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Mas e o Gugu?

Mas e seu irmão, Luiz Gonzaga, onde fica no meio disso tudo? Na história da situação que vivi e descrevi, ele não parecia se opor às veleidades do irmão, inclusive apoiava o casamento de Maryam com Tales e quotidianamente conversava com ela — enquanto muitos outros esperavam semanas; o que se depreende disso? Vejamos.

Paira no ar dúvidas quanto à religião de Luiz Gonzaga no ICLS, muitos já fizeram perguntas (ainda pode-se fazer perguntas no ICLS?), as quais foram prontamente respondidas com piadas, memes e banimentos. É razoável fazer essa pergunta?

No meu entender, sim. Muito têm Luiz Gonzaga na conta de sábio, diretor espiritual e santo. Exagero meu? Vejamos alguns relatos do encontro do ICLS em São Paulo, dias 10 e 11:

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Há outro mais antigo bastante interessante:

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Hehe, bode.

Há algum problema em manifestar apreço pelo professor? De forma alguma, isso é muito bom. Mas, pergunto a todos nós que convivemos nos eventos do ICLS, não é algo bastante recorrente pintarmos Luiz Gonzaga com ares de santidade? Quantos, dentro do ICLS, entre uma ordem de seu diretor espiritual e uma sugestão de Luiz Gonzaga não seguem este em detrimento daquele?

Surgiu, no segundo semestre do ano passado, um relato de autoria anônima (que disponibilizei na parte 1) que confirma isso que digo:

Para quem não conhece de perto, o clima interno do ICLS é de uma veneração à figura do Gugu e, em menor escala, à figura do Tales. De maneira que é muito difícil levantar questionamentos mais horizontais aos seus ensinamentos dentro dos grupos de alunos. Parece que dentro dessas esferas existe também ‘o fenômeno da ‘proibição de perguntar’, que Eric Voegelin discerniu nas ideologias de massa’ — como aponta o professor Olavo no seu artigo As garras da Esfinge

Bom, se tantos consideram o Luiz Gonzaga como sábio, pai espiritual e análogos, que mal há em perguntar-lhe a própria religião?

Se for cristão católico, que mal haverá nisso? Ou se for ortodoxo? Para a maioria do público do ICLS essas condições não fariam diferença alguma, estou correto? Ele não nos ensina todos os dias a sermos mais piedosos? Em breve responderei a esta pergunta.

O autor anônimo citado acima teve o mesmo questionamento:

E cabe com isso perguntar qual seria a inconveniência para os alunos do ICLS se o Gugu fosse católico ou ortodoxo? Não haveria nenhum escândalo, eles não perderiam alunos e todos interpretariam com muita naturalidade se assim o fosse. Agora, não poderíamos dizer o mesmo caso ele professasse abertamente ser um muçulmano como o seu irmão. Nesse caso certamente haveria uma ruptura de muitos alunos, muitos outros deixariam de fazer consultas e teriam um contato mais periférico e o próprio instituto seria mais marginalizado pois não é recomendado a um cristão receber guiamento espiritual de um muçulmano. Ao que podemos concluir que o mistério a respeito da religião professada pelo Gugu no momento só se justifica caso ele seja muçulmano.

Se ele fosse muçulmano, certamente, muitos alunos não entrariam no instituto, certo? E você que está lendo teria entrado?

Muitos dos alunos tomam suas menores decisões de vida em consultas com Luiz Gonzaga. Quem convive no meio do ICLS sabe que muitos utilizam-se das consultas para escolher um rumo na vida, decidir se vai namorar com Fulana ou Beltrana, em verdade, muitos discutem seus problemas particulares nestas consultas, tanto que Tales pode afirmar: “o Gugu atendeu a umas milhares de pessoas, milhares, milhares, algumas consultas eu fui autorizado a gravar, certo? Cara, tem muitos podres, viu?! Quer brincar de podre? Tem muito pode e tem gente que espera só uma autorização nossa para contar em público todos os podres aí”.

O nosso querido autor anônimo trata de que ele mesmo fazia isso:

Eu mesmo conheci pessoalmente pessoas que não tomavam mais decisões menores na vida sem consultar a opinião do Gugu. Sua influência na vida de muitos alunos é equivalente a de um diretor espiritual. E isso é problemático considerando que você não sabe qual a religião e qual direcionamento o Gugu irá dar para sua vida pessoal. Claro, você pode confiar nele, aceitando esse mistério e considerá-lo como um mestre das religiões comparadas capaz de dar guiamento espiritual para qualquer pessoal de qualquer religião respeitando inteiramente a doutrina interna da religião. Eu acho esse benefício da dúvida extremamente exagerado especialmente se considerarmos que toda tentativa para saber qual religião professada pelo Gugu é vista pelos alunos e professores do ICLS como uma infantilidade ou uma inconveniência por parte da pessoa que pergunta. Ora, não deveria ser nenhum escândalo saber a religião professada por um indivíduo que se posiciona como diretor espiritual de centenas de pessoas. Não há aqui nenhuma infantilidade e nenhum exagero. Você não necessariamente precisa saber a religião dos seus professores, mas certamente você precisa saber sobre seu pai espiritual.

Sim, é uma dúvida, ao menos, pertinente, não?

Luiz Gonzaga é muçulmano? Hindu? Mestre Taoísta Ascenso do Raio que o Parta?

Olhemos para seu entorno:

O único livro produzido por ele, O Pai Nosso, tem nos agradecimentos um nome bastante comum para quem acompanha o ICLS: Marcello Brandão Cipolla (nas redes sociais conhecido como Marcello Jafar Cipolla), que esteve presente no primeiro encontro do ICLS em São Paulo e que costumeiramente ajuda o instituto em suas gravações.

Soube que ele é o dono da Editora Bismallah. Alguém já deu uma olhada na descrição dessa empresa? No site (Link) temos uma breve descrição da empresa.

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Alguém sabe quem são os sócios? Está disponível publicamente no site.

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Que estranho, parece que nosso querido professor é sócio de uma editora muçulmana e muitos de seus amigos são, por coincidência, muçulmanos.

Bom, já temos um irmão, agora um sócio muçulmano, e o que ais?

Olhemos para a editora:

Nos livros lá editados aparece um tal de Sheik Nazim Al-Haqqani, que já figurou em muitas postagens no grupo do Facebook do ICLS, não? Pessoal gosta muito de dar uns pitacos de fisiognomia:

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Deveras simpático o “santo”:

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E há mais coisas? Talvez...

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Um colega que ajuda na revisão chamado Álvaro Oppermann que é, nas redes sociais, Ibrahim Amjad? Esse nome me parece meeeio árabe, não é? E, que coincidência, o Jafar está aqui novamente.

E, notem que interessante, traduziram Cristianismo Puro e Simples de Lewis para a WMF. Um título pouco convencional para muçulmanos, não é? Até parece que eles estão bastante familiarizados com o tema, devem ter estudado bastante. E, salvo engano, já vi Luiz Gonzaga sugerir este livro, curioso, não?

Apareceram muitas coincidências, não? Se alguém ousasse suspeitar que há muçulmanos produzindo material cristão para adquirir o vocabulário cristão e se infiltrar no Brasil, começaria a ficar mais verossímil, não? Talvez até pudessem, em suas aulas, dar uma islamizada em suas aulas, não é? Será que o segundo relato está certo?

Mas não, provavelmente Luiz Gonzaga não é muçulmano nem faria algo do tipo conosco. Ou sim?gugu-09.png

Bem, talvez sim...

Sim, ele é muçulmano, o marido a autora do segundo relato soube disso após sua conversão, e essa foto acima também depõe nesse sentido.

Mas as aulas são muito boas, não é? Sim, mas quem sabe, talvez, tenha umas coisinhas estranhas lá no meio, talvez umas inversões simbólicas. Logo trataremos disso num capítulo à parte.

Procuremos olhar com olhos poéticos a dinâmica que se estabeleceu a forma como Tales e Luiz Gonzaga interagem e se mostram. Olhando dessa forma, a situação me lembra muito do mito dos gêmeos Castor e Pollux, um dos mitos de que é composto o signo de Gêmeos, inclusive; Pollux era imortal por ser filho de Zeus, Castor, não; este podia morrer, estava associado à Terra, ao peso da existência, enquanto que aquele estava ligado ao céu, era imortal, vivia nas alturas. O Luiz Gonzaga e o Tales compartilham certa semelhança com este mito: Tales está aqui na terra, lida com os meros mortais, sabemos que possui família e o outro, está na Romênia (alguns já sabem que mora no Paraguai, na verdade), naquela distância enorme perante os mortais, é sábio, direciona as pessoas, tem uma aura mística, muitos o consideram o Sócrates brasileiro, um santo. Na real, para um provinciano brasileiro, qualquer coisa um pouco mais elevada é uma amostra de santidade, quando talvez seria o mínimo, e ninguém sabe em que medida esse mínimo é real, pois sempre está pairando naquela distância enorme, inacessível, apenas facilmente acessível aos queridos pelo Tales. Este parágrafo está demasiadamente mítico, mas é assim que percebi: são diferentes e, ao mesmo tempo, muito parecidos.

E claro, essa dinâmica sofreu um pequeno abalo no início de 2021, quando o professor ficou um pouco mais atuante nas redes sociais (a imagem é um compilado feito por mim de uma única postagem, mas há outros exemplos):

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A mudança repentina parece confirmar um áudio antigo do Tales em que ele diz:

E outra coisa: falaram ‘ah não, tem que chamar o Gugu para julgar essas questões, o Tales’, tá, vocês querem que eu chame? Vocês estão pensando que ele é o tira bom e eu sou o tira mau, vocês estão com essa ilusão? Deixa eu avisar uma coisa, eu, eu e o Gugu é assim, ó, o Gugu é o cara com Sol em Áries na 8, eu sou o cara de Sol em peixes na 4, vocês estão pensando que eu sou o tira mal? Vocês querem que eu chame ele? Vocês têm certeza que querem que eu chame ele? Vocês têm certeza? Eu já fiz isso, tá certo? E você não vão querer, acredita em mim, tá certo?

Mas bem, afinal, conhecem-se bem, não é?

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No mais, Luiz Gonzaga, sei de pelo menos um caso em que a pessoa queria se tornar católica e você sugeriu-lhe, em consulta particular, que permanecesse na religião à qual já pertencia. Curioso como a ajuda para a pessoa se tornar católica é negada. Já a conversão ao islã será que podemos dizer a mesma coisa?

E outra consulta de uma moça jovem e católica que, buscando a sua ajuda para lidar com a depressão, tudo o que conseguiu foi arrumar-lhe um maridinho entre as fileiras do ICLS?

Ficam as perguntas.