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Um pouco da minha história

Meu nome é Leonardo Ferreira Boaski, venho de uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, e, apesar do cuidado de meus pais com minha educação, como é de praxe no Brasil, ela foi bastante deficitária; Em 2013 foi o ano em que travei contato com o antigo site do Mídia sem Máscara, conheci o professor Olavo, o Seminário de Filosofia e o Curso Online de Filosofia (COF). Acompanhando as aulas e o site pessoal do professor Olavo, conheci o que na época era o Centro Landmark, o qual, na época, salvo engano, era a turma que ficava online nas transmissões das aulas do COF — sim, isso faz tempo. No Centro Landmark conheci o trabalho do professor Luiz Gonzaga e a proposta de um curso sobre os Princípios da Cosmologia Tradicional me pareceu bastante interessante. Em 2013 ainda adquiri o curso e realizei minha primeira transcrição, mas o curso fora cancelado faltando algumas aulas, achei estranho, mas enfim. Neste período também conheci o trabalho do Padre Paulo Ricardo e cada vez mais fui me inclinando para a fé católica, o que de fato aconteceu no início de 2014.

Por acompanhar as atividades do professor Luiz Gonzaga, fiquei sabendo, em primeira mão, da criação do Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS), buscavam benfeitores para que pudessem efetuar a criação; como tinha uma vida financeiramente tranqüila, prontifiquei-me a ajudar — quem me conhece pessoalmente sabe que costumo ter boa vontade para ajudar com qualquer coisa que me pareça boa, isso não aconteceu só com o ICLS — foram prometidas muitas coisas, inclusive uma sede fixa para que as aulas fossem ministradas, o que nunca aconteceu, mas, de qualquer forma, tenho até mesmo a lista de alguns benfeitores e seus valores contribuídos mensalmente que recebi na troca de e-mails quando tratava do assunto. Nesta época nem site havia ainda, mesmo assim, contribuía com R$ 500,00 todos os meses. Por volta de maio de 2014 surgiu o site.

No decorrer de 2014, estranhei o fato de que o professor Olavo nunca mencionava o instituto de seus filhos em suas aulas que tratava de Guénon, de simbólica e de cosmologia; enquanto que, do outro lado, cada afirmação do professor Olavo era printada e postada pelo Tales com os dizeres “é isso que estamos fazendo” ou “É exatamente isso que estamos fazendo”.

Salvo engano, houve o primeiro encontro presencial do ICLS em março de 2015; por eu ser benfeitor, ganhei a entrada para mim e mais um acompanhante — levei uma ex-namorada daquela época; e tinha, e ainda tenho, uma amiga que será chamada aqui de Maryam, com a qual ocasionalmente conversava. Maryam já flertava com aquele que chamarei aqui de Zayn e mais tarde, já na época do 1º Encontro do ICLS, eles namoravam e formavam um belo casal. Numa das conversas com Maryam, soube que ela havia ganho uma entrada grátis para o Encontro, mas ainda tinha problemas com as passagens, eu prontifiquei-me a pagar-lhe as passagens e ela pagaria a hospedagem dela, íamos ficar nós três em um hostel do bairro Ipiranga, quartos separados por sexo, a ex-namorada e ela em um quarto, eu, noutro, que nem perto era. Para conseguir que ela fosse, conversei com a mãe dela e me responsabilizei pelo que lá acontecesse com ela. Por ocasião do destino, quando comprei a passagem para ela, já havia comprado a minha, houve um desencontro e ela teria de ir um pouco mais cedo, assim, para diminuir as possibilidades de acontecer um problema, conversei com o Tales e verifiquei se ele poderia buscá-la no aeroporto e a levasse lá quando eu chegasse depois das 22h.

Detalhes necessários: tenho de caracterizar minimamente as pessoas envolvidas; Maryam é uma pessoa tão sanguínea, mas tão sanguínea, que enquanto falava gesticulava em Libras o que estava falando, e tive de me responsabilizar porque ela bastante avoada e simpática com todos. Já o Zayn, havia nascido em família muçulmana que veio da Palestina, gostava de usar uns perfumes árabes e já estava um tanto quanto secularizado, de qualquer forma, é um bom amigo e até hoje converso com ele sobre carros antigos.

Quando cheguei no aeroporto, liguei para Maryam e não fui atendido, liguei então na casa do Tales (ele me fornecera o número); fui informado de que ela já dormira e que, se pudesse, ela iria com a família do Tales no dia seguinte. Como não vi maiores problemas, aceitei de bom grado a proposta e rumei para o hostel porque o próximo dia seria longo.

No outro dia, um sábado e primeiro dia do encontro, cheguei ao local, forneci meu nome a algum dos irmãos Alcântara que estava na portaria, entrei, e Maryam já estava lá com um local reservado para mim e minha ex-namorada daquela época logo na frente. Assistimos às palestras e, não me recordo se foi ao meio-dia ou mais tarde, o Tales conversou comigo se Maryam podia passar a próxima noite na casa dele, pois a família dele havia gostado muito dela e o afeto havia sido recíproco por parte de Maryam. Não vi maiores problemas e aceitei.

Terminou o segundo dia, voltamos para Brasília e tudo parecia normal.

Já nessa época aprofundei-me no estudo de astrologia horária — quem me conhece sabe que gosto de testar tudo para ver se não é mera baboseira —, já havia estudado o Manual de Astrologia Horária de Frawley com afinco, então, algumas semanas depois do encontro, prontifiquei-me a responder perguntas com o uso de astrologia horária. Não é “pá mim gambá”, mas sou muito bom nisso.

Alguns dias depois do anúncio, Maryam veio conversar comigo, disse-me que o Tales havia lhe feito uma proposta de casamento e que gostaria de uma resposta usando a astrologia. Fiquei um pouco triste pelo Zayn, mas me pareceu interessante uma amiga minha tornar-se uma de Carvalho. Contou-me alguns detalhes, que havia gostado muito da família dele — que a recepcionaram bem — que Tales comportava-se tal qual um adolescente apaixonado e que, então, tornar-se-ia a quarta esposa dele — essa informação chocou-me um pouco. De qualquer forma, abri a carta astrológica e, quando analisei, notei que não havia nenhuma recepção dos significadores dele em relação aos dela, e, estranhamente, toda a recepção dele estavam em relação à Casa IX, a casa da religião. Como estranhei muito, pois em nada se assemelhava a uma horária de relacionamento com a descrição que ela havia me fornecido, pedi para conversarmos pessoalmente.

Daqui em diante a ladeira começa a inclinar-se vertiginosamente.

Conversando noutro dia, ela me forneceu mais informações: não só Tales se comportava como um adolescente de 15 anos apaixonado, como também, era possuidor de um “carisma”, “talento”, (ou qualquer outra babaquice) que adquiriu por conviver com os santos muçulmanos de Marrocos: a capacidade de saber quem deveria ser sua esposa. E não só isso, se ela não se casasse com ele, não casaria com mais ninguém. Também, que em meados de julho ou junho, ele iria para Marrocos onde deveria permanecer sem mudanças na vida pelos próximos 10 anos, assim, ela tinha a janela de um único mês para decidir se aceitava a proposta ou não.

Agora, paremos por um momento e façamos um exercício de imaginação: como uma jovem garota bastante avoada e inocente, diga-se de passagem, estaria perante uma autoridade como o Tales (porque ele, dentro do ICLS, é uma autoridade) com um prazo de tempo tão curso para decidir algo tão importante? E, cá entre nós homens, essa história de carisma adquirido de santos homens muçulmanos não é conversa fiada de homem para conquistar uma mulher?

Materialmente, para que se cassassem, ela teria de ir para São Paulo, como quem fosse visitar um amigo, eles se casariam e iriam para Marrocos — a família cristã seria avisada posteriormente Só eu que acho estranho essa conversa de “foda-se a família” de quem se diz “muçulmano tradicional”? Por que o Tales não teria a hombridade de chegar nos pais dela e pedir-lhe a mão em casamento?

Não só isso, como também Maryam me pediu que nada falasse sobre o caso com ele, uma vez que, Tales havia a admoestado sobre “não falar nada com o sr. Boaski”. Por fim, detalhei o que havia visto no mapa, que em nada batia com comportamento do Tales por ela citado, Maryam estranhou bastante, ia pensar sobre o caso e me informou que Tales havia a convidado para passar uns dias na casa dele com a família, salvo engano, recomendei-lhe prudência.

Assim que cheguei em casa e abri o computador, lá estava no grupo uma mensagem do Luiz Gonzaga com uma advertência:

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