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ANEXO II - GRÉGORY SOLARI, O EDITOR DE CATHERINE PICKSTOCK, GOSTA MUITO DA INGLATERRA E DA « CRISTANDADE EM MINIATURA » QUE REPRESENTA AOS SEUS OLHOS O ANGLICANISMO

Citamos aqui o estudo « L’AngliCampos » da CSI-Diffusion32Diffusion[32], publicado em 5 de julho de 2005 e que publicamos em nosso site. Trata-se da entrevista com Grégory Solari, editor de Catherine Pickstock em Genebra (Edições Ad Solem). Este texto foi publicado na edição de abril-junho de 2004 da revista Kephas (movimento da FSSP). ‘Editor católico em Genebra: por uma cultura eucarística’ – Entrevista33Entrevista[33] de Grégory Solari com o padre Bruno Le Pivain (Kephas – Fevereiro de 2004)

« Kephas

Para além de Newman, se distingue também uma “filiação anglófila” muito presente em seu catálogo, tanto por meio de obras sobre a obra de Tolkien, quanto pela atenção dada ao movimento teológico anglo-saxão Radical Orthodoxy ou a um escritor como David Jones. Esse movimento tem uma história?

Grégory Solari

Sim, a minha! Perdoe-me esta digressão pessoal, mas não há outra razão. Sempre pensei que existia uma “climatologia” ou uma “geografia” da alma, ou seja, que algumas paisagens, algumas regiões, refletem seu ser próprio ou o revelam. Para mim, essa região “icônica” sempre foi a Inglaterra. Isso vai chocar seus leitores franceses. Como assim, a pérfida Albión em vez da doce França!? Sim, mas a Albión que não é mais tão pérfida assim, é a terra Branca, como era chamada na Idade Média, a terra de Arthur, da civilização de Northumbria, onde, durante vários séculos (entre os séculos VII e X), a cultura antiga herdada de Roma foi preservada e cultivada nos mosteiros anglo-saxões, e depois retransmitida por homens como Alcuin de York, que Carlos Magno chamou para sua corte para criar em Aix-la-Chapelle o centro de onde partiriam os missionários que iriam reevangelizar a Europa pela fé e pela cultura._

O cisma de Henrique VIII certamente contribuiu para isolar a Inglaterra ainda mais. No entanto, ela permaneceu uma « Cristandade em miniatura », que, embora tenha perdido sua comunhão eclesial com Roma, também escapou de outros males, como a Revolução Francesa, que fez a França perder a homogeneidade de sua fé e de sua cultura. Em homens como Newman, Tolkien, C.S. Lewis, G.K. Chesterton, Christopher Dawson, David Jones, ou ainda os protagonistas do Movimento Radical Orthodoxy liderado por John Milbank e Catherine Pickstock, encontramos em suas vidas ou em seus pensamentos essa unidade da fé e da cultura necessária para realizar a nova evangelização.


[32] 32 http://www.virgo-maria.org/Archives-CSI/2005/CSI-2005-07-05-AngliCampos.pdf

[33] 33 http://www.revue-kephas.org/04/2/Solari123-132.html