do cardeal Seper a Monsenhor Del Ton é datada de 9 de junho, informando-o de que «este Dicastério não concede um Nihil obstat desse tipo na fase preventiva; é por isso que esta Sagrada Congregação se reserva o direito de tratar com a maior imparcialidade a questão da eventual beatificação em questão assim que chegar uma requisição oficial da parte da Congregação para as causas dos santos».

Os contatos informais para uma nova tentativa foram retomados no final do verão de 1971. Monsenhor Del Ton e o cardeal Nasalli Rocca di Corneliano reafirmam ao padre rosminiano Clemente Riva que os meios do Vaticano, incluindo o Papa, estão favoráveis. Este mesmo padre recebe instruções precisas sobre o procedimento a seguir de parte de Monsenhor Frutaz, sub-secretário da Congregação para as Causas dos Santos. É necessário: a Suplica ao Papa por parte do padre geral em nome do Instituto, de amigos e especialistas de Rosmini, que ressaltam a personalidade e a atual utilidade da vida santa e do pensamento rosminiano, o Perfil de sua vida e de suas virtudes, a alusão explícita às “quarenta proposições”, o Nihil obstat e um Ponent (um cardeal ou o superior geral ele mesmo) que apresenta ao Papa a petição com todo o material.

No dia 24 de maio de 1972, uma Suplica é apresentada ao Santo Padre através de Monsenhor Pasquale Macchi.

Assim, entre os primeiros intervenientes importantes desde 1972 para tentar pessoalmente e "reabilitar" Rosmini, encontramos o «cardeal» Pasquale Macchi, Secretário pessoal de João-Batista Montini-Paul VI, um notório homossexual, que estava listado na lista Picorelli dos maçons do Vaticano.

Ele usava o nome de código Matrícula 5463/2 – MAPA.

Inscreveu-se na quarta-feira, 23 de abril de 1958, no Grande Oriente da Itália, sob o pontificado do Papa Pio XII.

Essas informações foram fornecidas por Agnoli (‘A maçonaria na conquista da Igreja’ publicada pelo Courrier de Rome e distribuída pela FSSPX, a partir da famosa “lista Pecorelli” cuja publicação por este último lhe custou a vida algumas semanas depois), Pasquale Macchi foi «Cardeal, Secretário privado e Prelato de Honra de Paulo VI, até sua excomunhão por heresia, e foi reintroduzido pelo Secretário de Estado, o Cardeal Jean Villot, ele mesmo listado nesta lista do GO desde sábado, 6 de agosto de 1966, sob o nome de matrícula 041/3 - JEANNI (Zurique).

O Cardeal Pasquale Macchi, maçom homossexual

No entanto, essas tentativas sucessivas não resultarão.

Terá que esperar até que o padre apóstata Joseph Ratzinger seja nomeado, em 1982, pelo bispo apóstata Karol Wojtyla, "cardeal" Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, para que a "reabilitação" de Rosmini comece realmente.

Além disso, esta última fase ativa e triunfal do processo de "reabilitação" de Rosmini irá envolver, como nos informa novamente o jornal Trente Jours, dois personagens importantes que, em 1994, coordenaram a questão tecnicamente dentro das Congregações romanas, entre eles Monsenhor Giovanni-Battista Ré e o Cardeal Alberto Bovone, que, por sua vez, figura na lista Pecorelli, elaborada 18 anos antes:

«Na Instrução comunicada pelo padre Eszer, é indicado que devem constar como documento, entre os capítulos da bibliografia documental, as “quarenta proposições” condenadas pelo Santo Ofício em 1887, com uma introdução que prove que as doutrinas condenadas não são as do servo de Deus. Este capítulo será apresentado separadamente à Congregação para a Doutrina da Fé, conforme estabelecido pelo excelentíssimo arcebispo Alberto Bovone, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, na carta de 19 de janeiro de 1994 enviada a sua Excelência Reverendíssima Monsenhor Giovanni Battista Re, substituto da Secretaria de Estado.» (Trente Jours)

  • BOVONE Alberto, Carmelita, nome de código Matrícula 254/3 – ALBO, registrado no GO da Itália desde domingo, 30 de abril de 1967, Cardeal, Subsecretário do Santo Ofício.

Não se deve deixar de destacar que as principais Congregações da Cúria estavam, ao longo das últimas décadas, “coordenadas” em questões sensíveis por um personagem considerável desta lista Picorelli, que não poderia ignorar nem a causa de Rosmini nem sua importância:

  • SUENENS Leo, nome de código Matrícula 21/64 – LESU, registrado no GO da Itália desde quinta-feira, 15 de junho de 1967, Cardeal, Membro de três Congregações: A Sagrada Congregação para a Propagação da Fé, a Sagrada Congregação para os Sacramentos e o Culto Divino e a Sagrada Congregação para o Clero (Seminários), Protetor da Igreja São Pedro aos Grilhões.

Se todas as tentativas fracassaram antes de 1994, incluindo sob Paulo VI, isso significa que a rede Rosa+Cruzes infiltrada na Cúria considerava que não estava ainda suficientemente bem implantada no Vaticano antes dessa data para conseguir levar a cabo sem nenhum perigo essa “beatificação” de Rosmini, preferindo aguardar.

Isso também confirma muito claramente que o padre apóstata Joseph Ratzinger é realmente um dos homens-chave dessa rede iluminista Rosa+Cruzes na Cúria Romana, visto que ele foi o artífice da reabilitação e, posteriormente, da “beatificação” de Rosmini.

Cerimônia de beatificação de 18 de novembro de 2007

O vídeo completo da cerimônia pode ser consultado no site VM[25].