CATECISMO MENOR DE SÃO PIO X
- Primeiras orações e Fórmulas de saber na Memória
- A Doutrina Cristã
- Primeira Parte: O Credo, as principais verdades da Fé Cristã
- Capítulo I: Principais mistérios: O Sinal da Cruz
- Capítulo II: Unidade e Trindade de Deus
- Capítulo III: A criação e a queda do homem
- Capítulo IV: Encarnação, Paixão e Morte do Filho de Deus
- Capítulo V: A segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e os dois juízos, particular e universal
- Capítulo VI: A Igreja Católica e a Comunhão dos Santos
- Capítulo VII: O Pecado
- Capítulo VIII: A ressurreição da carne e a Vida Eterna, Amém
- Segunda Parte: os mandamentos e preceitos de virtude e moral da Fé Cristã
- Capítulo I: Os Mandamentos da Lei de Deus
- Capítulo II: preceitos gerais da Igreja
- Capítulo III: Virtudes
- Terceira Parte: Os Meios da Graça - Seção I: Sacramentos ou Meios Produtivos
- Capítulo I – Sacramentos em geral
- Capítulo II - Batismo
- Capítulo III - Da Confirmação ou Crisma
- Capítulo IV - A Santa Missa, A Eucaristia
- Capítulo V - Penitência
- Capítulo VI - Extrema-Unção
- Capítulo VII - Ordem
- Capítulo VIII - Matrimônio
- Terceira Parte: Os Meios da Graça - Seção II: Oração ou Meio Impetrativo
Primeiras orações e Fórmulas de saber na Memória
Sinal da Cruz:
In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti. Amen.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém
Creio
Credo in Deum Patrem omnipoténtem, Creatórem caeli et terrae; et in Iesum Christum, Filium eius únicum, Dóminum nostrum, qui concéptus est de Spiritu Sancto, natus ex Maria Vírgine, passus sub Póntio Piláto, crucifixus, mórtuus et sepúltus: descéndit ad ínferos: tértia die resurréxit a mórtuis: ascéndit ad caelos, sedet ad déxteram Dei Patris omnipoténtis: inde ventúrus est iudicáre vivos et mórtùos. Credo in Spiritum Sanctum, sanctam Ecclésiam cathólicam, sanctórum, communiónem, remissiónem peccatórum, carnis resurrectiónem, vitam aetérnam. Amen.
Creio em Deus Padre, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, um só seu Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu aos infernos; ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; subiu aos céus, está sentado à mão direita de Deus Padre todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo; na santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.
Pai-Nosso
Pater noster qui es in caelis, sanctificétur nomen tuum: advéniat regnum tuum: fiat volúntas tua, sicut in caelo et in terra. Panem nostrum quotidiànum da nobis hódie, et dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris; et ne nos indúcas in tentatiónem, sed liberanos a malo. Amen.
Padre Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Amém.
Ave-Maria
Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu et in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui, Jesus. Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Glória ao Pai
Gloria Patri et Fílio ed Spirítui Sancto, sicut erat in princípio, et nunc, et sernper, et in saécula saeculórum. Amen.
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Salve-Rainha
Salve, Regina, mater misericórdiae; vita, dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamàmus, éxsules fílii Hevae. Ad te suspiràmus geméntes et flentes in hac lacrimárum valle. Eia ergo, advocáta nostra, illos tuos misericórdes oculos ad nos converte. Et Iesum, benedíctum fructus ventris tui, nobis post hoc exsílium osténde. O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.
Salve-rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura, e esperança nossa, salve! A vós bradamos, degredados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e horando nesse vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volveis. E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa ó doce e Sempre Virgem Maria!
Santo Anjo
Angele Dei, cui custos es mei, me tibi commíssum pietáte supérna illúmina, custódi, rege et gubérna. Amen.
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou, a piedade divina. Sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém.
Réquiem
Réquiem aetérnam dona eis, Dómine, et lux perpétua lúceat eis. Requiéscant in pace. Amen.
Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno, e que a luz perpétua o ilumine. Descanse em paz. Amém.
Ato de Fé
Meu Deus, creio firmemente no que o Senhor, a verdade infalível, revelou e a Santa Igreja nos propõe que acreditemos. E eu acredito expressamente em Ti, o único e verdadeiro Deus em três Pessoas iguais e distintas, Pai, Filho e Espírito Santo; e no Filho encarnado e morto por nós, Jesus Cristo, que dará a cada um, segundo o mérito, a recompensa ou o castigo eterno. Em conformidade com esta Fé, quero sempre viver. Senhor, aumenta minha fé.
Ato de esperança
Meu Deus, espero da tua bondade, das tuas promessas e dos méritos de Jesus Cristo, nosso Salvador, a vida eterna e as graças necessárias para merecê-la com as boas obras que devo e quero fazer. Senhor, que eu não fique confuso para sempre.
Ato de Caridade
Meu Deus, amo de todo o coração acima de tudo a ti, Bem infinito e nossa felicidade eterna; e por você, amo meu próximo como a mim mesmo e perdoo as ofensas recebidas. Senhor me faz te amar cada vez mais.
Ato de Contrição
Meu Deus, me arrependo de todo coração dos meus pecados, e os odeio e detesto, como uma ofensa à sua infinita Majestade, causa da morte de seu divino Filho Jesus, e minha ruína espiritual. Não quero me comprometer mais no futuro e me proponho a fugir das oportunidades. Senhor, misericórdia, me perdoe.
Os dois Mistérios principais da Fé
- Unidade e Trindade de Deus;
- Encarnação, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Os dois Mandamentos da Caridade
- Amar ao Senhor seu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo teu entendimento;
- Amar ao teu próximo como vós mesmo.
Os Dez Mandamentos da Lei de Deus
- Amar a Deus acima de todas as coisas;
- Não invocar seu Santo Nome em vão;
- Guardar domingos e festas;
- Honrar pai e mãe;
- Não matar;
- Não pecar contra a castidade;
- Não roubar;
- Não levantar falso testemunho;
- Não desejar a mulher do próximo;
- Não cobiçar as coisas alheias.
Os Mandamentos da Igreja de Deus
- Ouvir Missa inteira aos domingos e festas de guarda;
- Confessar-se ao menos uma vez por ano;
- Comungar ao menos uma vez por ano, ao menos na Páscoa da Ressurreição;
- Jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Igreja;
- Pagar dízimos segundo o costume.
Os sete sacramentos
- Batismo;
- Confirmação;
- Eucaristia;
- Penitência;
- Extrema-Unção;
- Ordem;
- Matrimônio.
Os sete dons do Espírito Santo
- Sabedoria;
- Conhecimento;
- Conselho;
- Fortaleza;
- Ciência;
- Piedade;
- Temor de Deus.
As três virtudes teologais
- Fé;
- Esperança;
- Caridade.
As quatro virtudes teologais
- Prudência;
- Justiça;
- Fortaleza;
- Temperança.
As sete obras de misericórdia corporais
- Dar de comer a quem tem fome;
- Dar de beber a quem tem sede;
- Vestir os nus;
- Dar pousada aos peregrinos;
- Assistir aos enfermos;
- Visitar os presos;
- Enterrar os mortos.
As sete obras de misericórdia espirituais
- Dar bom conselhos;
- Ensinar os ignorantes;
- Corrigir os que erram;
- Consolar os aflitos;
- Perdoar as injúrias
- Sofrer com paciência as fraquezas do próximo;
- Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos.
Os sete pecados capitais
- Orgulho;
- Avareza;
- Luxúria;
- Ira;
- Gula;
- Inveja;
- Preguiça.
Os seis pecados contra o Espírito Santo
- Desesperar da salvação;
- Presunção da salvação sem méritos;
- Negar a verdade conhecida pelo magistério da Santa Igreja;
- Inveja da graça que Deus dá aos outros;
- Obstinação do pecado;
- Impenitência final.
Os quatro pecados que clamam a Deus por vingança
- Homicídio voluntários;
- Pecado impuro contra a natureza,
- Opressão dos órfãos e das viúvas;
- Negar o salário a quem trabalha.
Os novíssimos do homem
- Morte;
- Juízo;
- Inferno
- Paraíso.
A Doutrina Cristã
1. Quem nos criou?
Deus nos criou.
2. Quem é Deus?
Deus é o Ser mais perfeito, ele é Criador e Senhor do céu e da terra.
3. O que significa "mais perfeito"?
Mais perfeito significa que em Deus existe toda perfeição, sem defeito e sem limites, ou seja, que Ele é infinito poder, sabedoria e bondade.
4. O que significa "Criador"?
Criador significa que Deus criou todas as coisas do nada.
5. O que significa "Senhor"?
Senhor significa que Deus é o mestre absoluto de todas as coisas.
6. Deus tem um corpo como o nosso?
Deus não tem corpo, mas é espírito muito puro.
7. Onde está Deus?
Deus está no céu, na terra e em todos os lugares: Ele é o Imenso.
8. Deus sempre existiu?
Deus sempre foi e sempre será: Ele é o Eterno.
9. Deus sabe tudo?
Deus sabe tudo, até mesmo nossos pensamentos: Ele é o Onisciente.
10. Deus pode fazer tudo?
Deus pode fazer o que quiser: Ele é o Todo-Poderoso.
11. Deus também pode fazer o mal?
Deus não pode fazer o mal, porque ele não pode desejá-lo, sendo uma bondade infinita; mas ele o tolera para deixar as criaturas livres, sabendo então tirar o bem do mal também.
12. Deus se importa com as coisas criadas?
Deus tem cuidado e providência das coisas criadas, as preserva e dirige todas para o seu próprio fim, com sabedoria, bondade e justiça infinita.
13. Com que propósito Deus nos criou?
Deus nos criou para conhecê-lo, amá-lo e servi-lo nesta vida, e então desfrutá-lo na próxima, no céu.
14. O que é o céu?
O céu é o gozo eterno de Deus, nossa felicidade e, Nele, de todos os outros bens, sem nenhum mal.
15. Quem merece o céu?
Quem é bom merece o céu, ou seja, quem ama e serve a Deus fielmente e morre em sua graça.
16. Os ímpios que não servem a Deus e morrem em pecado mortal, o que eles merecem?
Os maus que não servem a Deus e morrem em pecado mortal merecem o inferno.
17. O que é o inferno?
O inferno é o sofrimento eterno da privação de Deus, nossa felicidade, e do fogo, com todos os outros males sem nenhum bem.
18. Por que Deus recompensa os bons e pune os maus?
Deus recompensa os bons e pune os maus, porque é justiça infinita.
19. Deus é um?
Deus é um, mas em três Pessoas iguais e distintas, que são a Santíssima Trindade.
20. Como são chamadas as três Pessoas da Santíssima Trindade?
As três Pessoas da Santíssima Trindade são chamadas Pai, Filho e Espírito Santo.
21. Das três Pessoas da Santíssima Trindade, alguma pessoa se Encarnou e se fez homem?
Das três Pessoas da Santíssima Trindade, a segunda, isto é, o Filho, se encarnou e se fez homem.
22. Qual é o nome do Filho de Deus feito homem?
O Filho de Deus feito homem é chamado Jesus Cristo.
23. Quem é Jesus Cristo?
Jesus Cristo é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, ou seja, o Filho de Deus feito homem.
24. Jesus Cristo é Deus e homem?
Sim, Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
25. Por que o Filho de Deus se tornou homem?
O Filho de Deus se fez homem para nos salvar, ou seja, para nos redimir do pecado e reconquistar para nós o paraíso.
26. O que Jesus Cristo fez para nos salvar?
Jesus Cristo nos salvou satisfeito por nossos pecados sofrendo ao se sacrificar na Cruz, e nos ensinou a viver de acordo com Deus.
27. Para viver de acordo com Deus, o que devemos fazer?
Para viver de acordo com Deus, devemos ACREDITAR NA VERDADE REVELADA por Ele e GUARDAR OS SEUS MANDAMENTOS, com a ajuda de sua GRAÇA, que é obtida através dos SACRAMENTOS e ORAÇÃO.
Oremos
Ó Deus, dá-nos a graça de pensar e fazer o que é certo, para que nós, que não podemos existir sem Ti, possamos viver segundo Ti. Nós te suplicamos por teu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.
Oração do Domingo VIII após o Pentecostes.
Primeira Parte: O Credo, as principais verdades da Fé Cristã
Capítulo I: Principais mistérios: O Sinal da Cruz
28. Quais são as verdades reveladas por Deus?
As verdades reveladas por Deus são principalmente aquelas resumidas no Credo ou Símbolo Apostólico, e são chamadas de verdades da fé, porque devemos crer nelas com plena fé como ensinada por Deus, que não se engana nem pode enganar.
29. O que é o "Credo" ou "Símbolo Apostólico"?
O Credo Apostólico ou Credo é uma profissão dos principais mistérios e outras verdades reveladas por Deus por meio de Jesus Cristo e dos Apóstolos e ensinadas pela Igreja.
30. O que é mistério?
O mistério é uma verdade superior, mas não contrária à razão, na qual acreditamos porque Deus o revelou.
31. Quais são os principais mistérios da fé professados no Credo?
Os principais mistérios da Fé professados no Credo são dois: a Unidade e a Trindade de Deus; a Encarnação, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
32. Professamos os dois mistérios principais da Fé e também os expressamos de outra maneira?
Professamos e expressamos os dois principais mistérios da Fé também com o sinal da Cruz, que é, portanto, o sinal do cristão.
Capítulo II: Unidade e Trindade de Deus
37. O que significa "Unidade de Deus"? Unidade de Deus significa que existe apenas um Deus.
38. O que significa "Trindade de Deus"?
Trindade de Deus significa que em Deus existem três Pessoas iguais e verdadeiramente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
39. O que significa "três Pessoas verdadeiramente distintas"?
Três pessoas verdadeiramente distintas significam que em Deus uma Pessoa não é a outra, embora todas as três sejam um Deus.
40. Compreendemos como as três Pessoas divinas, embora realmente distintas, são um só Deus?
Não compreendemos nem podemos compreender como as três Pessoas divinas, embora verdadeiramente distintas, são um só Deus: é um mistério.
41. Qual é a primeira Pessoa da Santíssima Trindade?
A primeira pessoa da Santíssima Trindade é o Pai.
42. O que é a segunda pessoa da Santíssima Trindade?
A segunda Pessoa da Santíssima Trindade é o Filho.
43. Qual é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade?
A terceira Pessoa da Santíssima Trindade é o Espírito Santo.
44. Por que o Pai é a primeira pessoa da Santíssima Trindade?
O Pai é a primeira Pessoa da Santíssima Trindade, porque não procede de outra pessoa, e as outras duas procedem d'Ele, a saber, o Filho e o Espírito Santo.
45. Por que o Filho é a segunda pessoa da Santíssima Trindade?
O Filho é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, porque é gerado pelo Pai e é, junto com o Pai, o princípio do Espírito Santo.
46. Por que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade?
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, porque procede do Pai e do Filho.
47. Cada pessoa da Santíssima Trindade é Deus?
Sim, cada pessoa da Santíssima Trindade é Deus.
48. Se cada Pessoa divina é Deus, as três Pessoas divinas são, então, três Deuses?
As três Pessoas divinas não são três deuses, mas um só Deus; porque eles têm a mesma natureza única ou substância divina.
49. As três Pessoas divinas são iguais ou existe uma maior, mais poderosa e mais sábia?
As três Pessoas divinas, sendo um Deus, são iguais em tudo e têm todas as perfeições e todas as operações igualmente comuns; embora certas perfeições e as obras correspondentes sejam atribuídas mais a uma pessoa do que a outra, como o poder e a criação ao pai.
50. O Pai era pelo menos antes do Filho e do Espírito Santo?
O Pai não existia antes do Filho e do Espírito Santo, porque as três Pessoas divinas, tendo em comum a única natureza divina que é eterna, são igualmente eternas.
Capítulo III: A criação e a queda do homem
51. Por que Deus é chamado de "Criador do céu e da terra"?
Deus é chamado de Criador do céu e da terra, ou melhor, do mundo, porque o fez do nada, e fazer do nada é criar.
52. O mundo todo é obra de Deus?
O mundo todo é obra de Deus; e em sua maravilhosa grandeza, beleza e ordem, ele nos mostra o poder, a sabedoria e a infinita bondade dele.
53. Deus criou apenas o que é material no mundo?
Deus criou não apenas o que é material no mundo, mas também espíritos puros; e cria a alma de cada homem.
54. Quem são os espíritos puros?
Os espíritos puros são seres inteligentes sem corpo.
55. Como sabemos que existem espíritos criados puros?
Sabemos que existem espíritos criados puros da fé.
56. Quais espíritos puros criados a fé nos faz conhecer?
A fé nos faz conhecer os bons espíritos puros, que são os anjos, e os maus, que são os demônios.
57. Quem são os anjos?
Os Anjos são os ministros invisíveis de Deus, e também nossos Guardiões, tendo Deus confiado cada homem a um deles.
58. Temos deveres para com os Anjos?
Para com os Anjos, temos o dever de veneração; e para com o anjo da guarda temos também o de lhe agradecer, de ouvir as suas inspirações e nunca ofender a sua presença com o pecado.
59. Quem são os demônios?
Demônios são anjos que se rebelaram contra Deus por orgulho e precipitaram-se no inferno, os quais, por ódio a Deus, tentam o homem para o mal.
60. Quem é o homem?
O homem é um ser racional, feito de alma e corpo.
61. O que é a alma? A alma é a parte espiritual do homem, para a qual ele vive, entende e é livre e, portanto, capaz de conhecer, amar e servir a Deus.
62. A alma do homem morre com o corpo?
A alma do homem não morre com o corpo, mas vive para sempre, sendo espiritual.
63. Que cuidado devemos ter com a alma?
Devemos ter o máximo cuidado com a alma, porque é a melhor e imortal parte em nós, e somente salvando a alma seremos eternamente felizes.
64. Como o homem é livre?
O homem é livre na medida em que pode fazer uma coisa e não fazer, ou fazer uma coisa em vez de outra, conforme nos sentimos bem com nós mesmos.
65. Se o homem é livre, ele também pode fazer o mal?
O homem pode, isto é, ele também é capaz de fazer o mal; mas ele não deve fazer isso, precisamente porque é ruim; e a liberdade deve ser usada apenas para o bem.
66. Quem foram os primeiros homens?
Os primeiros homens foram Adão e Eva, criados imediatamente por Deus; todos os outros descendem deles, que são, portanto, chamados de progenitores dos homens.
67. O homem foi criado tão fraco e miserável como agora?
O homem não foi criado fraco e miserável como agora, mas em um estado feliz, com destino e dons superiores à natureza humana.
68. Qual destino Deus tinha dado ao homem?
O homem teve de Deus o altíssimo destino de vê-lo e gozar eternamente dEle, o Bem infinito; e porque este é totalmente superior à capacidade da natureza, ele tinha juntos, para alcançá-la, um poder sobrenatural que é chamado de graça.
69. Além da graça, o que mais Deus deu ao homem?
Além da graça, Deus havia dispensado o homem das fraquezas e misérias da vida e da necessidade de morrer, desde que não pecasse, como infelizmente fez Adão, a cabeça da humanidade, provando o fruto proibido.
70. Qual foi o pecado de Adão?
O pecado de Adão foi um grave pecado de orgulho e desobediência.
71. Que dano o pecado de Adão causou?
O pecado de Adão despojou a ele e a todos os homens da graça e de todos os outros dons sobrenaturais, tornando-os sujeitos ao pecado, o diabo, a morte, a ignorância, as inclinações do mal e todas as outras misérias, e excluindo-os do paraíso.
72. Qual é o nome do pecado ao qual Adão sujeitou os homens com sua culpa?
O pecado a que Adão sujeitou os homens com sua culpa, é chamado de original, porque, cometido no início da humanidade, é transmitido com a natureza a todos os homens em sua origem.
73. Em que consiste o pecado original?
O pecado original consiste na privação da graça original, que segundo a disposição de Deus deveríamos ter, mas não temos, porque a cabeça da humanidade com sua desobediência privou a si mesmo e a todos nós, seus descendentes.
74. Como é que o pecado original é "voluntário" e, portanto, nossa culpa? O pecado original é voluntário e, portanto, uma falha para nós, apenas porque Adão o cometeu voluntariamente como cabeça da humanidade; e, portanto, Deus não pune, mas simplesmente não recompensa com o Paraíso aqueles que têm apenas o pecado original.
75. Deveria o homem, por causa do pecado original, permanecer para sempre excluído do paraíso? O homem, por causa do pecado original, teve que ficar para sempre excluído do céu, se Deus, para salvá-lo, não tivesse prometido e enviado seu próprio Filho, isto é, Jesus Cristo, do céu.
Capítulo IV: Encarnação, Paixão e Morte do Filho de Deus
76. Como o Filho de Deus se tornou homem?
O Filho de Deus fez-se homem, tomando corpo e alma, como nós, no ventre puríssimo da Virgem Maria, pela obra do Espírito Santo.
77. O Filho de Deus, tornando-se homem, deixou de ser Deus?
O Filho de Deus, ao se fazer homem, não deixou de ser Deus, mas, permanecendo verdadeiro Deus, também passou a ser verdadeiro homem.
78. Existem duas naturezas em Jesus Cristo?
Em Jesus Cristo existem duas naturezas: a natureza divina e a natureza humana.
79. Em Jesus Cristo com as duas naturezas, eles também são duas pessoas?
Em Jesus Cristo com as duas naturezas, eles não são duas pessoas, mas uma, a divina do Filho de Deus.
80. Como Jesus Cristo foi conhecido como o Filho de Deus?
Jesus Cristo era conhecido como o Filho de Deus, porque Deus Pai assim o proclamou no Batismo e na Transfiguração, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" *; e porque o próprio Jesus se declarou como tal na sua vida terrena. * Mt. III, 17; Lc. IX, 35
81. Jesus Cristo sempre foi Deus?
Jesus Cristo sempre foi Deus; como homem, ele começou a ser a partir do momento da Encarnação.
82. De quem nasceu Jesus Cristo?
Jesus Cristo nasceu da sempre Virgem Maria, que por isso é chamada e é a verdadeira Mãe de Deus.
83. Não era São José o pai de Jesus Cristo?
São José não foi o verdadeiro pai de Jesus Cristo, mas um pai adotivo; isto é, como marido de Maria e guardião dele, acreditava-se que ele era seu pai sem ser tal.
84. Onde nasceu Jesus Cristo?
Jesus Cristo nasceu em Belém, em um estábulo, e foi colocado em uma manjedoura.
85. Por que Jesus Cristo queria ser pobre?
Jesus Cristo queria ser pobre, para nos ensinar a ser humildes e não colocar a felicidade nas riquezas, honras e prazeres do mundo.
86. O que Jesus Cristo fez em sua vida terrena?
Jesus Cristo, em sua vida terrena, nos ensinou pelo exemplo e pela palavra a viver de acordo com Deus, e confirmou sua doutrina com milagres; finalmente, para apagar o pecado, reconciliar-nos com Deus e reabrir o céu para nós, ele se sacrificou na Cruz, "o único Mediador entre Deus e os homens"
87. O que é um milagre?
O milagre é um fato sensível, superior a todas as forças e leis da natureza e, portanto, tal que só pode vir de Deus, Mestre da natureza.
88. Por que milagres especialmente, Jesus Cristo confirmou sua doutrina e provou que ele é o verdadeiro Deus?
Jesus Cristo confirmou sua doutrina e provou ser o verdadeiro Deus, especialmente dando a visão para cegos, audição para surdos, fala para mudos, saúde para todos os tipos de enfermos, vida para os mortos; com o domínio dos demônios e das forças da natureza como mestre, e acima de tudo com sua ressurreição dos mortos.
89. Jesus Cristo morreu como Deus ou como um homem?
Jesus Cristo morreu como homem porque, como Deus, ele não podia sofrer nem morrer.
90. Após a morte, o que aconteceu com Jesus Cristo?
Após sua morte, Jesus Cristo desceu com sua alma ao Limbo, das almas dos justos mortos até então, para levá-los consigo para o céu; então ele se levantou novamente, recuperando seu corpo que havia sido enterrado.
91. Por quanto tempo o corpo de Jesus Cristo foi enterrado?
O corpo de Jesus Cristo foi sepultado por três dias não inteiros, desde a noite de sexta-feira até o amanhecer do dia que agora é chamado de Domingo de Páscoa.
92. O que Jesus Cristo fez após sua ressurreição?
Jesus Cristo, depois de sua ressurreição, permaneceu na terra quarenta dias; então ele ascendeu ao céu, onde está sentado à direita de Deus Pai TodoPoderoso.
93. Por que Jesus Cristo, após sua ressurreição, ficou na Terra quarenta dias?
Jesus Cristo, depois de sua ressurreição, permaneceu na terra quarenta dias para mostrar que havia realmente ressuscitado, para confirmar os discípulos na fé nele e para instruí-los mais profundamente em sua doutrina.
94. Agora Jesus Cristo está sozinho no céu?
Agora Jesus Cristo não está apenas no céu, mas como Deus está em toda parte, e como Deus e homem, ele está no céu e no Santíssimo Sacramento do altar.
Capítulo V: A segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e os dois juízos, particular e universal
95. Será que algum dia Jesus Cristo voltará visivelmente a esta terra? Jesus Cristo voltará visivelmente a esta terra no fim do mundo para julgar os vivos e os mortos, ou seja, todos os homens, bons e maus.
96. Jesus Cristo vai esperar até o fim do mundo para nos julgar? Jesus Cristo não vai esperar até o fim do mundo para nos julgar, mas julgará a cada um imediatamente após a morte.
97. Existem dois julgamentos? Existem dois julgamentos: um particular, de cada alma, imediatamente após a morte; o outro universal, de todos os homens, no fim do mundo.
98. Pelo que Jesus Cristo nos julgará? Jesus Cristo nos julgará pelo bem e pelo mal feito na vida, até mesmo pelos pensamentos e omissões.
99. Após o julgamento particular, o que acontece com a alma? Após o julgamento particular, a alma, se estiver sem pecado e sem dívida de punição, vai para o céu; se ele tem algum pecado venial ou qualquer dívida de punição, ele vai para o purgatório até que esteja satisfeito; se ele está em pecado mortal, como um rebelde inconversível a Deus vai para o inferno.
100. Para onde vão as crianças que morrem sem batismo? Crianças que morrem sem Batismo vão para o Limbo, onde não há recompensa ou punição sobrenatural; porque, tendo pecado original, e só isso, eles não merecem o céu, mas também não merecem o inferno e o purgatório.
101. O que é purgatório? O purgatório é o sofrimento temporário da privação de Deus e de outras dores que tiram da alma todo o resto do pecado para torná-la digna de ver Deus.
102. Podemos ajudar e também libertar as almas das dores do purgatório? Podemos ajudar e também libertar as almas das dores do purgatório com sufrágios, isto é, com orações, indulgências, esmolas e outras boas obras, e sobretudo com a Santa Missa.
103. É certo que existe céu e inferno? É certo que existe céu e inferno: Deus o revelou; muitas vezes prometendo vida eterna para os bons e sua própria alegria, e ameaçando a perdição e o fogo eterno para os maus.
104. Quanto tempo vão durar o céu e o inferno? O céu e o inferno durarão para sempre.
Capítulo VI: A Igreja Católica e a Comunhão dos Santos
105. O que é a Igreja?
A Igreja é a sociedade dos verdadeiros cristãos, isto é, dos batizados que professam a fé e a doutrina de Jesus Cristo, participam nos seus sacramentos e obedecem aos Pastores por ele instituídos.
106. Por quem foi fundada a Igreja?
A Igreja foi fundada por Jesus Cristo, que reuniu os seus fiéis numa sociedade, submeteu-a aos Apóstolos tendo por cabeça São Pedro e deu-lhe o sacrifício, os sacramentos e o Espírito Santo que a vivifica.
107. O que é a Igreja de Jesus Cristo?
A Igreja de Jesus Cristo é a Igreja Católica Romana, porque só ela é una, santa, católica e apostólica como ele a queria, e porque Ele a fundou.
108. Por que a Igreja é una?
A Igreja é una, porque todos os seus membros tiveram, tiveram e sempre terão uma fé, sacrifício, sacramentos e a cabeça visível, o Romano Pontífice, sucessor de São Pedro, formando assim todos um só corpo, o corpo místico de Jesus Cristo.
109. Por que a Igreja é santa?
A Igreja é santa porque Jesus Cristo, a sua cabeça invisível, e o Espírito que a vivifica é santo; porque em sua doutrina, o sacrifício e os sacramentos são santos, e todos são chamados a se santificar; e porque muitos realmente eram santos, são e serão.
110. Por que a Igreja é Católica?
A Igreja é católica que é universal, porque é instituída e adequada a todos os homens e difundida por toda a terra.
111. Por que a Igreja é apostólica?
A Igreja é apostólica porque se funda nos Apóstolos e na sua pregação, e é governada pelos seus sucessores, os legítimos Pastores, que sem interrupção e sem alteração continuam a transmitir doutrina e poder.
112. Quem são os legítimos Pastores da Igreja?
Os legítimos Pastores da Igreja são o Papa ou Sumo Pontífice e os Bispos unidos a ele.
113. Quem é o Papa?
O Papa é o sucessor de São Pedro na sé de Roma e no primado, isto é, no apostolado e episcopado universal; portanto, a cabeça visível, Vigário de Jesus Cristo cabeça invisível, de toda a Igreja, que por isso é chamada de Católica Romana.
114. O que constituem o Papa e os bispos unidos a ele?
O Papa e os Bispos a ele unidos constituem a Igreja docente, assim chamada porque tem de Jesus Cristo a missão de ensinar as verdades e as leis divinas a todos os homens, que só dela recebem o conhecimento pleno e seguro de que é necessário para viver uma maneira cristã.
115. Pode a Igreja docente errar ao nos ensinar as verdades reveladas por Deus?
A Igreja docente não pode errar ao ensinar-nos as verdades reveladas por Deus: ela é infalível, porque, como prometeu Jesus Cristo, «o Espírito da verdade» * a assiste constantemente. * Jo, XV, 26
116. Só o Papa pode errar ao nos ensinar as verdades reveladas por Deus?
O Papa, sozinho, não pode errar ao nos ensinar as verdades reveladas por Deus, ou seja, ele é infalível como a Igreja, quando como Pastor e Mestre de todos os cristãos, define doutrinas sobre fé e costumes.
117. Pode qualquer outra Igreja, fora da Católica Romana, ser a Igreja de Jesus Cristo, ou pelo menos parte dela?
Nenhuma Igreja, fora da Igreja Católica Romana, pode ser Igreja de Jesus Cristo ou parte dela, porque não pode ter junto com ela as qualidades distintivas singulares, una, santa, católica e apostólica; como de fato nenhuma das outras Igrejas que se dizem cristãs os tem.
118. Por que Jesus Cristo estabeleceu a Igreja?
Jesus Cristo instituiu a Igreja para que os homens encontrassem nela o guia seguro e os meios de santidade e saúde eterna.
119. Quais são os meios de santidade e saúde eterna que se encontram na Igreja?
Os meios de santidade e saúde eterna que se encontram na Igreja são a verdadeira fé, o Sacrifício da Santa Missa e os sacramentos, e ajudas espirituais mútuas, como oração, conselho, exemplo.
120. Os meios de santidade e saúde eterna são comuns a todos os homens?
Os meios de santidade e saúde eterna são comuns a todos os homens que pertencem à Igreja, isto é, aos fiéis, que nos escritos apostólicos são chamados de santos; portanto, sua união e participação nesses meios é uma comunhão dos santos nas coisas sagradas.
121. Por que os fiéis que estão na Igreja são chamados de santos?
Os fiéis que estão na Igreja são chamados santos, porque são consagrados a Deus, justificados ou santificados pelos sacramentos e obrigados a viver como santos.
122. O que significa "comunhão dos santos"?
A comunhão dos santos significa que todos os fiéis, formando um só corpo em Jesus Cristo, aproveitam todo o bem que é e se faz no próprio corpo, ou seja, na Igreja universal, desde que não sejam impedidos pela afeição ao pecado.
123. Os bem-aventurados no Paraíso e as almas no purgatório estão na comunhão dos santos?
Os bem-aventurados no paraíso e as almas no purgatório também estão na comunhão dos santos, porque unidos entre si e conosco pela caridade, recebem uma a nossa oração e os outros nossos sufrágios, e você eles nos retribuem com sua intercessão com Deus.
124. Quem está fora da comunhão dos santos?
Aqueles que estão fora da Igreja, ou seja, os condenados, os infiéis, os judeus, os hereges, os apóstatas, os cismáticos e os excomungados, estão fora da comunhão dos santos.
125. Quem são os infiéis?
Os infiéis são os não batizados que não acreditam de forma alguma no Salvador prometido, ou seja, no Messias ou em Cristo, como os idólatras e os maometanos.
126. Quem são os judeus?
Os judeus são os não batizados que professam a lei de Moisés e não acreditam que Jesus seja o Messias ou o Cristo prometido.
127. Quem são os hereges?
Os hereges são os batizados que persistem em não crer em alguma verdade revelada dada por Deus e ensinada pela Igreja, por exemplo, os protestantes.
128. Quem são os apóstatas?
Os apóstatas são os batizados que negam, com um ato externo, a fé católica já professada.
129. Quem são os cismáticos?
Os cismáticos são os batizados que se recusam obstinadamente a submeterse aos legítimos Pastores e, por isso, estão separados da Igreja, mesmo que não neguem qualquer verdade da fé.
130. Quem são os excomungados?
Os excomungados são os batizados excluídos da comunhão da Igreja por pecados gravíssimos, para que não pervertam os outros e sejam punidos e corrigidos com este remédio extremo.
131. É um dano sério estar fora da Igreja?
Estar fora da Igreja é um dano gravíssimo, porque fora não há nem os meios estabelecidos nem o guia seguro para a saúde eterna, que para o homem é a única coisa realmente necessária.
132. Quem está fora da Igreja é salvo?
Quem está fora da Igreja por sua própria culpa e morre sem dor perfeita, não é salvo; mas quem se encontra sem culpas e vive bem, pode salvar-se com o amor da caridade, que se une a Deus e, em espírito, também à Igreja, isto é, à sua alma.
Capítulo VII: O Pecado
133. O que significa "remissão de pecados"?
A remissão de pecados significa que Jesus Cristo deu aos apóstolos e seus sucessores o poder de remir todos os pecados para a Igreja.
134. Como os pecados são remidos na Igreja?
Na Igreja, os pecados são redimidos principalmente com os sacramentos do Batismo e da Penitência, instituídos por Jesus Cristo para este propósito.
135. O que é pecado?
O pecado é uma ofensa a Deus por desobedecer a sua lei.
136. De quantos tipos é o pecado?
O pecado é de dois tipos: original e atual.
137. Qual é o pecado original?
O pecado original é o pecado que a humanidade cometeu em Adão, como cabeça da mesma; e que desde Adão todo homem se contrai por descendência natural.
138. Entre os filhos de Adão, mais alguém foi preservado do pecado original?
Entre os filhos de Adão, apenas Maria Santíssima foi preservada do pecado original, que, por ter sido eleita Mãe de Deus, era "cheia de graça" * e, portanto, sem pecado desde o primeiro momento; por isso a Igreja celebra a Imaculada Conceição. * Lucas I, 28.
139. Como o pecado original é perdoado?
O pecado original é perdoado com o santo Batismo.
140\ . Qual é o pecado real?
Pecado real é aquele que é cometido voluntariamente por aquele que tem o uso da razão.
141. De quantas maneiras o pecado real é cometido?
O pecado real é cometido de quatro maneiras: pensamentos, palavras, atos e omissões.
142. Quantos tipos é o pecado real?
O pecado real é de dois tipos: mortal e venial.
143. O que é pecado mortal?
O pecado mortal é uma desobediência séria à lei de Deus, feita com total advertência e consentimento deliberado.
144. Por que o pecado grave é chamado de mortal?
O pecado grave é chamado mortal, porque priva a alma da graça divina que é sua vida, tira seus méritos e a capacidade de fazer boas obras, e a torna digna de punição ou morte eterna no inferno.
145. Se o pecado mortal torna o homem incapaz de merecer o Céu, então é inútil para o pecador fazer boas obras?
Não é inútil para o pecador fazer boas obras, na verdade ele deve fazê-las, tanto para não piorar por omiti-las e cair em novos pecados, quanto para estar disposto com eles de alguma forma, para a conversão e a recuperação de Graça de Deus.
146. Como você recupera a graça de Deus, perdida por causa do pecado mortal?
A graça de Deus, perdida pelo pecado mortal, é recuperada com uma boa confissão sacramental ou com a dor perfeita que livra dos pecados, em caso de impossibilidade de receber o sacramento, embora permaneça a obrigação de confessá-los na primeira oportunidade.
147. Junto com a graça, os méritos perdidos pelo pecado mortal também são recuperados?
Junto com a graça, pela suprema misericórdia de Deus, os méritos perdidos pelo pecado mortal também são recuperados.
148 . O que é pecado venial?
O pecado venial é uma desobediência à lei de Deus em uma coisa leve, ou mesmo em uma coisa em si séria, mas sem toda a advertência e consentimento.
149. Por que um pecado grave não é chamado venial?
O pecado pouco grave é chamado de venial, ou seja, perdoável, porque não tira a graça, e pode ser perdoado com arrependimento e boas obras, mesmo sem confissão sacramental.
150. O pecado venial faz mal à alma?
O pecado venial é prejudicial à alma, porque a esfria no amor de Deus, a dispõe para o pecado mortal e a torna digna de castigos temporários nesta vida e na próxima.
151. Todos os pecados são iguais?
Os pecados não são todos iguais; e assim como alguns pecados veniais são menos leves do que outros, também alguns pecados mortais são mais graves e fatais.
152. Entre os pecados mortais, quais são os mais graves e fatais?
Entre os pecados mortais estão os pecados mais graves e fatais contra o Espírito Santo e aqueles que clamam a Deus por vingança*. * Fórmulas 24 e 25.
153. Por que os pecados contra o Espírito Santo são os mais sérios e fatais?
Os pecados contra o Espírito Santo são os mais graves e fatais, porque com eles o homem se opõe aos dons espirituais da verdade e da graça e, portanto, mesmo podendo fazê-lo, é difícil se converter.
154. Os pecados que clamam por vingança a Deus, por que são os mais graves e fatais?
Os pecados que clamam por vingança aos olhos de Deus, são os mais graves e fatais, porque são diretamente contrários ao bem da humanidade e os mais odiosos, tanto que causam, mais do que outros, os castigos de Deus.
155. O que particularmente nos ajuda a evitar o pecado?
Para nos afastar do pecado, é particularmente útil pensar que Deus está em toda parte e vê o segredo dos corações e a consideração dos quatro Novíssimos *, que é o que nos espera no fim desta vida e no fim do mundo. *Fórmula 26.
Capítulo VIII: A ressurreição da carne e a Vida Eterna, Amém
156. O que nos espera no final desta vida?
No final desta vida, as dores e a realidade da morte, e o julgamento particular nos aguardam.
157. O que nos espera no fim do mundo?
No fim do mundo, a ressurreição do corpo e o julgamento universal nos aguardam.
158. O que significa "ressurreição da carne"?
A ressurreição da carne significa que nosso corpo, em virtude de Deus, será recomposto e reunido à alma para participar, na vida eterna, da recompensa ou castigo que merece.
159. O que significa "vida eterna"?
Vida eterna significa que a recompensa, como a pena, durará para sempre, e que a visão de Deus será a verdadeira vida e felicidade da alma, enquanto a privação dEle será a maior infelicidade e como uma morte eterna.
160. O que significa a palavra "Amém"?
A palavra Amém realmente significa, assim é, e assim seja; e com ela confirmamos que tudo o que confessamos no Credo é verdade, e desejamos a remissão dos pecados, a ressurreição para a glória e a vida eterna em Deus.
Oremos
Dá, ó Senhor, aos teus filhos a constância e sinceridade da fé em ti, à qual firmes no amor divino, nunca são desenraizados por qualquer tentação da integridade nele. Nós imploramos por seu Filho Jesus Cristo, etc.
Postcommunio 34 entre as diferentes orações do Missal
Segunda Parte: os mandamentos e preceitos de virtude e moral da Fé Cristã
Capítulo I: Os Mandamentos da Lei de Deus
161. Quais são os mandamentos de Deus?
Os mandamentos de. Deus ou Decálogo são as leis morais que Deus no Antigo Testamento deu a Moisés no Monte Sinai, e Jesus Cristo aperfeiçoou no Novo.
162. O que o Decálogo nos impõe?
O Decálogo impõe-nos os mais estritos deveres da natureza para com Deus, conosco e com o próximo, assim como os demais deveres que dele decorrem, por exemplo, os do próprio estado.
163. A que se reduzem os nossos deveres para com Deus e o próximo?
Nossos deveres para com Deus e para com o próximo reduzem-se à caridade, isto é, ao "primeiro e maior mandamento" do amor de Deus e ao "semelhante" do amor ao próximo: "sobre estes dois mandamentos, disse Jesus Cristo: tudo depende da Lei e dos Profetas " * Matt., XXII, 38 40; Fórmula 14.
164. Por que o mandamento do amor de Deus é o maior mandamento?
O mandamento do amor de Deus é o maior mandamento, porque quem o observa, amando a Deus com toda a sua alma, certamente observa todos os outros mandamentos.
165. Os mandamentos de Deus podem ser guardados?
Os mandamentos de Deus podem ser observados todos e sempre, mesmo nas mais fortes tentações, com a graça que Deus nunca nega a quem o invoca de coração.
166. Somos obrigados a guardar os mandamentos de Deus?
Somos obrigados a observar os mandamentos de Deus, porque são impostos por Ele, nosso Mestre supremo, e ditados pela natureza e pela sã razão.
167. Quem transgride os mandamentos de Deus, peca seriamente?
Qualquer um que transgrida deliberadamente até mesmo um dos mandamentos de Deus em assuntos graves peca gravemente contra Deus e, portanto, merece o inferno.
168. O que deve ser anotado nos mandamentos? Nos mandamentos deve-se observar o que é ordenado e o que é proibido.
Primeiro Mandamento
169. O que o primeiro mandamento nos ordena: “Amar a Deus sobre todas as coisas”?
O primeiro mandamento nos manda ser religiosos, isto é, acreditar em Deus e amá-lo, adorá-lo e servi-lo como o único Deus verdadeiro, Criador e Senhor de tudo.
170. O que nos proíbe o primeiro mandamento?
O primeiro mandamento nos proíbe impiedade, superstição, irreligiosidade; também apostasia, heresia, dúvida intencional e ignorância culpada das verdades da fé.
171. O que é impiedade?
Impiedade é a rejeição de toda adoração a Deus.
172. O que é superstição?
Superstição é o culto divino ou latria dado a quem não é Deus, ou mesmo a Deus, mas de forma inconveniente: portanto, idolatria ou culto a falsas divindades (Buda, Zeus, Odin) e criaturas; recorrer ao demônio, aos espíritos (espiritismo, umbanda) e a todos os meios suspeitos (horóscopos) para obter coisas que são humanamente impossíveis; o uso de ritos inapropriados, vãos ou proibidos pela Igreja.
173. O que é irreligiosidade?
Irreligiosidade é a irreverência para com Deus e as coisas divinas, como a tentação de Deus, o sacrilégio ou a profanação de uma pessoa ou coisa sagrada, a simonia ou a compra e venda de coisas espirituais ou ligadas a espirituais.
174. Se o culto das criaturas é superstição, como o culto católico de anjos e santos não é superstição?
O culto católico de anjos e santos não é superstição, porque não é culto divino ou adoração devida apenas a Deus: não os adoramos como Deus (latria), mas os veneramos como amigos de Deus e pelos dons que têm dEle (dulia), portanto, para a honra do próprio Deus, que faz maravilhas nos anjos e santos.
175. Quem são os santos?
Santos são aqueles que, praticando heroicamente as virtudes segundo os ensinamentos e exemplos de Jesus Cristo, mereceram glória especial no céu e também na terra, onde, pela autoridade da Igreja, são publicamente honrados e invocados.
176. Por que também veneramos o corpo dos santos?
Também veneramos o corpo dos santos, porque lhes serviu para exercer virtudes heroicas, foi certamente um templo do Espírito Santo, e irá ressuscitar gloriosamente para a vida eterna.
177. Por que veneramos até mesmo as menores relíquias e imagens dos santos?
Também veneramos as menores relíquias e imagens dos Santos para sua memória e honra, referindo-se a todos eles a veneração, bem diferente dos idólatras, que prestam culto divino às imagens ou ídolos.
178. Deus no Antigo Testamento não proibia estritamente as imagens?
Deus no Antigo Testamento proibia estritamente a adoração de imagens, na verdade quase todas as imagens, como a próxima ocasião de idolatria para os judeus, que viviam entre idólatras e eram muito inclinados à superstição.
Segundo Mandamento
179. O que nos proíbe o segundo mandamento "Não levantar seu Santo Nome em vão"?
O segundo mandamento nos proíbe de desonrar o nome de Deus: portanto, nomeá-lo sem respeito; blasfemar de Deus, da Santíssima Virgem, dos Santos e das coisas sagradas; para fazer juramentos falsos, desnecessários ou de qualquer forma ilegais.
180. O que é o juramento?
O juramento é chamar Deus como testemunha do que é afirmado ou prometido; portanto, quem jura o mal e perjura, ofende totalmente a Deus, que é Santidade e Verdade.
181. A blasfêmia é um grande pecado?
A blasfêmia é um grande pecado, porque é um insulto e zombaria de Deus ou de seus santos, e muitas vezes também uma heresia horrível.
182. O que o segundo mandamento nos ordena?
O segundo mandamento nos ordena que sempre tenhamos reverência pelo santo nome de Deus e cumpramos os votos e promessas juramentadas.
183. O que é o voto? O voto é a promessa feita a Deus de algum bem que O agrade, ao qual somos obrigados pela religião.
Terceiro Mandamento
184. O que o terceiro mandamento "guardar domingos e festas" nos ordena?
O terceiro mandamento nos ordena que honremos a Deus nos dias de festa com atos de culto externo, dos quais para os cristãos o essencial é a Santa Missa.
185. Por que temos que fazer atos de adoração externa? Não é suficiente adorar a Deus, que é Espírito, internamente no coração?
Não basta adorar a Deus internamente no coração, mas devemos também prestar-lhe a adoração externa ordenada, porque estamos sujeitos a Deus em todo o nosso ser, alma e corpo, e devemos dar um bom exemplo; e também porque de outra forma o espírito religioso se perde.
186. O que nos proíbe o terceiro mandamento?
O terceiro mandamento nos proíbe as obras servis em dias de festa.
187. Quais são as obras consideradas servis?
As obras manuais de artesãos e operários são chamadas de obras servis.
188. As obras servis são proibidas em dias de festa? Em dias de festa, todas as obras servis não necessárias para a vida e serviço de Deus, e não justificadas pela piedade ou outra razão grave, são proibidas.
189. Como é conveniente ocupar os dias de festa?
É melhor ocupar os dias de festa para o bem da alma, assistindo a Santa Missa, ao sermão e ao catecismo, e fazendo um bom trabalho; e também no descanso do corpo, longe de qualquer vício e dissipação.
Quarto Mandamento
190. O que o quarto mandamento nos ordena "honrar pai e mãe"?
O quarto mandamento nos manda amar, respeitar e obedecer nossos pais e quem tem autoridade sobre nós, ou seja, nossos superiores em autoridade.
191. O que nos proíbe o quarto mandamento?
O quarto mandamento nos proíbe de ofender pais e superiores em autoridade e de desobedecê-los.
192. Por que devemos obedecer aos superiores em autoridade? Devemos obedecer aos superiores em autoridade porque “não há poder exceto de Deus”, portanto, quem resiste ao poder resiste à ordem de Deus" * Rm., XIII, 1, a.
Quinto Mandamento
193. O que o quinto mandamento "Não matarás" nos proíbe?
O quinto mandamento nos proíbe de prejudicar a vida natural e espiritual de nossos vizinhos e a nossa; portanto, nos proíbe assassinato, suicídio, duelo, feridas, espancamentos, insultos, imprecações e escândalos.
194. Por que o suicídio é um pecado?
O suicídio é um pecado, como o homicídio, porque só Deus é o dono da nossa vida, assim como a do nosso próximo: além disso, é um pecado de desespero que, aliás, tira a possibilidade de arrependimento e de ser salvo com vida.
195. A Igreja estabeleceu penas para o suicídio?
A Igreja estabeleceu a privação de sepultamento eclesiástico contra o suicida responsável pelo ato praticado. (CIC § 1240)
196. Por que o duelo é um pecado?
O duelo é um pecado, porque é sempre uma tentativa de homicídio e, também, quase de suicídio, feito por vingança privada, em desacato à lei e à justiça pública; além disso, porque com ela a decisão do certo e do errado é tolamente deixada para a força, destreza e acaso.
197. A Igreja estabeleceu penalidades contra os duelistas?
A Igreja estabeleceu a excomunhão contra os duelistas e contra qualquer pessoa que participe voluntariamente do duelo.
198. O que é escândalo?
O escândalo é dar ao seu vizinho, com qualquer má ação, a oportunidade de pecar.
199. O escândalo é um pecado grave?
O escândalo é um pecado gravíssimo, e Deus pedirá uma explicação do mal que ele permite que outros cometam com excitações pérfidas e maus exemplos: "ai daquele a quem vem o escândalo". * 'Mt, XVIII, 7.
200. O que o quinto mandamento nos ordena?
O quinto mandamento nos manda amar a todos, até mesmo nossos inimigos, e reparar o dano físico e espiritual feito ao nosso próximo.
Sexto Mandamento
201. O que o sexto mandamento nos proíbe de "Não pecar contra a castidade"?
O sexto mandamento nos proíbe de toda impureza: portanto, ações, palavras, olhares, livros, imagens, espetáculos imorais.
202. O que o sexto mandamento nos ordena?
O sexto mandamento nos ordena que sejamos "santos no corpo", levando o maior respeito à própria pessoa e aos demais, como obras de Deus e templos onde ele habita com presença e graça.
Sétimo Mandamento
203. O que o sétimo mandamento nos proíbe de "não roubar"?
O sétimo mandamento nos proíbe de prejudicar outros em propriedade: portanto, ele proíbe roubo, avareza, usura e fraude em contratos e serviços, e emprestar nossa mão para esses danos.
204. O que o sétimo mandamento nos ordena?
O sétimo mandamento manda devolver a propriedade alheia, reparar o dano causado pela falta, pagar as dívidas e os salários justos aos trabalhadores.
205. Quem, podendo, não retribui nem repara, obterá o perdão?
Quem, podendo, não retribui nem repara, não obterá o perdão, ainda que com palavras se declare arrependido.
Oitavo Mandamento
206. O que nos proíbe o oitavo mandamento "Não levantar falso testemunho"?
O oitavo mandamento nos proíbe toda a falsidade e o dano injusto à reputação dos outros: portanto, além do falso testemunho, calúnia, mentira, dedução ou murmuração, lisonja, julgamento e juízo temerário.
207. O que o oitavo mandamento nos ordena?
O oitavo mandamento nos ordena falar a verdade no tempo e no lugar, e interpretar corretamente, se possível, as ações dos outros.
208. Quem prejudicou seu próximo em bom nome, acusando-o falsamente ou envergonhando-o, o que ele é obrigado a fazer?
Quem prejudicou o próximo em bom nome, acusando-o falsamente ou fazendo-o de bobo, deve reparar, na medida do possível, o dano causado.
Nono Mandamento
209. O que o nono mandamento nos proíbe de "Não desejar a mulher do próximo"?
O nono mandamento de nos proíbe maus pensamentos e desejos.
210. O que o nono mandamento nos ordena?
O nono mandamento ordena-nos a perfeita pureza da alma e o maior respeito, mesmo no fundo do coração, pelo santuário da família.
Décimo Mandamento
211. O que nos proíbe o décimo mandamento "não cobiçar as coisas alheias"?
O décimo mandamento nos proíbe a ganância desenfreada das riquezas, independentemente dos direitos e do bem do próximo.
212. O que o décimo mandamento nos ordena?
O décimo mandamento nos ordena que sejamos justos e moderados no desejo de melhorar nossa condição, e que soframos com paciência as durezas e outras misérias permitidas pelo Senhor a nosso mérito, visto que devemos chegar ao reino de Deus por meio de muitas tribulações ” * At, XIV, 21.
Capítulo II: preceitos gerais da Igreja
213. Quais são os preceitos gerais da Igreja?
Os preceitos gerais da Igreja são leis pelas quais ela, aplicando os mandamentos de Deus, prescreve certos atos de religião e certas abstinências aos fiéis.
214. Como a Igreja tem autoridade para fazer leis e preceitos?
A Igreja tem autoridade para fazer leis e preceitos, porque os recebeu na pessoa dos Apóstolos de Jesus Cristo, o Homem-Deus; e, portanto, quem desobedece à Igreja desobedece ao próprio Deus.
215. Na Igreja quem pode fazer leis e preceitos?
Na Igreja o Papa e os Bispos podem fazer leis e preceitos como sucessores dos Apóstolos, aos quais Jesus Cristo disse: «Quem vos ouve, ouve-me; e quem te despreza, me despreza " * Lc, X, 16.
Primeiro Preceito
216. O que o primeiro preceito nos ordena "Ouvir Missa inteira aos domingos e festas de guarda"?
O primeiro preceito ordena-nos que assistamos com devoção à Santa Missa nesses dias, ou, se não há Missa, santificar o dia.
217. Quem não escuta missa nos dias de obrigação, comete um pecado grave?
Quem, sem impedimentos reais, não escuta a missa nos dias de obrigação, e não permite que seus empregados a ouçam, comete um grave pecado e não cumpre o mandamento divino de santificar as festas.
Segundo Preceito
218. O que nos ordena o segundo preceito "Confessar-se pelo menos uma vez por ano"?
O segundo preceito ordena que nos aproximemos da Penitência pelo menos uma vez por ano.
219. Por que a Igreja acrescenta a palavra "pelo menos" ao nos impor a confissão uma vez por ano?
A Igreja, ao impor que nos confessemos uma vez por ano, acrescenta a palavra pelo menos para nos lembrar da utilidade, na verdade a necessidade de receber esse sacramento com frequência, como é seu desejo.
Terceiro Preceito
220. O que nos ordena o terceiro preceito “comungar pelo menos uma vez ao ano, ao menos na páscoa da Ressurreição”?
Com as palavras do terceiro preceito, a Igreja obriga todos os cristãos que chegarem à idade da razão a receber todos os anos a Santíssima Eucaristia, durante o tempo pascal e em perigo de morte; e é bom que seja na própria paróquia.
221.Qual o tempo útil para satisfazer, no Brasil, o preceito da Comunhão Pascal?
No Brasil, o tempo útil para satisfazer o preceito da Comunhão Pascal vai do dia 2 de fevereiro, festa da Purificação de Nossa Senhora e da Apresentação do Menino Jesus no Templo, até o dia 16 de julho, comemoração de Nossa Senhora do Carmo.
222.Por que se diz que devemos comungar ao menos pela Páscoa?
Porque a Igreja deseja vivamente que não somente na Páscoa, mas com muita frequência, nos aproximemos da Sagrada Comunhão, que é o alimento divino das nossas almas.
Quarto Preceito
223. Que nos manda o quarto preceito da Igreja com as palavras jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja?
O quarto preceito da Igreja, manda-nos que jejuemos e nos abstenhamos de carne na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa; e que nos abstenhamos de carne em todas as sextas-feiras do ano.
224.Que nos proíbe a Santa Igreja nos dias de jejum e abstinência?
Quando a pessoa não está legitimamente dispensada, deve no dia de jejum e abstinência tornar uma só refeição plena, podendo fazer duas outras pequenas, uma pela manhã e outra à tarde, que evite grave dano, como, por exemplo, uma forte dor de cabeça. Nos dias de abstinência, proíbe o uso da carne e do caldo de carne.
225. Por que a Igreja quer que nos abstenhamos de comer carne a sexta-feira?
A fim de que façamos penitência todas as semanas, e sobretudo à sextafeira, em honra da Paixão de Jesus Cristo.
Quinto Preceito
226. Como se observa o quinto preceito da Igreja: pagar dízimos segundo o costume?
Observa-se o quinto preceito: pagar dízimos segundo o costume, pagando aquelas ofertas ou contribuições, que foram estabelecidas, para reconhecer o supremo domínio que Deus tem sobre todas as coisas, para sustentar os ministros do altar e as obras de Misericórdia promovidas pela Igreja.
Capítulo III: Virtudes
227. O que é virtude?
A virtude é uma disposição constante da alma para fazer o bem.
228. Quantos tipos de virtudes existem?
Existem dois tipos de virtudes: as virtudes naturais que adquirimos pela repetição de boas ações, tais como aquelas que são chamadas morais; e as virtudes sobrenaturais que não podemos adquirir ou mesmo exercer com nossas próprias forças, mas que nos são dadas por Deus, e são as virtudes próprias do cristão.
229. Quais são as virtudes próprias do cristão?
As virtudes próprias do cristão são as virtudes sobrenaturais e, sobretudo, a fé, a esperança e a caridade, ditas teológicas ou divinas, porque têm o próprio Deus por objeto e motivo.
230. Como recebemos e exercitamos as virtudes sobrenaturais?
Juntamente com a graça santificante, recebemos as virtudes sobrenaturais, pelos sacramentos ou pelo amor da caridade, e as exercitamos com as graças presentes dos bons pensamentos e das inspirações com que Deus nos move e nos ajuda em todo bom ato.
231. Qual é a mais excelente das virtudes sobrenaturais?
Entre as virtudes sobrenaturais a mais excelente é a caridade, porque ela é inseparável da graça santificadora, nos une intimamente a Deus e ao próximo, nos move à perfeita observância da Lei e a toda boa obra, e nunca cessará: nela reside a perfeição cristã.
Fé
232. O que é Fé?
A Fé é aquela virtude sobrenatural pela qual acreditamos, na autoridade de Deus, o que Ele revelou e nos propõe a acreditar por meio da Igreja.
233. O que Deus revelou e nos propôs acreditar por meio da Igreja, onde está guardado?
Aquilo que Deus nos revelou e nos propõe a acreditar por meio da Igreja está preservado na Sagrada Escritura e na Tradição.
234. O que é a Sagrada Escritura?
A Sagrada Escritura é a coleção de 73 livros escritos por inspiração de Deus no Antigo e no Novo Testamento, e recebidos pela Igreja como obra do próprio Deus.
235. O que é a tradição?
A tradição é o ensinamento de Jesus Cristo e dos apóstolos, falado em voz alta e transmitido pela Igreja a nós sem alteração.
236. Quem pode, com autoridade, nos fazer conhecer plenamente e no verdadeiro sentido as verdades contidas nas Escrituras e na Tradição?
Só a Igreja pode com autoridade fazer-nos conhecer plenamente e no verdadeiro sentido as verdades contidas na Escritura e na Tradição, porque só a ela Deus confiou o depósito da Fé e enviou o Espírito Santo que a assiste continuamente, para que ela não errar.
237. É suficiente acreditar em geral nas verdades reveladas por Deus?
Não basta acreditar em geral nas verdades reveladas por Deus, mas algumas, ou seja, a existência do Deus recompensador e os dois mistérios principais, também devem ser acreditadas com um ato expresso de fé.
Esperança
238. O que é esperança?
Esperança e aquela virtude sobrenatural pela qual confiamos em Deus e dele esperamos a vida eterna e as graças necessárias para merecê-la aqui embaixo com boas obras.
240. Por que razão esperamos de Deus a vida eterna e as graças necessárias para merecê-la?
Esperamos de Deus a vida eterna e as graças necessárias para merecê-la, porque Ele, infinitamente bom e fiel, nos prometeu pelos méritos de Jesus Cristo; portanto, quem desconfia ou se desespera o ofende muito.
Caridade
240. O que é caridade?
A caridade é aquela virtude sobrenatural pela qual amamos a Deus por si mesmo acima de tudo, e ao nosso próximo como a nós mesmos por amor de Deus.
241. Por que devemos amar a Deus?
Devemos amar a Deus por si mesmo, como o bem supremo, a fonte de todo o nosso bem; e, portanto, devemos também amá-lo acima de todas as coisas "com todo o nosso coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças" *. * Mc, XII, 30.
242. Por que devemos amar nosso próximo?
Devemos amar o nosso próximo por amor a Deus que nos comanda, e porque todo homem é criado à imagem de Deus, como nós, e é nosso irmão.
243. Somos obrigados a amar até mesmo nossos inimigos?
Somos obrigados a amar até os inimigos, perdoando as ofensas, porque também eles são nossos próximos e porque Jesus Cristo nos deu uma ordem expressa.
244. Quando devemos fazer atos de fé, esperança e caridade?
Devemos fazer atos de fé, esperança e caridade muitas vezes na vida, e especialmente quando temos tentações de vencer ou deveres cristãos importantes a cumprir, e nos perigos da morte.
245. É bom praticar frequentemente atos de fé, esperança e caridade?
É bom praticar frequentemente atos de fé, esperança e caridade, para preservar, aumentar e fortalecer as virtudes tão necessárias, que são como as partes vitais do "homem espiritual".
246. Como devemos fazer atos de fé, esperança e caridade?
Devemos fazer atos de fé, esperança e caridade com o coração, com a boca e com o trabalho, dando a prova disso em nossa conduta.
247. Como você dá prova de fé?
Dá-se a prova da fé confessando-a e defendendo-a, quando necessário, sem temor e sem respeito humano, e vivendo de acordo com as suas máximas: "A fé sem obras é morta" * Tg II, 26
248. Como você dá prova de esperança?
A pessoa dá prova de esperança por não se preocupar com as misérias e adversidades da vida, nem mesmo com as perseguições; mas vivendo resignado, seguro das promessas de Deus.
249. Como você dá prova de caridade?
A caridade se manifesta observando os mandamentos e exercendo as obras de misericórdia * e, se Deus chama, seguindo os conselhos evangélicos. * Fórmula 21 e 22
250. Quais são os conselhos evangélicos?
Os conselhos evangélicos são exortações que Jesus Cristo fez no Evangelho para uma vida mais perfeita, por meio da prática das virtudes não salvas.
251. Quais são os principais conselhos evangélicos?
Os principais conselhos evangélicos são: pobreza voluntária, castidade perpétua e obediência perfeita.
Virtudes morais e vícios
252. O que é virtude moral?
A virtude moral é o hábito de fazer o bem; comprado pela repetição de boas ações.
253. Quais são as principais virtudes morais?
As principais virtudes morais são: Religião que nos faz prestar o devido culto a Deus, e as quatro virtudes cardeais, prudência, justiça, fortaleza e temperança, que nos tornam honestos na vida.
254. Por que as virtudes cardeais são assim chamadas?
As virtudes cardeais são assim chamadas porque são a dobradiça, isto é, o suporte das outras virtudes morais.
255. O que é prudência?
A prudência é a virtude que direciona os atos para o devido fim, e faz com que os bons meios sejam discernidos e utilizados.
256. O que é justiça?
Justiça é a virtude que faz com que cada um dê o que lhe é devido.
257. O que é a fortaleza?
A fortaleza é a virtude que faz com que se enfrente qualquer dificuldade ou perigo sem medo e sem timidez, e até a morte, para o serviço de Deus e para o bem do próximo.
258. O que é temperança?
A temperança é a virtude que restringe as paixões e desejos, especialmente os sensuais, e modera o uso de bens sensíveis.
259. Quais são as paixões?
As paixões são emoções ou movimentos violentos da alma que, se não moderados pela razão, conduzem ao vício e muitas vezes até ao crime.
260. O que é vício?
O vício é o hábito de fazer o mal, adquirido pela repetição de atos malignos.
261. Quais são os principais defeitos?
Os principais vícios são os sete vícios mortais, * assim chamados porque são a cabeça e a origem dos outros vícios e pecados. * Fórmula 23
262. Quais são as virtudes que se opõem aos pecados capitais?
As virtudes opostas aos pecados capitais são: humildade, liberalidade, castidade, paciência, sobriedade, fraternidade e diligência no serviço a Deus.
263. Jesus Cristo recomendou alguma virtude moral em particular?
Jesus Cristo recomendou em particular algumas virtudes morais, chamando, nas oito bem-aventuranças evangélicas, bem-aventurado quem as exercer.
264. Diga as bem-aventuranças evangélicas.
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os mansos, pois eles herdarão a terra.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles receberão misericórdia.
Bem-aventurados os puros do coração, porque eles verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. * Mt V, 3-10
265. Por que Jesus Cristo, nas bem-aventuranças evangélicas, disse bem-aventurados, ao contrário da opinião do mundo, pessoas humildes e atribuladas?
Jesus Cristo, nas bem-aventuranças evangélicas, disse bem-aventurados, ao contrário da opinião do mundo, as pessoas humildes e atribuladas, porque terão uma recompensa especial de Deus; e ele nos ensinou o que imitá-los, sem prestar atenção às máximas enganosas do mundo.
266. Aqueles que seguem as máximas do mundo podem ser verdadeiramente felizes?
Quem segue as máximas do mundo não pode ser verdadeiramente feliz, porque não busca a Deus, seu Senhor e sua verdadeira felicidade; e, portanto, eles não têm paz de consciência e caminham para a perdição.
Oremos
Deus todo-poderoso e eterno, aumenta em nós a fé, a esperança e a caridade, e porque podemos merecer o que nos prometeste, amemos o que nos ordena (1). Providencie, ó Deus Todo-Poderoso, que sempre pensemos coisas razoáveis e, ao falar e trabalhar, façamos o que você quiser (2). Nós imploramos por seu Filho Jesus Cristo, etc.
(1) Oração do 13º domingo após o Pentecostes.
(2) Oração do 6º Domingo após a Epifania.
Terceira Parte: Os Meios da Graça - Seção I: Sacramentos ou Meios Produtivos
Capítulo I – Sacramentos em geral
267. O que são os sacramentos?
Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Jesus Cristo para nos santificar.
268. Por que os sacramentos são sinais eficazes da graça?
Os sacramentos são sinais de graça, porque com a parte sensível que possuem, significam ou indicam aquela graça invisível que conferem; e eles são sinais eficazes disso, porque ao significar a graça, eles realmente a conferem.
269. Que graça os sacramentos conferem?
Os sacramentos conferem graça santificadora e graça sacramental.
270. O que é graça santificadora?
A graça santificadora é aquele dom sobrenatural, inerente à nossa alma e, portanto, habitual, que nos torna santos, isto é, justos, amigos de Deus e filhos adotivos, irmãos de Jesus Cristo e herdeiros do céu.
271. O que é graça sacramental?
A graça sacramental é o direito às graças especiais necessárias para alcançar o fim adequado de cada sacramento.
272. Quem deu aos sacramentos a virtude de conferir graça?
Jesus Cristo, o Homem-Deus, deu aos sacramentos a virtude de conferir a graça, que ele mesmo nos mereceu com a sua paixão e morte.
273. Como os sacramentos nos santificam?
Os sacramentos nos santificam, ou dando-nos. a primeira graça santificadora que cancela o pecado, ou aumentando aquela graça que já possuímos.
274. Quais são os sacramentos que nos dão a primeira graça?
O Baptismo e a Penitência, que se chamam sacramentos dos mortos, dãonos a primeira graça, porque dão a vida da graça às almas que morreram pelo pecado.
275. Que sacramentos aumentam a graça para nós?
Somos aumentados pela Confirmação, Eucaristia, Extrema Unção, Ordens e Matrimônio, que são chamados sacramentos dos vivos, porque quem os recebe já deve viver espiritualmente pela graça de Deus.
276. Quem recebe o sacramento dos vivos sabendo que não está na graça de Deus, comete pecado?
Quem recebe o sacramento da vida sabendo que não está na graça de Deus, comete um grave pecado de sacrilégio, porque recebe indignamente uma coisa sagrada.
277. O que devemos fazer para preservar a graça dos sacramentos?
Para preservar a graça dos sacramentos devemos corresponder com a nossa própria ação, fazendo o bem e fugindo do mal.
278. Quais são os sacramentos mais necessários para ser salvo?
Os sacramentos mais necessários para a salvação são os sacramentos dos mortos, isto é, o Batismo e a Penitência, porque dão a primeira graça ou vida espiritual.
279. O batismo e a penitência são igualmente necessários?
O Baptismo e a Penitência não são igualmente necessários, porque o Baptismo é necessário para todos, todos nascendo com o pecado original; A penitência, por outro lado, é necessária para aqueles que, depois do Baptismo, perderam a graça ao pecar mortalmente.
280. Se o batismo é necessário para todos, ninguém pode ser salvo sem ele?
Sem o Batismo ninguém pode ser salvo, mas quando não se pode receber o Batismo de água, o Batismo de sangue, ou seja, o martírio sofrido por Jesus Cristo, ou o Batismo de desejo que é o amor à caridade, desejoso dos meios de saúde estabelecidos, é suficiente de Deus.
281. Quantas vezes os sacramentos podem ser recebidos?
Os sacramentos podem ser recebidos algumas vezes mais, outros apenas uma vez.
282. Quais são os sacramentos recebidos apenas uma vez?
O Baptismo, a Confirmação e a Ordem são recebidas apenas uma vez.
283. Por que o Batismo, a Confirmação e as Ordens são recebidos apenas uma vez?
O Baptismo, a Confirmação e as Ordens são recebidas apenas uma vez, porque marcam um carácter permanente na alma, conduzindo a uma consagração perpétua do homem a Jesus Cristo, que o distingue dos que não a possuem.
284. O que é o caráter?
O caráter é um sinal espiritual distinto que nunca apaga.
285. Que caráter o Batismo, a Confirmação e a Ordem imprimem na alma?
O batismo imprime na alma o caráter de um cristão; Confirmação de um soldado de Jesus Cristo; a Ordem de seu ministro.
286. Quantas coisas são necessárias para fazer um sacramento?
Três coisas são necessárias para fazer um sacramento: a matéria, a forma e o ministro, que tem a intenção de fazer o que a Igreja faz.
287. O que é a matéria do sacramento?
A matéria do sacramento é o elemento sensível que para isso é necessário, como a água no Batismo.
288. Qual é a forma do sacramento?
A forma do sacramento são as palavras que o ministro deve proferir no próprio ato de aplicar o assunto.
289. Quem é o ministro do sacramento?
Ministro do sacramento é a pessoa capaz que o faz ou confere, em comunhão e pela autoridade de Jesus Cristo.
Capítulo II - Batismo
290. O que é batismo?
O batismo é o sacramento que nos torna cristãos, ou seja, seguidores de Jesus Cristo, filhos de Deus e membros da Igreja.
291. Qual é a matéria do Batismo?
A matéria do Batismo é água natural.
292. Qual é a forma do Batismo?
A forma do Batismo são as palavras: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
293. Quem é o ministro do Batismo?
Normalmente, o ministro do Batismo é o sacerdote, mas, em caso de necessidade, pode ser qualquer pessoa, mesmo herege ou infiel, desde que pretenda fazer o que a Igreja faz.
294. Como é feito o Batismo?
O batismo é dado derramando água sobre a cabeça de quem está sendo batizado e, ao mesmo tempo, pronunciando as palavras da forma.
295. Que efeitos produz o Batismo?
O batismo confere a primeira graça santificadora e virtudes sobrenaturais, tirando o pecado original e os reais, se houver, com toda dívida de penalidade devida a eles; imprime o caráter de um cristão e permite que receba os outros sacramentos.
296. O Batismo transforma o homem?
O batismo transforma o homem no espírito e o faz renascendo tornando-o um novo homem; portanto, ele recebe um nome adequado, o de um santo que é um exemplo e protetor para ele na vida de um cristão.
297. Quem recebe o batismo o que é obrigado a fazer?
Quem recebe o baptismo, tornando-se cristão, é obrigado a professar a fé e a observar a lei de Jesus Cristo; e, portanto, renuncia ao que se opõe a ele.
298. O que é renunciado ao receber o Batismo?
Ao receber o Batismo, a pessoa renuncia ao diabo, suas obras e sua pompa.
299. O que se entende por obras e bombas do diabo?
Por obras e pompa do diabo entendem-se os pecados, as vaidades do mundo e suas máximas perversas, contrárias ao Evangelho.
300. Como as crianças no batismo renunciam ao diabo?
Os bebês no batismo renunciam ao diabo por meio dos padrinhos.
301. Quem são os padrinhos do Batismo?
Os padrinhos do Batismo são aqueles que apresentam à Igreja o batizado, respondem em seu nome se é criança, assumindo, como pais espirituais, o cuidado da sua educação cristã, se não houver pais, e por isso devem ser bons cristãos.
302. Somos obrigados a cumprir as promessas e renúncias feitas pelos padrinhos em nosso nome no Batismo?
Somos obrigados a cumprir as promessas e as renúncias feitas pelos padrinhos em nosso nome no Baptismo, porque nos impõem apenas o que Deus impõe a todos e que nós próprios devemos prometer para nos salvar.
303. Os pais ou quem ocupa o lugar, quando devem enviar a criança ao baptismo?
Os pais ou quem ocupar o lugar devem enviar a criança ao Batismo no prazo máximo de oito ou dez dias; pelo contrário, é melhor assegurar-lhe imediatamente a graça e a felicidade eterna, já que pode morrer muito facilmente.
Capítulo III - Da Confirmação ou Crisma
304. O que é confirmação ou confirmação?
A Confirmação ou Confirmação é o sacramento que nos torna perfeitos cristãos e soldados de Jesus Cristo e nos dá o seu caráter.
305. Qual é a matéria da Confirmação?
A questão da Confirmação é o Crisma sagrado, isto é, o azeite de oliva misturado com bálsamo, consagrado pelo Bispo na Quinta-feira Santa.
306. Qual é a forma de confirmação?
A forma da Confirmação são as palavras que “Eu vos assinalo com o sinal da Cruz, e eu vos confirmo com o crisma da salvação, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém”.
307. Quem é o Ministro da Confirmação?
O Ministro da Confirmação é o Bispo e, extraordinariamente, o sacerdote que tem a faculdade do Papa.
308. Como o Bispo administra a Confirmação?
O Bispo, estendendo as mãos sobre os candidatos, invoca o Espírito Santo, em seguida, com o sagrado crisma unge a testa em forma de cruz, pronunciando as palavras da forma, depois dá-lhes uma leve bofetada dizendo: “A paz esteja com vocês”; e no final ele abençoa solenemente todos os confirmados.
309. Como a Confirmação nos torna cristãos e soldados perfeitos de Jesus Cristo?
A confirmação torna-nos perfeitos cristãos e soldados de Jesus Cristo, dando-nos a abundância do Espírito Santo, isto é, da sua graça e dons, que nos confirmam ou fortalecem na fé e nas outras virtudes contra os inimigos espirituais.
310. Com que idade é bom receber a Confirmação?
É bom receber a Confirmação por volta dos sete anos de idade, porque então geralmente começam as tentações e pode-se saber com justiça a santidade e a graça deste sacramento.
311. Quem recebeu a Confirmação, que disposições ele deve ter?
Quem recebe a Confirmação deve estar na graça de Deus e, se tiver o uso da razão, deve conhecer os principais mistérios da Fé e aproximar-se do sacramento com devoção, compreendendo profundamente o que significa o rito.
312. O que significa o crisma sagrado?
O sagrado crisma, com o óleo que dilata e fortalece, significa a graça abundante da Confirmação; e com o bálsamo que é fragrante e preserva da corrupção, significa o cheiro bom das virtudes que a pessoa confirmada deverá possuir, evitando a corrupção dos vícios.
313. O que significa a unção feita na testa em forma de cruz?
A unção que se faz na testa em forma de cruz significa que o confirmado, como forte soldado de Jesus Cristo, deverá erguer a testa sem corar na cruz e sem temer os inimigos da fé.
314. O que significa o tapa leve que o Bispo dá na pessoa confirmada?
O leve tapa que o Bispo dá à pessoa confirmada significa que ela deve estar disposta a sofrer toda afronta e todo castigo pela fé.
315. Existem padrinhos na Confirmação?
Na Confirmação há padrinhos para homens e madrinhas para mulheres, que devem ser bons cristãos para edificar e ajudar espiritualmente os confirmados.
Capítulo IV - A Santa Missa, A Eucaristia
§ 1. Sacramento, instituição, fim.
316. O que é a Eucaristia?
A Eucaristia é o sacramento que, sob as aparências do pão e do vinho, contém verdadeiramente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo para alimento das almas.
317. O que é a Eucaristia?
A matéria da Eucaristia é pão de trigo e vinho de uva. 318. Qual é a forma da Eucaristia? Forma da Eucaristia são as palavras de Jesus Cristo “Isto é o meu Corpo”; “Este é o cálice do meu sangue ... derramado por vós e por muitos para a remissão dos pecados” *. * Orações, II, Canon.
319. Quem é o ministro da Eucaristia?
Ministro da Eucaristia é o sacerdote que, pronunciando as palavras de Jesus Cristo na Missa, transforma o pão no Corpo e o vinho no Seu Sangue.
320. Quando Jesus Cristo instituiu a Eucaristia?
Jesus Cristo instituiu a Eucaristia na Última Ceia, antes de sua Paixão, quando consagrou o pão e o vinho, e os distribuiu aos Apóstolos como seu Corpo e Sangue, ordenando que eles então fizessem o mesmo em sua memória.
321. Por que Jesus Cristo instituiu a Eucaristia?
Jesus Cristo instituiu a Eucaristia, para que fosse na Missa o sacrifício permanente do Novo Testamento e na comunhão o alimento das almas, em perpétua recordação do seu amor e da sua Paixão e Morte.
§ Presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
322. Na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que está nos céus e que nasceu na terra da Virgem Maria?
Na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que está nos céus e que nasceu na terra da Virgem Maria.
323. Por que você acredita que Jesus Cristo está verdadeiramente na Eucaristia?
Creio que Jesus Cristo está verdadeiramente na Eucaristia, porque Ele mesmo disse que o Seu Corpo e Sangue são o pão e o vinho consagrados, e porque assim a Igreja nos ensina; mas é um mistério, e um grande mistério.
324. O que é a Hóstia antes da consagração?
A Hóstia antes da consagração é o pão.
325. Após a consagração, o que é a Hóstia?
Após a consagração, a Hóstia é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo sob as aparências do pão.
326. O que está contido no cálice antes da consagração?
No cálice antes da consagração encontra-se vinho com algumas gotas de água.
327. Após a consagração, o que há no cálice?
No cálice após a consagração está o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo sob as aparências do vinho.
328. Quando o pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue de Jesus?
O pão e o vinho tornam-se o Corpo e o Sangue de Jesus no momento em que o sacerdote profere as palavras da consagração sobre a hóstia e sobre o vinho, respectivamente.
329. Depois da consagração, não sobra nada do pão e do vinho?
Depois da consagração não há mais pão nem vinho, mas apenas as espécies ou as aparências, sem a substância.
330. Quais são as espécies ou aparências?
As espécies ou aparências são tudo o que recai sobre os sentidos, como a figura, a cor, o cheiro, o sabor do pão e do vinho.
331. Sob as aparências do pão está apenas o Corpo de Jesus Cristo, ou sob as do vinho está apenas o seu Sangue?
Não, sob as aparências do pão está tudo de Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade; e assim sob as do vinho.
332. Quando a hóstia se divide em várias partes, o Corpo de Jesus Cristo se quebra?
Quando a hóstia é dividida em várias partes, o Corpo de Jesus Cristo não é partido, mas apenas as espécies do pão; e o Corpo do Senhor permanece inteiro em cada parte.
333. Jesus Cristo é encontrado em todas as Hóstias consagradas do mundo?
Sim, Jesus Cristo se encontra em todas as Hóstias consagradas do mundo.
334. Por que a Sagrada Eucaristia é preservada nas igrejas?
A Sagrada Eucaristia é mantida nas igrejas, para que os fiéis a adorem, para que a recebam em comunhão e para que nela sintam a perpétua assistência e presença de Jesus Cristo na Igreja.
§ Sagrada comunhão, disposições, obrigações, efeitos.
335. Quantas coisas são necessárias para fazer uma boa comunhão?
Para ter uma boa comunhão, três coisas são necessárias: 1 ° estar na graça de Deus; 2 ° saber e pensar em quem vai receber; 3º estar em jejum a partir da meia-noite. (O papa Pio XII permitiu o jejum eucarístico de três horas antes de receber a Comunhão).
336. O que significa "estar na graça de Deus"?
Estar na graça de Deus significa ter uma consciência limpa de todos os pecados mortais.
337. Quem comunga sabendo que está em pecado mortal, recebe Jesus Cristo?
Quem se comunica sabendo que está em pecado mortal recebe Jesus Cristo, mas não a sua graça, pelo contrário, comete um sacrilégio horrível, torna-se digno de condenação.
338. O que significa "saber e pensar quem você vai receber"?
Saber e pensar quem vai receber significa aproximar-se de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia com fé viva, com desejo ardente e com profunda humildade e modéstia.
339. Que jejum é necessário antes da comunhão?
Antes da comunhão, é necessário o jejum natural ou total, que é quebrado com qualquer coisa ingerida como comida ou bebida.
340. A comunhão é sempre permitida aos que não estão jejuando?
A comunhão aos que não jejuam é permitida em perigo de morte e durante longas enfermidades, nas condições determinadas pela Igreja.
341. Há obrigação de receber a comunhão?
É obrigatório receber a comunhão todos os anos na Páscoa, e em perigo de morte, como viático que sustenta a alma no caminho para a eternidade.
342. Com que idade começa a obrigação da comunhão pascal?
A obrigação da comunhão pascal começa na idade em que se pode recebêla com disposição suficiente, ou seja, normalmente, cerca de sete anos.
343. É bom e útil comungar com frequência?
É uma coisa excelente e muito útil comunicar-se com frequência, mesmo todos os dias, desde que sempre com as providências necessárias.
344. Depois da comunhão, quanto tempo resta em nós Jesus Cristo?
Depois da comunhão, Jesus Cristo permanece em nós enquanto durar a espécie eucarística.
345. Que efeitos produz a Eucaristia em quem a recebe dignamente?
A Eucaristia, em quem a recebe dignamente, preserva e aumenta a graça, que é a vida da alma, como o faz o alimento para a vida do corpo; perdoa pecados veniais e preserva de mortais; dá consolo e conforto espiritual, aumentando a caridade e a esperança de vida eterna de que é penhor.
§ Santo Sacrifício da Missa.
346. A Eucaristia é apenas um sacramento?
A Eucaristia não é apenas um sacramento, mas também o sacrifício permanente do Novo Testamento e, como tal, é chamada de Santa Missa.
347. Qual é o sacrifício?
O sacrifício é a oferta pública a Deus de uma coisa que é destruída para professar que Ele é o Criador e Mestre Supremo, a quem tudo se deve inteiramente.
348. O que é a Santa Missa?
A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus Cristo que, sob as espécies do pão e do vinho, é oferecido pelo sacerdote a Deus no altar, em memória e renovação do sacrifício da Cruz.
349. O sacrifício da Missa é o mesmo sacrifício da Cruz?
O sacrifício da Missa é o sacrifício da própria Cruz; só há uma diferença na maneira de fazer isso.
350. Qual é a diferença entre o sacrifício da Cruz e o da Missa?
Entre o sacrifício da Cruz e o da Missa existe esta diferença, que Jesus Cristo se sacrificou na Cruz dando voluntariamente o seu próprio Sangue, e ele mereceu por nós todas as graças; em vez disso, no altar, sem derramar sangue, ele se sacrifica e se aniquila misticamente pelo ministério do sacerdote, aplicando a nós os méritos do sacrifício da Cruz.
351. Para qual fim a missa é oferecida a Deus?
A missa é oferecida a Deus para render-lhe o culto supremo de latria ou adoração, para agradecer-lhe por seus benefícios, para apaziguá-lo e darlhe satisfação por nossos pecados, e para obter graças, para o benefício dos fiéis vivos e mortos.
352. A Missa não é oferecida também aos Santos?
A Missa não é oferecida aos Santos, mas apenas a Deus, mesmo quando é celebrada em honra dos Santos: o sacrifício pertence apenas ao Criador e Mestre Supremo.
353. Somos obrigados a ouvir a Missa?
Somos obrigados a ouvir missa aos domingos e outros dias santos; entretanto, é útil comparecer com frequência, para participar do ato maior da Religião, extremamente grata a Deus e meritória.
354. Qual é a maneira mais conveniente de assistir à missa?
A maneira mais conveniente de assistir à Missa é oferecê-la a Deus em união com o sacerdote, repensando o sacrifício da Cruz, ou seja, a Paixão e Morte do Senhor, e receber a comunhão: a comunhão é a verdadeira união com a Vítima imolada, e é, portanto, a maior participação para o santo Sacrifício.
Capítulo V - Penitência
§ 1. Sacramento e suas partes - Exame de consciência.
355. O que é penitência?
Penitência ou confissão é o sacramento instituído por Jesus Cristo para remir os pecados cometidos após o batismo.
356. O sacramento da Penitência quando foi instituído por Jesus Cristo?
O sacramento da Penitência foi instituído por Jesus Cristo quando disse aos Apóstolos, e neles aos seus sucessores: «Recebei o Espírito Santo: a quem perdoais os pecados, eles serão perdoados; e eles serão retidos a quem você os reter "* Jo XX, 22-23.
357. Quem é o Ministro da Penitência?
Ministro da Penitência é o padre aprovado pelo Bispo.
358. Quantas e quais coisas são necessárias para fazer uma boa confissão?
Cinco coisas são necessárias para fazer uma boa confissão: 1 ° um exame de consciência; 2 ° a dor dos pecados; 3 ° a resolução de não se comprometer mais; 4 ° a confissão; 5 ° satisfação ou penitência.
359. Como é feito o exame de consciência?
O exame de consciência faz-se recordando os pecados cometidos em pensamentos, palavras, obras e omissões, contra os mandamentos de Deus, os preceitos da Igreja e as obrigações do próprio Estado, a começar pela última confissão bem-feita.
360. No exame, devemos pesquisar o número de pecados?
No exame, devemos também pesquisar diligentemente o número de pecados mortais.
§ 2. Dor e resolução.
361. O que é dor?
Dor ou arrependimento é aquela tristeza e ódio pelos pecados cometidos, que nos faz propor não pecar mais.
362. Quantos tipos é a dor?
A dor é de dois tipos: perfeita ou contrição e imperfeita ou desgaste.
363. Qual é a dor ou contrição perfeita?
Dor ou contrição perfeita é o desprazer pelos pecados cometidos, porque são ofendidos por Deus nosso Pai, infinitamente bom e amável, e causa da Paixão e Morte de Nosso Redentor Jesus Cristo, o Filho de Deus.
364. Por que a contrição é uma dor perfeita?
A contrição é a dor perfeita, porque surge de uma razão perfeita, isto é, do amor filial de Deus ou da caridade, e porque obtém imediatamente o perdão dos pecados, embora permaneça a obrigação de confessá-los.
365. O que é dor ou contrição imperfeita?
Dor ou contrição imperfeita é o desprazer pelos pecados cometidos, por medo dos castigos eternos e temporais, ou mesmo pela feiura do pecado.
366. Por que a atrição é uma dor imperfeita?
A atrição é uma dor imperfeita, porque surge de motivos menos perfeitos e adequados de servos, e não de filhos, e porque não obtém o perdão dos pecados exceto por meio do sacramento.
367. É necessário ter dor por todos os pecados cometidos?
É necessário ter dor por todos os pecados mortais cometidos, sem exceção; e é melhor tê-lo também dos veniais.
368. Por que é necessário ter dor de todos os pecados mortais?
É necessário ter dor por todos os pecados mortais, porque com qualquer um deles Deus foi seriamente ofendido, sua graça foi perdida e merece ser separado Dele para sempre.
369. Qual é o propósito?
O propósito é a vontade resoluta de nunca mais cometer pecados e fugir das oportunidades.
370. Qual é a causa do pecado?
A ocasião do pecado é o que nos coloca em perigo de pecar, tanto pessoa como coisa.
371. Somos obrigados a fugir das ocasiões de pecado?
Somos obrigados a fugir das ocasiões dos pecados, porque somos obrigados a fugir do pecado: quem não foge deles; acaba caindo, pois “quem ama o perigo perecerá nele” * Eclo, III, 27.
§ 3 Confissão de pecados.
372. Qual é a confissão?
A confissão é a acusação de pecados feita ao padre confessor para obter a sua absolvição.
373. Que pecados somos obrigados a confessar?
Somos obrigados a confessar todos os pecados mortais ainda não confessados ou mal confessados; no entanto, também é útil confessar os Veniais.
374. Como devemos acusar os pecados mortais?
Devemos acusar plenamente os pecados mortais, sem nos deixarmos dominar por uma falsa vergonha de calar quem quer que seja, declarando sua espécie, número e mesmo as circunstâncias que acrescentam uma nova malícia grave.
375. Quem não se lembra do número exato de pecados mortais, o que deve fazer?
Quem não se lembra do número exato de pecados mortais deve fazê-lo entender o número que parece mais próximo da verdade.
376. Por que não deveríamos ser vencidos pela vergonha de silenciar algum pecado mortal?
Não devemos ser vencidos pela vergonha de silenciar algum pecado mortal, porque confessamos Jesus Cristo na pessoa do confessor, e ele não pode revelar nenhum pecado, mesmo à custa de sua vida; e porque, caso contrário, por não obter o perdão, seremos envergonhados na frente de todos, no julgamento universal.
377. Quem por vergonha ou por qualquer outro motivo se calou sobre um pecado mortal, faria uma boa confissão?
Quem, por vergonha ou por algum outro motivo injusto, guardasse silêncio sobre um pecado mortal, não o faria boa confissão, mas seria um sacrilégio.
378. O que devem fazer aqueles que sabem que não confessaram bem?
Quem sabe que não confessou bem deve refazer confissões malfeitas e acusar-se dos sacrilégios cometidos.
379. Quem sem culpa omitiu ou esqueceu um pecado mortal, fez uma boa confissão?
Quem, sem culpa, abandonou ou esqueceu um pecado mortal, fez uma boa confissão; mas ele tem a obrigação de se acusar mais tarde.
§ 4. Absolvição - Satisfação - Indulgências.
380. O que é absolvição?
A absolvição é a sentença com a qual o sacerdote, em nome de Jesus Cristo, perdoa os pecados do penitente, dizendo: Eu te absolvo de seus pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
381. Uma vez que os pecados são perdoados com absolvição, toda pena merecida também é perdoada?
Uma vez que os pecados são remidos com absolvição, o castigo eterno merecido pelo pecado mortal é perdoado, mas se a pessoa não tiver uma contrição perfeita, geralmente resta uma pena temporária a ser cumprida, nesta vida ou na próxima.
382. O que é satisfação sacramental ou penitência?
A satisfação ou penitência sacramental é a boa obra imposta pelo confessor para punir e corrigir o pecador e descontar a pena temporária merecida pelo pecado.
383. Quando é conveniente fazer a penitência sacramental?
É aconselhável fazer a penitência sacramental o mais rápido possível, se o confessor não tiver determinado o tempo.
384. A penitência sacramental é suficiente para nos libertar de todo o castigo temporário que o pecado merece?
A penitência sacramental geralmente não é suficiente para nos libertar de todo o castigo temporário merecido pelo pecado e, portanto, é conveniente compensá-lo com outras obras de penitência e piedade e com indulgências.
385. Quais são as obras de penitência e piedade?
As obras de penitência e piedade são: jejuns, mortificações, atos de misericórdia espiritual e corporal *, orações e o uso piedoso dessas coisas abençoadas e daquelas cerimônias sagradas que se chamam sacramentais, como a água benta e várias bênçãos. * Fórmulas 21,22.
386. O que é indulgência?
A indulgência é a remissão do castigo temporário devido pelos pecados, que a Igreja concede sob certas condições aos que estão na graça, aplicando-lhes os superabundantes méritos e satisfações de Jesus Cristo, de Nossa Senhora e dos Santos, que constituem o tesouro da Igreja.
387. Quantos tipos é a indulgência?
A indulgência é de dois tipos: plenária e parcial.
388. O que é a indulgência plenária?
A indulgência plenária é aquela que dispensa todas as penas temporárias devidas pelos pecados.
389. O que é indulgência parcial?
Indulgência parcial é aquela que dispensa apenas uma parte da pena temporária devida pelos pecados.
390. O que se entende por indulgência de "quarenta" ou "cem dias", de "sete anos" e semelhantes?
Por indulgência de quarenta ou cem dias, sete anos e semelhantes, entendese a remissão de toda punição temporária que teria sido cumprida com quarenta, cem dias ou sete anos da penitência anteriormente estabelecida pela Igreja.
391. O que é necessário para adquirir indulgências?
Para adquirir indulgências, é necessário estar em estado de graça e executar bem as obras prescritas.
Capítulo VI - Extrema-Unção
392. O que é Extrema-Unção?
A Extrema Unção, é o sacramento instituído para o alívio espiritual e até mesmo corporal dos cristãos gravemente enfermos.
393. Quem é Ministro da Extrema-Unção?
O ministro da Extrema Unção é o pároco ou outro padre que tenha permissão.
394. Como o padre administra a Extrema-Unção?
O sacerdote administra a Extrema Unção ungindo em forma de cruz, com o óleo bento pelo Bispo, os órgãos dos sentidos dos enfermos e dizendo: “Por esta santa unção e por sua piedosíssima misericórdia, o Senhor perdoe todos os pecados cometidos com visão, audição, etc. Amém”.
395. Quais são os efeitos da Extrema-Unção?
A Extrema-Unção aumenta a graça santificante; cancela os pecados veniais, e também os mortais que os enfermos não podiam confessar; dá força para suportar pacientemente o mal, resistir às tentações e morrer santamente, e também ajuda a recuperar a saúde, se for bom para a alma.
396. Quando o óleo sagrado pode ser dado?
O óleo sagrado pode ser dado quando a doença é perigosa; e é bom dá-lo imediatamente após a confissão e o viático, enquanto o doente retém o conhecimento.
Capítulo VII - Ordem
397. O que é a "Ordem"?
A ordem é o sacramento que confere o poder de realizar ações sagradas relativas à Eucaristia e à saúde das almas, e confere o caráter de ministros de Deus.
398. Quem é o ministro da Ordem?
O ministro da Ordem é o Bispo, que dá o Espírito Santo e o poder sagrado, impondo as mãos e entregando os objetos sagrados próprios da Ordem, dizendo as palavras da forma prescrita.
399. Por que o sacramento que torna os ministros de Deus é chamado de Ordem?
O sacramento que os ministros de Deus fazem é chamado de Ordem, porque inclui vários graus de ministros, um subordinado ao outro, dos quais resulta a sagrada Hierarquia.
400. Quais são os graus da Hierarquia sagrada?
Os graus da Hierarquia sagrada são: as Ordens Menores, o Subdiaconato e o Diaconato, que são preparatórios; o presbiterado ou sacerdócio que confere o poder de consagrar a Eucaristia e de perdoar pecados; e o Episcopado, plenitude do Sacerdócio, que confere a ordenação, o ensino e o governo dos fiéis.
401. A dignidade do sacerdócio é grande?
A dignidade do Sacerdócio é muito grande devido ao seu poder sobre o verdadeiro Corpo de Jesus Cristo que se torna presente na Eucaristia, e sobre o seu corpo místico, a Igreja que ele governa, com a sublime missão de conduzir os homens à santidade e a uma vida abençoada.
402. Qual deve ser o propósito daqueles que entram nas Ordens?
Quem entra nas Ordens deve ter por fim, apenas a glória de Deus e a saúde das almas.
403. Cada um pode entrar nas Ordens por sua própria vontade?
Ninguém pode entrar nas Ordens por vontade própria, mas deve ser chamado por Deus através do seu próprio Bispo, ou seja, deve ter a vocação, com as virtudes e atitudes para com o sagrado ministério que ela exige.
404. Qualquer um que entrar no sacerdócio sem vocação causaria danos?
Quem entra no sacerdócio sem vocação está muito mal; porque dificilmente poderia cumprir os deveres mais elevados, com perigo evidente de escândalos públicos e perdição eterna.
405. Quais são os deveres dos fiéis para com os chamados à Ordem?
Os fiéis têm o dever de deixar aos filhos e empregados plena liberdade para o seguimento vocacional; além disso, pedir a Deus por bons pastores e ministros, e jejuar para este fim nas quatro Têmporas; finalmente, para venerar os ordenados como pessoas sagradas para Deus.
Capítulo VIII - Matrimônio
406. O que é o "matrimônio"?
O matrimônio é o sacramento que une o homem e a mulher indissoluvelmente, como Jesus Cristo e a Igreja, sua noiva, estão unidos e lhes dá graça de viver juntos de maneira santa e educar as crianças de maneira cristã.
407. Quem é o Ministro do Casamento?
Os ministros do casamento são os cônjuges que o contraem.
408. Como o casamento é contraído?
O casamento é contraído mediante a manifestação de consentimento mútuo perante o pároco, ou um padre seu delegado, e pelo menos duas testemunhas.
409. O casamento religioso também produz efeitos civis no Brasil?
O casamento celebrado dessa forma não produz efeitos civis no Brasil.
410. Como o casamento assim celebrado não produz efeitos civis no Brasil?
O casamento assim celebrado não produz efeitos civis também no Brasil, a não ser que o contrato civil seja feito no momento da cerimônia.
411. Os cônjuges católicos podem realizar o casamento civil?
Os cônjuges católicos podem realizar o casamento no civil, para sua legitimidade perante o estado. A Igreja no Brasil pede que se faça para assegurar a provisão da família na falta do pai. Já aqueles que, por negligência, se casam somente no civil, são considerados pecadores públicos, não podendo receber os sacramentos, porque a Igreja não reconhece o contrato civil como uma outra forma do sacramento do Matrimônio.
412. Os cônjuges que contraem casamento devem estar na graça de Deus?
Os cônjuges ao contrair o casamento devem estar na graça de Deus, caso contrário cometem um sacrilégio.
413. Quais são os deveres dos cônjuges?
Os esposos têm o dever de viver juntos de maneira santa, de se ajudarem com afeto constante nas necessidades espirituais e temporais, e de educar bem seus filhos, cuidando da alma não menos que do corpo e formando-os antes de tudo na religião e na virtude com a palavra e com o exemplo.
Oremos
Que estes sacramentos, ó Senhor, nos purifiquem com sua poderosa virtude e nos tornem puros a Ti que és o seu autor (1). Senhor, a participação nos teus sacramentos salva-nos e confirma-nos à luz da tua verdade (2). Nós imploramos por seu Filho Jesus Cristo, etc.
(1) Da secreta do 1º Domingo do Advento.
(2) Da Postcommunio da Missa dos Santos Hipólito e Cassiano (12 de agosto)
Terceira Parte: Os Meios da Graça - Seção II: Oração ou Meio Impetrativo
Capítulo Único
“Pedi e recebereis, buscai e vos será dado; bata, e a porta se abrirá para você. Lc, XI, 9. Em verdade, em verdade, eu lhe digo, tudo o que você pedir ao Pai em meu nome, ele vai conceder-lhe. Jo, XVI, 23”.
414. O que é oração?
A oração é uma piedosa elevação da alma a Deus para conhecê-lo bem, adorá-lo, agradecê-lo e perguntar-lhe o que é necessário.
415. De quantos tipos é a oração?
A oração é de dois tipos: mental e vocal.
416. O que é oração mental?
A oração mental é aquela que é feita com a mente e apenas com o coração: assim são a meditação das verdades cristãs e a contemplação.
417. O que é a oração vocal?
A oração vocal, mais comumente chamada de oração, é aquela feita com palavras acompanhadas da mente e do coração.
418. Como devemos orar?
Devemos orar refletindo que estamos na presença da infinita majestade de Deus e precisamos de sua misericórdia; portanto, devemos ser humildes, atenciosos e devotados.
419. É necessário orar?
É necessário orar, e orar com frequência, porque Deus o ordena e, normalmente, somente se oramos, Ele concede graças espirituais e temporais.
420. Por que Deus concede as graças que pedimos?
Deus concede as graças que pedimos, porque aquele que é o mais fiel prometeu ouvir-nos se lhe orarmos com confiança e perseverança em nome de Jesus Cristo.
421. Por que devemos orar a Deus em nome de Jesus Cristo?
Devemos orar a Deus em nome de Jesus Cristo, porque nossas orações e boas obras só têm valor dele, seu Filho e único Mediador entre Deus e os homens; portanto, a Igreja geralmente termina as orações com estas ou palavras equivalentes “por seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor”.
422. Por que nem sempre somos respondidos em nossas orações?
Nem sempre somos atendidos em nossas orações, seja porque oramos mal, seja porque pedimos coisas que não são úteis para o nosso verdadeiro bem, isto é, para o bem espiritual.
423. O que devemos pedir a Deus?
Devemos pedir a Deus por sua glória, e por nós vida eterna e até graças temporais, como Jesus Cristo nos ensinou no Pai-Nosso.
424. O que é o "Pai-Nosso"?
O Pai-Nosso é a oração ensinada e recomendada por Jesus Cristo, que é, portanto, chamada de Oração Dominical ou Oração do Senhor, e é a mais excelente de todas.
425. Por que o " Pai-Nosso " é a oração mais excelente?
O Pai-Nosso é a oração mais excelente, porque veio da mente e do Coração de Jesus, e contém em sete breves petições o que devemos pedir a Deus como seus filhos e como irmãos entre nós.
426. O que devemos pedir como bons filhos de Deus?
Como bons filhos de Deus, devemos pedir que seu nome seja conhecido e honrado em todo o mundo e que seu reino, a Igreja seja difundido, e que sua santíssima vontade seja feita por todos: e isso é feito nas três primeiras petições.
427. Como irmãos entre nós, o que devemos pedir?
Como irmãos entre nós, devemos pedir o alimento corporal e espiritual, o perdão dos pecados, a defesa das tentações e a libertação do mal: e isso é pedido, para nós e para todos os homens, nas últimas quatro perguntas do Pai-Nosso.
428. Por que Jesus Cristo nos faz invocar a Deus como "nosso Pai"?
Jesus Cristo nos faz invocar Deus como nosso Pai para nos lembrar que Deus é verdadeiramente o pai de todos, especialmente de nós cristãos que, no Batismo, fomos por ele adoptados como seus filhos; e nos inspirar com grande amor por ele e confiança.
429. Se Deus escuta quem bem reza, por que invocamos também Nossa Senhora, os Anjos e os Santos?
Invoquemos também Nossa Senhora, os Anjos e os Santos para que, sendo queridos ao Senhor e compassivos para conosco, nos ajudem nas nossas questões com a sua poderosa intercessão.
430. Os Anjos, os Santos e Nossa Senhora, por que são intercessores poderosos junto a Deus?
Os Anjos e os Santos são intercessores poderosos junto a Deus, porque são servos fiéis, na verdade amigos favoritos; Nossa Senhora é muito poderosa, porque Mãe de Deus e cheia de graça, por isso a invocamos tantas vezes, especialmente porque ela nos foi deixada por Jesus Cristo como Mãe.
431. Com que oração especialmente invocamos Nossa Senhora?
Invocamos Nossa Senhora especialmente com a Ave-Maria ou Saudação Angélica, assim chamada, porque começa com a saudação que o Arcanjo Gabriel lhe deu anunciando que foi eleita Mãe de Deus.
432. O que pedimos a Nossa Senhora com a "Ave-Maria"?
Com a Ave Maria pedimos a Nossa Senhora a sua intercessão maternal por nós na vida e na morte.
433. A invocação de Nossa Senhora e dos Santos não demonstra desconfiança em Jesus Cristo, único Mediador, como se os seus méritos não bastassem para obter graças?
A invocação de Nossa Senhora e dos Santos não demonstra desconfiança em Jesus Cristo, único Mediador; pelo contrário, uma fé maior nos méritos d'Ele, tão grande e eficaz, que para eles, e só para eles, Nossa Senhora e Os santos têm de Deus a graça, os méritos e o poder de intercessão.
Oremos
Senhor, ensina-nos a orar (1).
Que a tua misericórdia, Senhor, esteja aberta às nossas orações e, para que nos conceda o que lhe pedimos, faça-nos sempre pedir o que quiser (2).
Ó Senhor Jesus Cristo, que no Getsêmani, por palavra e, portanto, por exemplo, nos ensinaste a rezar para vencer os perigos das tentações, concede graciosamente que nós, sempre empenhados na oração, mereçamos obter os seus abundantes frutos. Assim seja (3).
(1) Lc, XI, 1.
(2) Da oração do nono domingo após o Pentecostes.
(3) Oração pela Septuagésima terça-feira no apêndice do Missal.
Orações Diárias
Para Deus
De Manhã
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. (1).
Eu te adoro, meu Deus, e te amo de todo o coração. Agradeço por ter me criado, me feito cristão e me preservado nesta noite. Eu ofereço a Vós as ações do dia: faça-as todas de acordo com a sua santa vontade para sua maior glória. Guarda-me do pecado e de todo o mal. Sua graça esteja sempre comigo e com todos os meus entes queridos.
Pai-Nosso, três Ave-Marias, Gloria, Credo, Atos de fé, esperança e caridade, Salve-Rainha, Santo Anjo. (1) Indulgência de 50 dias, e de 100 marcando-se com água benta.
De Noite
Eu te adoro, meu Deus, e te amo de todo o coração. Obrigado por ter me criado, me feito cristão e me preservado neste dia. Perdoe-me pelo mal que cometi hoje e, se fiz algo de bom, aceite. Mantenha-me em repouso e livreme do perigo. Sua graça esteja sempre comigo e com todos os que me são caros, Amém.
Pai-Nosso, três Ave-Marias, Gloria, Credo, Atos de fé, esperança e caridade, após um breve exame de consciência e um ato de contrição.
Para Nossa Senhora
O Anjo do Senhor anunciou à Maria.\ E ela concebeu do Espírito Santo. (Ave-Maria)\ Eis aqui a serva do senhor.\ Faça-se em mim segundo a Vossa palavra. (Ave-Maria).\ E o Verbo Divino se fez carne.\ E habitou entre nós. (Ave-Maria)\
Oremos: Infundi, Senhor, a tua graça em nossas almas, para que nós, que pelo anúncio do Anjo, conhecemos a Encarnação de Cristo, vosso Filho, sejamos conduzidos pelos méritos da sua Paixão e da sua Cruz, à glória da Ressurreição. Pelo mesmo Cristo, senhor Nosso. Amém.
Mistérios do Rosário
Gozosos: (seg, qui)
- Anunciação do Anjo à Virgem Maria;
- Visita da Virgem Maria à Santa Isabel;
- Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo;
- Apresentação de Jesus no Templo;
- O encontro de Jesus no Templo.
Dolorosos: (ter, sex)
- Agonia de Nosso Senhor Jesus Cristo no horto das Oliveiras;
- Flagelação de Jesus atado à uma coluna;
- Coroação de espinhos;
- O caminho do Calvário de Jesus carregando a Cruz;
- Crucificação e morte de Jesus.
Gloriosos: (qua, sáb, dom)
- Ressureição de Jesus no terceiro dia;
- Gloriosa ascensão de Jesus aos Céus;
-
- Descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos;
- Assunção de Nossa Senhora aos Céus;
- Coroação de Nossa Senhora como rainha dos Céus e da Terra.
Indulgências
PARA AQUELES QUE ENSINAM OU APRENDEM A DOUTRINA CRISTÃ (Pio XI, 12 de março de 1930).
Indulgência plenária, duas vezes por mês, nos dias da sua escolha, nas condições habituais (confissão, comunhão, visita a alguma igreja ou oratório público, aí rezando segundo as intenções do Santo Pontífice), desde que se dediquem pelo menos duas vezes a mês para ensinar ou aprender a Doutrina Cristã por cerca de meia hora ou por não menos que vinte minutos.
Indulgência de cem dias, sempre que pelo referido espaço de tempo se dedicarem ao ensino ou aprendizagem da Doutrina Cristã.