Pluralismo, Sincretismo e Ecumenismo
As congregações maçônicas afirmam constituir uma SUPER-RELIGIÃO ESOTÉRICA cujo papel é inspirar clandestinamente todas as religiões exotéricas. E elas trabalham efetivamente nesse sentido há várias décadas.
Imediatamente se percebe que essa manobra pode resultar, dependendo do temperamento dos executores, em duas tendências:
- O PLURALISMO, que enfatiza o particularismo das religiões periféricas;
- O SINCRETISMO, que busca enriquecer cada vez mais o fundo comum das noções universais.
Na verdade, as duas tendências se alternam como uma pulsação, e a manobra avança.
Desde que, por ocasião do último Concílio, os progressistas assumiram o poder no Vaticano, a Igreja tem sido arrastada para essa manobra "pluralo-sincrética". As duas tendências já alcançaram conquistas significativas.
O pluralismo deu origem às igrejas nacionais (graças ao uso das línguas nacionais na liturgia e às conferências episcopais nacionais), que agora evoluem em velocidades diferentes e, portanto, se diferenciam cada vez mais.
O sincretismo teve que mudar de nome para não assustar os fiéis: adotou-se o termo "ecumenismo", cujo significado precisou ser desviado; etimologicamente, "católico" e "ecumênico" são equivalentes e significam universal; no novo vocabulário, ecumenismo denota um universalismo ainda mais amplo do que o do catolicismo; é o "todo" do qual o pequeno catolicismo de antigamente era apenas uma "parte", e esse "ecumenismo sincretista" leva a Igreja por dois caminhos:
- Concessões,
- e empréstimos,
primeiro às confissões cristãs imediatamente ao seu redor e depois às religiões não-cristãs. As negociações estão em curso.
Gostaríamos de observar esquematicamente, por falta de espaço, que essa manobra pluralo-sincrética não é de forma alguma, absolutamente não é conforme à estratégia divina, que opera em sentido diametralmente oposto. Vamos nos contentar em lembrar as duas características que revelaram esse plano:
- a confusão de Babel
- e a vocação de Abraão.
A confusão de Babel
A unidade da raça humana estava estabelecida; em particular, havia apenas uma língua. Mas com o rápido crescimento demográfico, sentia-se a iminência de uma desintegração; daí a ideia de uma cidade capital, de uma torre e de um monumento para materializar no futuro a unidade da espécie humana. A princípio, tudo parecia muito louvável nesse empreendimento, já que visava manter para sempre uma unidade já alcançada.
Foi então que Deus mesmo interveio. Ele não queria essa unidade e a destruiu. O texto do Gênesis é absolutamente claro e formal. E por que Deus não queria essa unidade? Porque era puramente humana:
- construamos NÓS uma cidade,
- façamos NÓS um monumento.
Quanto à Torre, eles a fazem subir até o céu, é claro, mas é com esse mesmo zelo que São Paulo um dia reprovará os fariseus:
"Eu lhes dou este testemunho: eles têm zelo por Deus, mas não conforme ao conhecimento."
E é Deus mesmo quem opera a distinção e a confusão das línguas por uma espécie de decreto solene:
"Venite igitur, descendamus, et confundamus ibi linguam eorum, ut non audiat unusquisque vocem proximi sui." "Vamos, pois, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entendam mais a linguagem um do outro." Gênesis 11, 7