Avrillé defende a autenticidade do texto publicado pelo Vaticano em 26 de maio de 2000
Avrillé defende a autenticidade do texto publicado pelo Vaticano em 26 de maio de 2000, apresentado falaciosamente como o "3º segredo de Fátima" (Le Sel de la Terre n° 53, verão de 2005).
Neste número do Sel de la Terre, os dominicanos de Avrillé se empenharam em demonstrar a autenticidade do pseudo-"3º segredo de Fátima" publicado em 26 de maio de 2000 pelo Vaticano, tentando refutar os argumentos de duas estudos essenciais: aquele do Irmão Michel da Santíssima Trindade, que até o momento foi apoiado pela FSSPX (o Irmão Michel deixou, desde algum tempo, a CRC devido às suas derivações e à sua "conciliarização"), e aquele de Laurent Morlier, O terceiro segredo de Fátima publicado pelo Vaticano em 26 de junho de 2000 é uma FALSO, aqui estão as provas, cuja leitura recomendamos para melhor compreender as mentiras do Vaticano e, agora, as de Avrillé assim como da Direção da FSSPX.
Mesmo saudando o importante e irrefutável trabalho de argumentação realizado pelo Sr. Laurent Morlier, queremos esclarecer aqui que não aderimos de forma alguma a certas considerações pessoais do autor ("sobrevivência") que ele menciona em sua obra, paralelamente ao tema propriamente dito de Fátima.
Em relação a este artigo do Sel de la Terre, uma pergunta evidente se coloca:
Como é que durante 5 anos os "especialistas em teologia" que se supõem serem os dominicanos de Avrillé permaneceram em silêncio sobre este "3º segredo de Fátima"?
Por que divulgar este dossiê somente no verão de 2005, ou seja, 5 anos após a publicação do texto do Vaticano?
Como você poderá constatar, os argumentos e os métodos empregados aqui pelo Padre Louis-Marie d'Avrillé são suficientes, por si só, não apenas para denunciar o caráter subversivo desta revista, mas principalmente para melhor compreender o campo para o qual realmente trabalha Avrillé.
Para ilustrar nossos comentários com um exemplo concreto, analisaremos brevemente o 6º dos 11 argumentos (relativo à questão essencial de saber se o 3º segredo é composto de uma visão ou de palavras da Santa Virgem) que o Padre Louis-Marie afirma, em seu artigo, examinar e refutar, por ser, ao que nos parece, sintomático dos métodos utilizados em todo o restante do artigo, assim como nas outras "estudos" publicadas por Avrillé.
Antes disso, recordemos que embora se fale frequentemente de "três segredos", a Santíssima Virgem Maria na verdade comunicou aos videntes um único segredo dividido em três partes distintas.
Em seu livro, entre muitos outros argumentos e demonstrações sólidas, Laurent Morlier escreve o seguinte:
« A primeira frase do 3º Segredo: "Em Portugal, sempre se conservará o dogma da Fé, etc." vem logo após (sem mesmo um parágrafo no manuscrito original português!) do 2º Segredo e entre os dois, a Irmã Lúcia nunca intercalou uma nova visão nem deixou entender que existisse um "interlúdio", uma ruptura ou uma mudança de estilo entre os dois. Ao contrário, é sempre a Virgem que fala na primeira frase do 3º Segredo, e ela acrescenta, em continuidade ao que Ela lhes diz [simbolizado pelo "etc.", portanto a frase não está concluída]: "Isto, não digam a ninguém. A Francisco, sim, podem dizer." (4ª Memória da Irmã Lúcia). Esta pequena frase aparentemente sem importância é, contudo, capaz de nos provar que se trata de palavras da santa Virgem e não de uma visão!…
É preciso, de fato, fazer aqui uma dedução capital: Francisco, durante todas as aparições de Fátima (tanto as do Anjo quanto as de Nossa Senhora) sempre viu tudo (inclusive a visão do inferno) mas nunca ouviu nada das PALAVRAS celestiais. Isso é perfeitamente explicado pela própria Irmã Lúcia no início de sua 4ª Memória de 1941, quando ela retrata Francisco (Agora podemos entender melhor por que Francisco foi privado da graça de ouvir a santa Virgem. A razão permaneceu até hoje misteriosa. Ora, este "handicap" serve hoje para revelar uma enorme impostura!)…
No entanto, Nossa Senhora diz, ao falar da 3ª parte do Segredo: "A Francisco, sim, vocês podem dizer." Assim, temos a prova formal de que a 3ª parte do Segredo não pode conter uma visão, mas sim um conjunto de palavras de Nossa Senhora! Pois se o 3º Segredo pudesse ser dito a Francisco, é porque não continha uma visão… Ele que via todas as aparições e visões, mas não ouvia nada, não haveria necessidade de repetir para ele o conteúdo do 3º Segredo se este fosse apenas uma visão! Argumento decisivo que, por si só, convence da mentira do Vaticano que nos apresenta uma visão simbólica como texto oficial do 3º Segredo!
Este ponto importante é ainda confirmado pelo cânon Barthas: « Nos documentos do processo canônico, fala-se do segredo pela primeira vez no interrogatório de Lúcia, durante a investigação de 1924. Ao narrar a aparição de 13 de julho, ela declarou: “Em seguida, a Senhora nos confiou algumas pequenas palavras (palavrinhas) recomendando que não as dissessem a ninguém, apenas a Francisco.” (‘Fátima, Maravilha do século XX’, cânon C.Barthas, 1952, p.81). Aqui, portanto, não há possibilidade de erro uma vez que o cânon Barthas relata em sua obra o termo português preciso utilizado pela Irmã Lúcia durante este interrogatório oficial de 1924: PALAVRINHAS, ou seja, PALAVRAS.
O cânon Barthas, que durante suas conversas com a Irmã Lúcia nos dias 17 e 18 de outubro de 1946 teve a oportunidade de interrogá-la sobre o terceiro Segredo, confirma ainda esta versão: « O texto das PALAVRAS de Nossa Senhora foi escrito pela Irmã Lúcia e colocado em um envelope selado… » (‘Fátima, Maravilha do século XX’, cânon C.Barthas, 1952, p.83).
_Mesmo termo utilizado pelo próprio Vaticano em seu comunicado de imprensa divulgado em 8 de fevereiro de 1960, através da agência portuguesa ANI (A Documentação Católica 1960, página 752…), para anunciar que o segredo não seria publicado. A terceira razão apresentada para justificar a não divulgação está formulada assim: « Embora a Igreja reconheça as aparições de Fátima, não deseja assumir a responsabilidade de garantir a veracidade das PALAVRAS que os três pastorinhos afirmaram que a Virgem lhes havia dirigido. » Versão oficial ainda confirmada pelo Cardeal Ottaviani que, após ler o texto do 3º Segredo, declarou: « Ela escreveu em uma folha o que a Virgem lhe ditou para dizer ao Santo Padre. » (‘A verdade sobre o Segredo de Fátima’ por P. Alonso, Téqui, 1979, p. 51). Portanto, não há qualquer traço de uma visão. _
Adicionemos ainda este elemento:
« Em 1946, vários historiadores de Fátima puderam esclarecer à Irmã Lúcia alguns pontos importantes, que são os seguintes: (…)
_– Ao escrever o Segredo, você citou literalmente as palavras da Santa Virgem? — _ « Sim, quando escrevo, procuro citar literalmente. Eu queria, portanto, escrever o segredo palavra por palavra. »
_– Você tem certeza de que lembrou de tudo? – _ « Eu penso que sim! E escrevi as PALAVRAS na ordem em que foram pronunciadas! » _(‘O prodígio inusitado de Fátima’ pelo Padre J.C. Castelbranco, Téqui 1958, P.76).
Mas a enganação vai mais longe, pois as autoridades Vaticanas querem se apoiar, para creditar sua falsa visão, na afirmação de uma suposta Irmã Lúcia à qual fazem dizer, para a ocasião, o oposto do que ela sempre afirmou: a partir de agora, de fato, não se fala mais em PALAVRAS, mas apenas em uma VISÃO. Interrogada em 27 de abril de 2000 sobre o 3º Segredo, por Dom Bertone, ela declarou: « Eu escrevi o que vi, a interpretação não me diz respeito, diz respeito ao Papa. »
Nunca antes a Irmã Lúcia havia pedido ao Papa ou à Igreja para interpretar a Mensagem dos dois primeiros segredos! Ela nunca havia solicitado ao Papa que interpretasse sua visão do inferno, que interpretasse sua visão de Tuy (a pedido da consagração da Rússia e devoção reparadora) e as diferentes mensagens que recebeu em outras ocasiões. O conteúdo era claro e não precisava de interpretação alguma!
Examinemos agora como o Padre Louis-Marie distorce deliberadamente esta análise de bom senso para tentar descreditá-la e, assim, defender a tese inadmissível e ímpia da autenticidade do texto divulgado por Ratzinger em maio de 2000.
Primeiramente, para mostrar um ar de seriedade, o Padre Louis-Marie elabora uma lista de « onze argumentos contra a autenticidade ».
Fac-símile de um trecho da página 119
Após ler atentamente a análise de Laurent Morlier, a apresentação particularmente desonesta e fraudulenta que o dominicano faz desses « onze argumentos » aparece ainda mais chocante.
Veja você:
Apresentação do 6º «argumento contra a autenticidade» pelo Padre Louis-Marie
Na explanação que ele afirma fazer do que designa como 6º « argumento contra a autenticidade », o Padre Louis-Marie começa truncando a primeira citação que faz do livro de Laurent Morlier. O extrato, «’Isto, não digam a ninguém. A Francisco, sim, vocês podem dizer’ (4ª Memória da Irmã Lúcia)» torna-se sob sua pena, «’A Francisco, vocês podem dizer’ (13 de julho de 1917)!
Em seguida, o Padre Louis-Marie cita o que afirma falsamente ser « o comunicado de imprensa da agência A.N.I., de 8 de fevereiro de 1960 », fazendo com que Laurent Morlier diga mais uma vez o que ele nunca escreveu, uma vez que Morlier deixa claro em seu livro que se trata do « comunicado de imprensa que ele [o Vaticano] divulgou em 8 de fevereiro de 1960 por intermédio da agência portuguesa ANI », o que não é exatamente a mesma coisa…
Depois, em uma parte intitulada « exame dos onze argumentos », o Padre Louis-Marie realiza uma pseudo-« refutação », igualmente enganosa, dos « argumentos contra a autenticidade ».
Aqui está, portanto, o « exame » particularmente leve e fantasioso do 6º argumento produzido por Avrillé:
Fac-símile das páginas 126 e 127
Aqui, o Padre Louis-Marie mente descaradamente a seus leitores ao falar mais uma vez do « comunicado de imprensa da agência A.N.I., de 8 de fevereiro de 1960 » sem outra precisão.
Não se contendo em mais uma mentira, e ocultando que se tratava de fato de um comunicado de imprensa do Vaticano repercutido pela agência portuguesa A.N.I., o Padre Louis-Marie pode, sem vergonha, afirmar em seguida que « o autor » sendo « anônimo » (?!) isso não nos permite « supor que ele teve acesso ao segredo »!
Após tentar, assim, descreditar essa referência, ele deixa a entender a seus leitores que se trata da única na qual Laurent Morlier se apoia para afirmar que o 3º segredo contém apenas as « palavras » da Santa Virgem.
De fato, o Padre Louis-Marie evita cuidadosamente mencionar, por exemplo, o capítulo de Barthas que cita os documentos do processo canônico ou os encontros e escritos da Irmã Lúcia que são expostos por Laurent Morlier e até mesmo pelo Irmão Michel da Santíssima Trindade em suas obras?
Além disso, por um muito hábil truque de mágica, o Padre Louis-Marie faz então desaparecer uma parte das palavras da Santíssima Virgem Maria para, sub-repticiamente, através dessa omissão pura e simples de algumas palavras, conseguir tornar banal e menos insistente a instrução dada por Nossa Mãe do Céu às pequenas videntes de não revelar esta terceira parte a ninguém exceto a Francisco. O Padre Louis-Marie pode então afirmar impunemente que estas palavras poderiam "muito bem se referir às palavras proferidas por Nossa Senhora durante a segunda parte" do segredo!
No entanto, a Irmã Lúcia havia publicado a integralidade do 2º segredo em seu 3º Memória, na qual ela não fez nenhuma menção a essa precisão de não contar a ninguém exceto a Francisco.
Essa instrução, relatada pela Irmã Lúcia apenas em seu 4º Memória de 8 de dezembro de 1941 e que aparece logo após as primeiras palavras: "Em Portugal, se conservará o dogma da Fé, etc." que começam a 3ª parte do segredo, não pode, portanto, se aplicar senão a esta terceira parte do segredo.
O leitor que confia plenamente nesta revista dos dominicanos, que não leu a obra de Laurent Morlier ou do Irmão Michel da Santa Trindade e que possui apenas um conhecimento aproximado das aparições de Fátima terá, portanto, se deixado facilmente enganar por este dossiê preparado pelo Padre Louis-Marie a pedido do abade Schmidberger.
Ao afirmar que o texto é autêntico, o principal objetivo de Avrillé era lavar de todo o suspeita de mentira o Vaticano e, principalmente, Ratzinger, que havia acabado de suceder a João Paulo II e com quem a FSSPX iria iniciar um processo oficial de aproximação após anos de negociações secretas.
Buscando a todo custo preservá-lo, Avrillé chega até a apresentá-lo como a vítima de uma maquinação da Secretaria de Estado!
É nesse sentido que o Padre Louis-Marie menciona uma pretendida confidência totalmente inverificável, mas cujos vários elementos nos fazem pensar que se trata de uma falsa informação espalhada voluntariamente nos círculos da Tradição para reabilitar a imagem de Ratzinger e suscitar a seu respeito a benevolência dos padres e dos fiéis.
Fac-símile do Sel de la terre n°53, extraído da página 144
Aqui está a análise transmitida por um fiel da FSSPX ao site virgo-maria.org no mês de agosto de 2007:
Senhor Padre,
A mensagem de Virgo Maria sobre Ratzinger e Fátima é muito interessante!
Tendo estudado de forma aprofundada tudo que diz respeito às aparições de Fátima, permito-me adicionar algumas precisões:
O trecho de Sous la Bannière que é citado deve, a meu ver, ser relacionado ao trecho de outro artigo: aquele do Sel de la Terre n°53. De fato, Sous la Bannière (influenciado, me parece, pelo ilusionista Dom Williamson, que é próximo do abade Schmidberger nas operações de reunião…) escreve:
« Uma fonte na Áustria, que não quer ser revelada, assegura que o Cardeal Ratzinger teria recentemente confessado a um bispo austríaco **amigo, ‘**Eu tenho dois problemas na consciência : Dom Lefebvre e Fátima. Para o último, fui obrigado a agir contra a minha vontade; para o primeiro, eu falhei’ ».
O Sel de la Terre escreve, por sua vez, em seu número 53 do verão de 2005:
« A alguns íntimos, o cardeal Ratzinger confidenciou suas dificuldades em aceitar a interpretação papal da mensagem de Fátima. Senhor abade Schmidberger testemunha: ‘Sobre o terceiro segredo de Fátima, posso lhe dizer o seguinte… em uma universidade de verão que se realiza todos os anos em Aigen, na Áustria, Dom Krenn… afirmou publicamente… Eu mesmo estava presente nessa sessão e ouvi com meus próprios ouvidos as afirmações de Dom Krenn…’_» (cf. extrato completo anexo).
Então, em nota de rodapé, o Padre Louis-Marie que escreve este artigo nos indica que o abade Schmidberger lhe enviou este « testemunho » por uma carta pessoal de 16 de abril de 2005, ou seja, três dias antes da eleição de Ratzinger!! Estranha coincidência… Seria essa uma artimanha do aluno de Ratzinger destinada a neutralizar uma possível reação abertamente hostil da parte da ala considerada a mais « dura » da FSSPX diante da eleição de seu amigo que ele sabia iminente?
Ao ler esses dois trechos, surgem, de fato, algumas perguntas sobre esse estranho boato propagado desde a eleição do raposa da Baviera e sobre o papel do abade Schmidberger:
· Essa « confidência » atribuída a Ratzinger e divulgada complacentemente por SLB realmente foi pronunciada por Ratzinger para enganar os incautos ou foi propagada por seus « íntimos » a seu pedido para preparar suas operações de sedução?
· O « bispo austríaco » do trecho de SLB não seria Dom Krenn mencionado em Le Sel de la Terre?
· O que fazia o Abade Schmidberger em uma universidade de verão conciliar na presença de um bispo conciliar?
· Essa pretensa « confidência » do abade apóstata Ratzinger parece, de toda evidência, ter sido divulgada voluntariamente pelo abade Schmidberger nos meios da Tradição para dar a imagem de um Ratzinger « arrependido », e assim preparar as operações de reunião das quais ele é um dos principais organizadores.
http://www.virgo-maria.org/articles/2007/VM-2007-08-12-A-00-Fatima-Manipulation_Schmidberger.pdf
Suite à toutes essas falsificações e manipulações da parte de Avrillé destinadas a concluir pela autenticidade do texto do Vaticano, Laurent Morlier havia solicitado um direito de resposta ao Padre Louis-Marie. Você poderá ler nos links abaixo a carta de Laurent Morlier, assim como a resposta, cheia de má-fé, que lhe foi endereçada pelo Padre Innocent-Marie.
http://www.virgo-maria.org/Livres/laurent_morlier/Morlier_Fatima1.pdf
Fac-símile de um extrato da página 133
A FSSPX, portanto, recusou-se, a princípio, a denunciar o texto do Vaticano como uma evidente impostura. Não houve, aliás, nenhuma reação oficial. Somente alguns abades subordinados comentaram, aqui e ali, sobre um problema de interpretação para, insidiosamente, isentar Ratzinger e o Vaticano.
Ratzinger todo sorridente ao publicar o falso "3º segredo"
Mas, com este "estudo" encomendado aos dominicanos de Avrillé, a FSSPX não apenas participa abertamente do MENTIRA PÚBLICA perpetrada por Ratzinger em 2000 contra Nossa Senhora, mas tem agora a audácia, seguindo os inimigos de Nosso Senhor que ocupam os postos de autoridade no Vaticano, de fazer mentir a Santíssima Virgem Maria assim como a Irmã Lúcia, alterando suas palavras.
Humilhada, desde o ano de 2000, pela impiedade e traição daqueles que deveriam tê-la defendido imediatamente contra a mentira do Vaticano, mas que, para não frear ou impedir seu processo oculto de reunião com a Roma apóstata, a abandonaram aos ultrajes dos “antichristos” do Vaticano, a Santíssima Virgem Maria deixou o braço de Seu Filho...
No dia 26 de maio de 2000, a mentira pública do Vaticano revelou a traição pública da FSSPX em relação à Luta da Fé, mas também em relação Àquela a quem foi consagrada na sua fundação. A resposta do Céu não se fez esperar... A FSSPX parece, desde então, como que atingida por uma cegueira…
Irmã Lúcia nos advertia em 1957:
« Deus nos oferece o último meio de salvação, Sua Santíssima Mãe. Se desprezamos e rejeitamos esse último meio, não teremos mais o perdão do Céu, porque teremos cometido um pecado que o Evangelho chama de pecado contra o Espírito Santo, que consiste em repelir abertamente, com pleno conhecimento e vontade, a salvação que nos é oferecida. Lembremo-nos de que Jesus Cristo é um muito bom Filho e que Ele não permite que ofendamos e desprezemos Sua Santíssima Mãe.
Temos como testemunho patente a história de vários séculos da Igreja que, por meio de exemplos terríveis, nos mostra como Nosso Senhor Jesus Cristo sempre defendeu a honra de Sua Mãe» (Entrevista da Irmã Lúcia com o Padre Fuentes, datada de 26 de dezembro de 1957).
Vem à nossa memória o testemunho comovente que o Abade Berto deu sobre a 2ª Sessão do Concílio Vaticano II (http://www.a-c-r-f.com/principal.html).
O que ele descreve pode se aplicar tão bem à traição da FSSPX, que nos permitimos reproduzir suas palavras substituindo algumas palavras por aquelas indicadas aqui em negrito:
« O destino da FSSPX foi decidido naquele dia, no Céu onde reina um Filho que não quer que ofendam Sua Mãe (…). A vingança foi imediata... ».
Em plena negociação oculta com o Vaticano, « a Santa Virgem estava incomodando! A Virgem Maria incomodava a FSSPX que a convidava a sair. Oh! Ela não precisou que lhe dissessem duas vezes! A terra não tremeu, o relâmpago não caiu sobre Écone, a Virgem Maria saiu discretamente, em um silêncio tão profundo que Ela não disse « Vinum non habent » (« eles não têm mais vinho »); e os destinos de a FSSPX foram selados (…).
Ela foi formalmente declarada irritante, embaraçosa, incômoda, diante de Seu Filho, Ela que é a Esposa do Santo Espírito.
Deve-se saber que colocar a Santa Virgem para fora é uma operação que pode ter consequências e pode não ser ratificada por Alguém que Lhe abriu as Portas do Céu.
É preciso olhar um pouco mais além do próprio nariz e não imaginar que se tem direito ao Santo Espírito assim, sob demanda.»