Skip to main content

A DOUTRINA DAS INIMIZADES

Os historiadores da maçonaria ensinam comumente que suas congregações remontam às origens da humanidade. Não se pode deixar de concordar, em princípio, com tal declaração de antiguidade, que é de fato confirmada pelos arquivos da Igreja.

A Sagrada Escritura revela a existência, desde o início, de uma anti-religião. Entre essas duas tradições primordiais, a Escritura declara que sempre existirá uma INCOMPATIBILIDADE irremediável.

Essa incompatibilidade das duas religiões é objeto de uma revelação sem ambiguidade. É um verdadeiro decreto que está contido na sentença de condenação da serpente:

"INIMICITIAS ponam inter te et mulierem, et semen tuum et semen illius". "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela". Gênesis 3:15.

Esta é a doutrina das duas POSTERIDADES e de suas INIMIZADES. A palavra posteridade é repetida duas vezes no texto porque se trata de duas "sementes" que não têm nada em comum.

Os filósofos da maçonaria não admitem essa noção de INCOMPATIBILIDADE irreversível porque afirmam que seus colégios de sábios estão na origem de todas as religiões, sem exceção. E, se podemos concordar com o princípio da antiguidade da "contra-igreja", somos obrigados a contestar a escola maçônica todas as vezes que ela mistura as fontes das duas tradições e mantém (e isso é constante nela) a confusão entre as duas "sementes".

Além disso, submetidos apesar de si mesmos ao decreto divino, os historiadores maçons praticam de fato a velha inimizade e fazem uma guerra implacável à verdadeira Igreja, de modo que as duas religiões são, de fato e de direito, inimigas desde a origem.

A posteridade da mulher é a posteridade de nossa Mãe Eva, é a Nova Eva, a Virgem Maria e Nosso Senhor Jesus Cristo, sinal de contradição:

"Signum cui contradicetur" Lucas 2, 34. É também a Santa Igreja.

A posteridade da serpente são as falsas religiões, a "contra-igreja", corpo polimorfo cujo chefe será o Anticristo, chegando por último, no fim dos tempos.

Encontramos as duas posteridades e suas inimizades sob diversas formas em todo o patrimônio doutrinal eclesiástico. Aqui está um texto muito interessante de São Paulo sobre a incompatibilidade dos dois cálices: